Baladão dos Famosos mostra como ser DJ virou piada

Claudia Assef
Por Claudia Assef

Almoçando ontem na casa dos meus pais, meus olhos congelaram na TV quando vi o atualmente murcho Faustão anunciando o Baladão dos Famosos. Parei pra ver.

Ano passado, ele promoveu no programa dominical o Baladão do Faustão, numa espécie de batalha de DJs, que na verdade era um concurso de remixes. Por isso ontem na hora parei tudo pra ver o que vinha nesse Baladão dos Famosos.

Pra começar, a lista de famosos. Do alto meu pífio conhecimento de atores globais pós-adolescentes, só conhecia o Marcelo Faria. Quem estava tocando era um tal Pedro Neschling. Tocando é modo de dizer. Ele mal ficou atrás dos CD-Js, às vezes ia ali atrás mexer em algum botão, ficou durante o mega mix que botou pra tocar “agitando a galera”, a função que parece atualmente a mais importante para um DJ se dar bem.

Com um cabelinho meio Jesus Luz, o menino se apresentou com a sua equipe. Pelo que entendi, o Baladão dos Famosos propõe que a celebridade traga seu crew “galera agitator”, composto por dançarinos e um grafiteiro, além do DJ. Eu não sei nem explicar o que foi o “set” do ator. Parecia um megamix de rádio, com direito a funk carioca, Latino, Reginaldo Rossi, tudo costurado por uma batida eletrônica “muito louca”.

Não vi na TV, mas hoje entrei no site do Faustão pra ver mais sobre o tal Baladão dos Famosos. E vi que uma atriz chamada Mariana Rios, da Malhação, “soltou o brega para a galera”. Com esta bela atuação, ela foi escolhida pra ir pra final contra o Pedro Neschling.

Agora eu pergunto, quando os famosos se propunham a dançar ou patinar no gelo, não tinha que treinar? Até onde entendi, era uma competição bem difícil. Agora, quando o assunto é discotecagem, não tinha ninguém pra dar um toque?

Claudia Assef

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Autora do único livro escrito no Brasil sobre a história do DJ e da cena eletrônica nacional, a jornalista e DJ Claudia Assef tomou contato com a música de pista ainda criança, por influência dos pais, um casal festeiro que não perdia noitadas nas discotecas que fervilhavam na São Paulo dos anos 70.

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