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10 curiosidades que você não sabia sobre The Handmaid’s Tale, série de sucesso da Paramount +

Já renovada para a 5ª temporada, todos os episódios da 4ª temporada de The Handmaid’s Tale, com suas grandes reviravoltas e importantes conclusões, estão disponíveis para assistir na Paramount+.

Baseada no romance da autora canadense Margaret Atwood, Handmaid’s Tale é recheada de fatos curiosos. O Music Non Stop listou 10 segredos curiosos da série para surpresa de novatos e fãs. Divirta-se

 

 

O nome de Offred não é revelado no livro

foto: divulgação estúdio

Uma das curiosidades lá do comecinho de tudo é que a personagem principal de O Conto da Aia ganhou um nome na série, enquanto no livro ele nunca é revelado. Durante toda a narrativa de Margaret Atwood, a protagonista é chamada de Offred. Retirar o nome é uma maneira de desumanizar as Aias e de atestar que elas são propriedade dos Comandantes. A série escolheu dar à personagem o nome June que é um dos citados no livro, sussurrado pelas Aias no dormitório. Atwood não confirma a teoria, diz que não era sua intenção que o nome da personagem fosse June. No livro, faz todo sentido não ter o nome revelado, há um tom de mistério que envolve a memória desta Aia. A série expandiu o universo distópico de Handmaid’s, então a personagem reforça por diversas vezes a sua identidade através do nome.

 

A série é a décima adaptação do romance

Nunca antes adaptado para a televisão, O Conto da Aia já teve versão teatral, foi encenado para o rádio e teve até uma versão em ópera:

 

Uma das adaptações mais conhecidas, além da série de Bruce Miller, é o filme de 1990 com direção de Volker Schlöndorff. Lançado apenas 5 anos após o lançamento do livro, o filme até hoje é alvo de críticas pela forma rasa como trata o tema de The Handmaid’s Tale. Uma curiosidade brasileira: aqui, o nome do filme foi traduzido para “A Decadência de uma Espécie”.

 

Elisabeth Moss na Cientologia

Elisabeth Moss – foto: divulgação

Vamos de polêmica! Elisabeth Moss é membro da Igreja da Cientologia, religião acusada de manipulação, abuso financeiro e até exploração sexual. Como grande nome de uma série que fala sobre os perigos da junção entre poder e religião, a atriz já foi questionada por fãs sobre o assunto. 

Uma espectadora da série perguntou no Instagram qual a posição da atriz sobre a Cientologia impedir seus membros de ler informações de fontes externas, como notícias. Moss respondeu que isso não era verdade sobre a Cientologia. E completou: “Liberdade religiosa e tolerância e compreensão da verdade e direitos iguais para todas as raças, religiões e credos são extremamente importantes para mim. As coisas mais importantes para mim, provavelmente. E então Gilead e THT me atingiram em um nível muito pessoal. Obrigado pela pergunta interessante!”

 

Amanda Brugel escreveu uma tese sobre o livro

Amanda Brugel – foto: divulgação estúdio

A atriz que interpreta a (ex) Martha Rita leu O Conto da Aia pela primeira vez no ensino médio. Brugel escreveu sua tese de admissão na faculdade sobre o livro e o ensaio lhe rendeu uma bolsa de estudos. O mais fascinante é seu foco principal no artigo: Rita. Como se pudesse prever o futuro, Amanda Brugel explorou a obra de Atwood e sugeriu uma teoria de que Rita era secretamente uma Aia que conseguiu subornar alguém para se tornar uma Martha. É uma ótima aposta e uma abordagem interessante do passado da personagem, que bem que poderia aparecer na série.

 

A obra original é uma ficção especulativa

Apesar dos rótulos já recebidos, ficção científica, literatura distópica, distopia feminista, a criadora de The Handmaid’s Tale define a obra de 1985 como ficção especulativa. Ao escrever o livro, Margaret Atwood garantiu que todos os absurdos retratados no livro fossem retirados da história real.

Uma regra da autora foi não incluir nada que o ser humano não tivesse feito em outro lugar ou época, além de nenhuma tecnologia que ainda não existisse. Enforcamentos em grupo, vestimentas específicas conforme as classes e castas, procriação forçada, crianças roubadas por regimes, proibição da alfabetização são alguns exemplos tirados de povos da sociedade ocidental e da tradição cristã para a construção de uma realidade pavorosa, especialmente, para as mulheres.

 

Ladrões de obras de arte

foto: reprodução Youtube

Outro toque de realidade na série são as obras de arte que compõem as casas dos Comandantes. Segundo historiadores, durante a Segunda Guerra Mundial, mais de 5 milhões de obras de arte foram retiradas ilegalmente de seus donos. A presença de quadros famosos na decoração da casa de Fred e Serena Waterford nas duas primeiras temporadas fazem referência à arte saqueada por nazistas.

Julie Berghoff, diretora de arte de The Handmaid’s Tale, contou em entrevista à W Magazine que a ideia era imaginar que o Comandante e sua Esposa fizeram uma visita ao Museu de Arte Moderna de Boston e roubaram suas pinturas favoritas. Como Serena é aquarelista e adora natureza, ela escolheu alguns Monets. Singelo!

A casa da família Lawrence é outro exemplo. Além do quadro “A Leiteira” de Johannes Vermeer que pode ser visto pendurado na cozinha na 3ª temporada, quem não se lembra que as obras de arte saqueadas por Lawrence foram moeda de troca para o avião que tirou as 86 crianças de Gilead?

 

Nolite te Bastardes Carborundorum

foto: divulgação estúdio

No contexto da obra, a frase significa “Não permita que os bastardos reduzam você a cinzas” e representa a luta das mulheres por liberdade em Gilead. Ela foi vista pela primeira vez no quarto de June na casa dos Waterford. Deixada pela Aia anterior, que comete suicídio, a frase é retomada em partes chaves da série, como o fim da 4ª temporada. 

“Nolite te bastardes carborundorum” até parece latim, mas é composta por uma invenção de Margaret Atwood. A frase foi incluída no livro como uma piada interna das aulas de latim da autora. “Nolite” significa “não” em latim e “te” significa “você”. Já “bastardes” é uma palavra inventada com sufixo vindo do latim. Carborundorum é uma palavra inglesa que dá nome a um produto industrial abrasivo. Independente da sua origem, o fato é que a expressão virou um ícone da cultura pop nos últimos anos.

 

O easter egg na etiqueta da orelha de June

foto: divulgação

Há muitos detalhes escondidos nas cenas de The Handmaid’s Tale. Na série, cada Aia tem uma etiqueta na orelha com um número de identificação. June recebeu o número 1985, uma referência ao ano em que o livro de Margaret Atwood foi lançado.

 

Não há diversidade racial no livro

 

Na obra de Atwood, pessoas racializadas foram expulsas da nova nação que se tornou os Estados Unidos da América. Moira, no livro, é uma mulher branca. Os produtores da série, felizmente, perceberam que fazer uma série apenas com atores brancos não iria funcionar. A essa altura, representar o racismo de Gilead excluindo pessoas negras das telas não traria nada de positivo.

 

O impacto das eleições de 2016

foto: reprodução Youtube

O timing do lançamento da série The Handmaid’s Tale foi absurdo, não só nos Estados Unidos, mas ao redor do mundo. O crescimento de governos autoritários, de extrema-direita, que flertam com regimes fascistas tornou a série acidentalmente premonitória. A eleição de Donald Trump nos EUA em 2016 trouxe junto ameaças aos direitos reprodutivos das mulheres no país. O governo estadunidense então foi alvo de protestos em que mulheres usaram os figurinos de Aia da série demonstrando sua preocupação com a perda de direitos duramente conquistados.

 

Ao redor do mundo, as vestes vermelhas se tornaram símbolo do ativismo contra a opressão das mulheres.

 

Veja a live do MIXIDO sobre os altos e baixos da temporada 4:

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