Programa contou com a participação especial de Thundercat
Nelson Aires, gigantesco guitarrista de jazz brasileiro e professor da Universidade de Orebro, na Suécia, disse ao Music Non Stop, durante o festival cearense Choro Jazz, o seguinte: “Tocar jazz para as crianças faz com que eles acessem sinapses do cérebro que até então estavam intocadas. Mesmo que elas não se tornem musicistas, a música desperta um desenvolvimento diferente”.
Criança não é sonsa. Por ter um cérebro ainda cheio de espaço para aprendizado, está mais aberta para linguagens musicais do que nós, adultos cheios de ranço. É essa consciência que difere alguns projetos infantis como por exemplo, Os Muppets, que durante os anos 70 levava a seus programas de TV convidados como Buddy Rich e Dizzie Gillespie, o brasileiro Palavra Cantada, grupo formado por Paulo Tati e Sandra Peres, conhecidos por criar música infantil com incrível sofisticação, e também o inglês Yo Gabba GabbaLand!, projeto maluco em que um DJ se une a personagens à la Vila Sésamo e convida, a cada temporada, grandes artistas da música alternativa — como MGMT, of Montreal e The Ting Tings — para se apresentar.
Eis que o Yo Gabba GabbaLand! ganhou mais um carimbo de “programa infantil superlegal” em sua folha de serviços. A trupe, liderada pela apresentadora mirim Kammy Kam, foi convidada a se apresentar ao vivo no programa (que a gente aqui adora) da rádio NPR, Tiny Desk. Junto com os personagens e uma banda, a turma cantou vários dos “hits” do programa, que por sinal são lançados até mesmo em vinil, para alegria dos DJs. O show ainda contou com a participação especial de Thundercat, devidamente fantasiado de bichinho. Para deixar tudo mais fofo, um grupo de crianças foi conviado para assistir à apresentação, gravada no meio do escritório da NPR. Um estouro.
A declaração de Alanté Serene, produtora do Tiny Desk, explicando o porquê do grupo infantil ter sido convidado para se apresentar: “Eu trouxe o Yo Gabba GabbaLand! para o Tiny Desk porque minha sobrinha de três anos é fã do show… E, bem, pra falar a verdade, eu também sou. O programa chamou minha atenção em 2007, com sua música influenciada por funk e hip-hop”.
