Ícones do grunge hoje: como vivem e o que fazem os protagonistas dos anos 90
Entre turnês, recomeços e histórias de superação, veja onde estão cinco das grandes lendas do grunge de Seattle
No começo dos anos 90, o movimento grunge, nascido na região de Seattle, passou de arrasto a música dos Estados Unidos, sacudindo um cenário roqueiro até então dominado por cabelos, laquê e maquiagem. E lá se vão 30 anos de vida. A vida de boa parte dos artistas do grunge rock foi tão visceral e acelerada quanto a música que faziam em cima do palco. Alguns não resistiram a tamanha eletricidade e ficaram pelo caminho, como Kurt Cobain, do Nirvana, e Layne Staley, do Alice in Chains.
Para o grande público, a sensação de que todo mundo aposentou e foi cuidar dos netos depois que uma onda passa é bastante comum. Pesquisando sobre como anda a vida dos maiores ídolos do grunge de 90, é curioso perceber como o Brasil está envolvido no dia a dia da rapaziada. Alguns se cuidando, outros produzindo como se fossem garotos, e mais alguns outros vivendo dos louros dos anos 90.
Sabiam por onde andam cinco grandes ídolos do grunge rock de Seattle.
Jerry Cantrell (Alice in Chains)
Trabalhando feito doido
O fundador do Alice in Chains, um dos grandes expoentes do grunge de Seattle, segue firme no trabalho, para alegria de seus fãs. Cantrell acabou de lançar um novo álbum, I Want Blood, sétimo de sua carreira solo. O guitarrista se apresenta em São Paulo, na Audio, dia 12 de novembro. Seu trabalho paralelo vem desde a fase áurea da banda, antes da morte do amigo e cofundador do Alice, Layne Staley, em 2002. Além de uma constante carreira solo, Cantrell já colaborou com artistas como Heart, Ozzy Osbourne, Metallica, Pantera, Pearl Jam, The Cult, Stone Temple Pilots e Danzig, entre vários outros.
Eddie Vedder (Pearl Jam)
Cuidando da saúde
Provavelmente o mais famoso líder de banda da era grunge ainda vivo, Eddie Vedder vem tomando alguns sustos em relação à sua saúde. Agora no mês de outubro, o cantor cancelou shows em Londres e Berlim para tratar de um colapso que rendeu a ele “uma experiência de quase morte”, segundo o próprio ídolo compartilhou em sua conta do Instagram, sem revelar mais detalhes. Mas a parada foi dura. “Foi muito desconfortável e assustador. Parecia bronquite no peito. Parecia que você não conseguia respirar, e talvez você não sobrevivesse à noite, e talvez você tivesse que ir para o hospital.” Se cuida aí, mano.
Mark Arm (Mudhoney)
Firme e forte, com data no Brasil
O Mudhoney é uma das grandes unanimidades do grunge. E seu líder, Mark Arm, se aproveita disso. A banda lançou há pouco mais de um ano seu 11º álbum, Plastic Eternity (2023), e marcou show no Brasil! O grupo fará apresentações em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte em março. Na vida solo, Arm trabalhou nos últimos anos com os Melvins, Thurston Moore e Mike Watt. Ah, e ainda vive em Seattle.
King Buzzo (Melvins)
Música e cachorrinhos
Além de resgatar cachorros de rua para criar em sua casa, o doidão Buzz Osborne segue com carreira solo (seu último álbum foi lançado em 2020, chamado Gift of Sacrifice), sem deixar de lado o Melvins, uma das mais cultuadas bandas do universo grunge. O grupo já veio ao Brasil e volta e meia surgem rumores de sua volta ao país em 2025. Com a sua banda original, lançou em 2024 o 27º álbum de sua história, Tarantula Heart.
Evan Dando (Lemonheads)
Apoiando a odontologia brasileira
O vocalista do Lemonheads vive em São Paulo, para onde veio “tratar dos dentes” e, por tabela, fugir da heroína fácil de Seattle. Na real, tem mais na história: Evan Dando se casou com a cineasta brasileira Antonia Teixeira, que vem de uma família de dentistas. O casal veio a São Paulo turistar e não voltou mais. “Sinto-me como se tivesse morrido de overdose e ido ao paraíso, que é o Brasil”, contou em entrevista. Desde então, o cantor tem feito confusos shows solos pelo país, e já conseguiu trazer para cá o restante do Lemonheads para uma tour.