A trilha sonora de “Top Gun: Maverick”. Lançamento desbanca filme original e invoca pop nostálgico

Claudio Dirani
Por Claudio Dirani

Sucesso da sequência de Top Gun faz Tom Cruise atingir sua melhor bilheteria em mais de 40 anos de carreira

 

Top Gun: Ases Indomáveis fez seu primeiro voo rasante nas salas de cinema em maio de 1986. Com custo de produção em torno de meros US$ 15 milhões e arrecadação internacional em torno de US$ 358 milhões, o longa protagonizado por Tom Cruise (então com apenas 23 anos), catapultaria o astro para voos mais altos nos anos seguintes.

Apesar da quase eterna espera gerada pela pandemia de covid-19 (a data original de estreia estava marcada para junho de 2020), quem aguardou pela sonhada sequência das aventuras de Cruise como o capitão Pete “Maverick” Mitchell não reclamou do resultado.

  1. Melhor. Desde sua estreia global, Top Gun: Maverick tem arrancado elogios de crítica e público, e contabilizado vendas de ingressos além dos sonhos do próprio ator-piloto. Até o momento (21/6), a produção coestrelada por Jennifer Connelly está bem perto de suculentos US$ 887 milhões e já é com folga o melhor desempenho comercial de Cruise nos EUA.

Lady Gaga x Berlin: disputa de clássicos pop

Sem medo de apostar na nostalgia (a trilha de Top Gun: Maverick resgata dois temas usados no filme de 1986), a produção dirigida por Joseph Kozinski não se limitou a agradar a geração original de fãs.

O tema escolhido para liderar o álbum oficial de Top Gun: Maverick foi “Hold My Hand”, de Lady Gaga. Lançado em 3 de maio, o single atingiu o Top 10 nas paradas oficiais de Holanda (1º), Croácia (2º), Suíça (5º), Hungria (5º), Nova Zelândia (6), Bélgica (10º) e Estados Unidos (10º no Adult Contemporary – melhor desempenho da música entre as quatro categorias da Billboard). O bom desempenho da canção (e do filme) impulsionaram a trilha sonora para o 2º lugar da Billboard.

Embora tenha provocado uma onda de críticas positivas, “Hold My Hand” não repetiu nem de perto o sucesso conquistado por “Take My Breath Away”, do grupo Berlin, que embalou os casais de namorados que foram conferir o primeiro Top Gun.

A parceria do genial italiano Giorgio Moroder com Tom Whitlock não só foi líder absoluta das disputadas paradas norte-americanas e britânicas em 1986, como povoou o Top 5 das emissoras de rádios de Brasil, Áustria, Alemanha Ocidental, Bélgica, Canadá, Espanha, França, Holanda Irlanda, Itália, Suécia, Noruega, Nova Zelândia e África do Sul.

Como esperado, o implacável sucesso de “Take My Breath Away” fez o álbum oficial de Top Gun viajar a velocidades supersônicas. Ao todo, a trilha sonora subiu ao 1º lugar em diversas praças internacionais (incluindo EUA), com vendas em torno de 13 milhões de unidades.

Para encerrar o combate com um looping ao estilo do destemido Maverick, a estrela da companhia, “Take My Breath Away”, fecharia a campanha com dois prêmios épicos: Globo de Ouro e Oscar de Melhor Canção Original de 1986.

Claudio Dirani

Claudio D.Dirani é jornalista com mais de 25 anos de palcos e autor de MASTERS: Paul McCartney em discos e canções e Na Rota da BR-U2.

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