A Odisseia Imagem: Reprodução

Clássico da Grécia Antiga, ‘A Odisseia’ ganhará filme dirigido por Christopher Nolan

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Nomes como Matt Damon, Tom Holland, Anne Hathaway, Zendaya e Charlize Theron já estão confirmados no elenco

Uma das mais intrigantes (e recontadas) histórias já produzidas pela mente humana é A Odisseia, que conta a saga de um certo Ulisses. O mano venceu a Guerra de Troia e levou dez anos para conseguir voltar para sua terra natal. Criada na Grécia Antiga por Homero, a história passou séculos sendo repassada oralmente, através de poesias e cântigos, até que foi colocada no papel por volta do século VII antes de Cristo. E depois disso, nunca mais saiu das nossas vidas. Hamlet, por exemplo, a mais famosa obra de Shakespeare, é uma releitura da Odisseia. Ulisses, de James Joyce, também.

No ano que vem, A Odisseia vai ganhar uma adaptação com aroma de blockbuster, dirigida por Christopher Nolan (de Oppenheimer), com Matt Damon, Tom Holland, Anne Hathaway, Zendaya e Charlize Theron na lista de atores selecionados. A Universal Pictures avisou em suas redes sociais que se tratará de uma “aventura épica, rodada em diversos lugares do mundo”, e entregou até mesmo a data de estreia: 17 de julho de 2026.

Não é primeira vez que o cinema recria essa história, em vez de apenas esconder sua estrutura em outros roteiros. Desde 1911, os estúdios de Hollywood vêm dando emprego ao incansável Ulisses. Mas a equipe escalada para a edição 2026 da viagem do herói traz a expectativa de uma versão definitiva.

Bem, talvez “definitiva” não sera a melhor palavra para ser aplicada à Odisseia. Afinal, seus elementos seguirão sendo usados em peças de teatro, filmes, histórias em quadrinhos e mininovelas do TikTok. Afinal, se a obra de Homero está sendo usada há quase 30 séculos e segue relevante, não será Matt Damon que colocará uma pedra em cima desse roteiro. Enquanto tivermos medo da masmorra desconhecida que abriga nossa alma, teremos Ulisses servido no buffet.

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.