Foto: ReproduçãoUm dos clubes mais importantes de todos os tempos, Haçienda lança 51 DJ sets históricos
Coleção traz obras de nomes como Armand Van Helden, Carl Craig, David Morales, Frankie Knuckles e Todd Terry
A Haçienda foi um dos mais importantes clubs de todos os tempos. Epicentro de uma nova cultura que abraçou a house e o techno estadunidenses como trilha sonora para uma revolução nos costumes de toda uma geração, o chamado Segundo Verão do Amor, no final da década de 80. Um dos berços da acid house, o clube estava no lugar certo (Manchester, Inglaterra), na hora certa e, seu público, com a droga certa na cabeça. Nasceu, cresceu, ganhou fama, seguiu dando prejuízo e morreu. Mas não sem antes receber muitos dos maiores DJs do planeta, ávidos para comandar seus míticos toca discos.
Os fãs de sua história e os curiosos da mitologia Haçienda acabam de ganhar um presente. A Apple Music disponibilizou 51 sets de DJs gravados ao vivo durante suas apresentações no clube e em festas feitas depois do galpão fechar. Com sets a partir de 1987, a coleção conta com obras assinadas por ícones como Armand Van Helden, Carl Craig, David Morales, Inner City, Frankie Knuckles, Louie Vega, Roger Sanchez e Todd Terry, além dos DJs residentes da casa, Mike Pickering, Graeme Park, DJ Paulette e Jon Dasilva. Um espetáculo.
Para curtir a trilha sonora e fazer uma viagem no tempo em busca do romantismo perdido das festas da Haçienda, acesse a página oficial do projeto, clicando aqui.
A história
A Haçienda foi inaugurada em 1982 pelo apresentador de TV Tony Wilson para dar um palco aos artistas da gravadora Factory Records. Também conhecido como FAC51, o galpão abandonado pintado de preto e amarelo recebeu artistas do pós-punk, synth-pop, techno e house, em uma mistura musical que ficou conhecida como Madchester.

Apesar do seu enorme impacto cultural e de ser considerado pela revista Newsweek como “O Clube Mais Famoso do Mundo”, a Haçienda sempre trabalhou no vermelho, dando altos prejuízos a Wilson. Os problemas, em parte causados pela venda reduzida de álcool (devido ao uso generalizado de ecstasy pelos frequentadores), e, mais tarde, pela escalada de violência e atividades de gangues, levaram ao seu encerramento definitivo em 1997.
O edifício original foi demolido em 2002 e substituído por apartamentos, mas o seu legado perdura e a sua história é celebrada em livros, documentários e na cultura popular, como no filme sensacional filme 24 Hour Party People.



