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Adriana Calcanhotto inicia turnê em tributo à cantora Gal Costa nesta quinta e fala do novo álbum, Errante

Adriana Calcanhotto em foto de divulgação do disco Errante. Crédito: Léo Aversa

Conversamos com Adriana Calcanhotto, que contou um pouco sobre o processo de construção do seu novo álbum, Errante, e falou sobre o convite para celebrar Gal Costa em turnê de tributo, que começa já neste próximo dia 27, em Porto Alegre. 

Ouvir o álbum Errante, de Adriana Calcanhotto, é ser transportado, imediatamente, para as coisas mais simples e leves da vida (teste e verá que é verdade. Depois me conta). As 11 músicas inéditas proporcionam sentimentos de reencontros. No começo da música Larga Tudo, por exemplo, é possível ouvir pessoas rindo ao fundo e, de imediato, somos transportados para um barzinho no final da tarde de sexta-feira em pleno verão.

Todas, exceto Nômade, foram escritas antes da pandemia. Nômade, inclusive, tem uma particularidade revelada pela própria Adriana:

“Esta eu compus depois da viagem com o Gilberto Gil e é inspirada nele, na vida dele na estrada e nas frases que ele dizia para as pessoas.”

Já a gravação do álbum foi feita em estúdio, ainda na pandemia, quando já era possível sair de casa. Fato que, para Adriana, proporcionou esse clima bom de reencontro, simplicidade e felicidade que fica evidente ao longo de todo o trabalho. Apesar da simplicidade, as letras são robustas e carregam muitas referências, bem como os arranjos e melodias que já são características da sua trajetória. Menos é sempre mais. E nesse quesito Adriana acertou em cheio quando traz uma proposta sem tanto efeito, tanta coisa eletrônica e comenta que não modificar a sonoridade foi proposital.

“O lance era estarmos juntos, tocar, depois de tanta incerteza e de tudo o que se passou, sobretudo aqui no Brasil, com um governo que negava a pandemia. O disco fala muito de escolhas e, nesse sentido, as escolhas têm a ver com simplicidade também”

A bossa nova sempre esteve presente na vida e nos trabalhos da cantora e, em Errante, não é diferente. Sobre essa influência, Adriana diz que nasceu no meio da bossa nova, pois o pai – Carlos Calcanhotto –  era baterista de jazz.

A turnê de Errante começa em Portugal e depois vem para o Brasil, trazendo também grandes sucessos de Calcanhotto com nova roupagem e com arranjos novos. O que já é bom, tem de tudo para ficar melhor ainda.

Adriana Calcanhotto conta que se inspirou em Gilberto Gil para compor o novo disco, Errante. Crédito: Léo Aversa

GAL: COISAS SAGRADAS ACONTECEM

Quando pergunto o que Adriana mais tem ouvido ultimamente, ela fala que tem mergulhado no universo de Gal Costa. Isso porque ela estreia, já este mês, uma série de shows em homenagem à cantora, que nos deixou em novembro de 2022. As apresentações estão marcadas para acontecer em Porto Alegre, no dia 27 de abril, Rio de Janeiro, dia 29 de abril, São Paulo, no dia 11 de maio, e Salvador, dia 14 de maio, já anota na agenda e não perca!

A cantora divide a direção do espetáculo com Marcus Preto, produtor e diretor artístico de álbuns e shows de Gal Costa nos últimos nove anos e será acompanhada pela mesma banda que tocou Gal na última turnê. O guitarrista Pedro Sá faz parte de Errante e também da turnê de Adriana em homenagem à Gal, sendo uma ponte entre os dois repertórios. Inclusive, a música Esquadros está presente nas duas turnês.

SERVIÇO:

Adriana Calcanhotto em
Gal: Coisas Sagradas Permanecem

PORTO ALEGRE
Quinta, 27/4, às 21h
Salão de Atos – PUCRS
Ingressos

RIO DE JANEIRO
Sábado, 29/4, às 21h
Vivo Rio – Avenida Infante Dom Henrique, 85, Rio de Janeiro – Rio de Janeiro
Ingressos

SÃO PAULO
Quinta, 11/5, às 22h
Tokio Marine Hall
Ingressos

SALVADOR
Domingo, 14/5, às 19h
Concha Acústica – Largo do Campo Grande
Ingressos

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