Melhores discos brasileiros 2023 Imagem: Reprodução

Os 10 melhores álbuns brasileiros de 2023

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Brasileiro lançou disco à baciada no ano que se finda. O Music Non Stop listou os dez melhores

Muita coisa boa apareceu para o mundo em 2023, na música brasileira. O destaque vai para as produções impecáveis dos discos nacionais, colocando a nossa molecada para disputar ao nível de igualdade com países que são a nata da boa mixagem e masterização.

Junte a isso o talento para compor melodias e letras dos brasileiros, além da natural afinidade com o batuque. No samba, no indie rock e nas batidas eletrônicas, dez artistas deram aula de disco bom.

Confira a lista dos dez melhores álbuns do ano, eleita pela refinada redação do Music Non Stop.

FBC

O AMOR, O PERDÃO E A TECNOLOGIA IRÃO NOS LEVAR PARA OUTRO PLANETA

O oitavo álbum do mineiro Fabrício FBC leva a carreira do artista para outro patamar, festeiro e bom de pista. Abusando das batidas simples e sintetizadores bem colocados, o novo disco é um sopro leve no calor de 2023.

Luiza Lian

7 Estrelas | quem arrancou o céu?

A paulistana Luiza Lian chegou para a música em 2015, com seu álbum de estreia homônimo. 7 Estrelas é seu quarto lançamento e confirma a tendência de que a nova MPB é assumidamente eletrônica. Flertando com o funk e o trap, mas de maneira bastante experimental, Luiza sobe bons degraus criativos com o novo trabalho.

Julia Mestre

ARREPIADA

ARREPIADA é sensacional. Julia Mestre, que fez bonito tocando Rita Lee no último prêmio WME, é carioca e cria da cultuada banda Bala Desejo.

Neste trabalho solo, com 12 canções, a artista mostra que ter sido escolhida para homenagear Rita não foi por acaso. Há uma clara influência da rainha em sua voz, principalmente na fase boogie da matriarca da pop brasileiro. Produção impecável.

Marcelo D2

IBORU

IBORU é o mais africano e sambático disco de Marcelo D2, artista que não se cansa de amadurecer. Levando as gravações em paralelo com a retumbante volta do Planet Hemp, D2 mergulhou de cabeça no samba de roda para um disco todo homenageando o estilo. Desce a feijuca, a caipirinha e traz o Marcelo pra tocar!

ÀIYÉ

TRANSES

Altamente inventivo e experimental, Transes, da ÀIYÉ, presta a devida homenagem ao Candomblé, honrando os seus tambores, aqui transmutados em beats eletrônicos da mais alta estirpe. Álbum bom demais de ouvir, mostrando uma artista que não economizou na criatividade.

Elza Soares

No Tempo da Intolerância

Mestra Elza Soares deixou este áudio gravado antes de mudar de plano. Afinal, ela não seria capaz de nos deixar sem sua música em 2023. E mandou bem demais, acostumada que está a lançar um disco foda atrás do outro nos últimos anos de sua carreira. Elza é o grande diamante da música brasileira.

Jonathan Ferr

Liberdade

Pianista de jazz dos bons, Ferr traz toda sua influência e ousadia no mais recente álbum, Liberdade, que veio recheado de convidados, como Luedji Luna, Kaê Guajajara, Rashid e mais um tantão de gente.

O artista não tem cerca no seu quintal. Por isso, não espere um disco de jazz. É pop doido, torto, cheio de dissonâncias.

Ava Rocha

NEKTAR

Baby, é tudo um sonho. Para os ouvintes, mais do que isso. Ava Rocha arrebentou com Nektar, disco lançado depois do hiato forçado da pandemia. A voz rasgada e ébria da artista, que carrega o troféu de uma das melhores letristas da atualidade, está cada vez mais marcante. Deleite.

Tatá Aeroplano

Boate Invisível

Tatá se juntou ao talentosísismo produtor Dustan Galas em sua banda em um estúdio, e compôs todas as músicas de Boate Invisível em real time. As criações eram registradas enquanto iam sendo compostas, pensando na boate imaginária que existe na cabeça de cada um, opção de balada possível em tempos de lockdown.

O resultado? Um disco festeiro, de pista, mas ainda impregnado de toda a psicodelia boêmia de Tatá Aeroplano e sua trupe.

Marina Sena

Vício Inerente

O grande barato de Vício Inerente, de Marina Sena, é a produção de Iuri Rio Branco, que traz beats e arranjos muito bem colocados. E as vozes, principalmente depois que o mundo fez as pazes com o auto-tune (ferramenta de processamento de voz usado por nove entre dez artistas do pop), perfumam a dúzia de faixas do álbum.

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Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.

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