Vintage Culture manda uma rajada de lançamentos ao lado de Tiesto, Alok e um remix para Mobi

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Vintage Culture no Burning Man de 2019

O DJ e produtor Vintage Culture apresentou nas últimas semanas três lançamentos de fazer saltar os olhos.  Alem de contar com uma expressiva base de fãs no Brasil, formando ao lado do parceiro Alok (com quem acaba de lançar uma colaboração) a dupla de frente da música eletrônica nacional, Vintage Culture mandou pras pistas de dança uma faixa em parceria com o DJ Tiesto e um remix oficial do mestre do ambiente Mobi.

Coffe (Give Me Something) foi lançada dia 14 e é uma produção conjunta com Tiesto, um dos mais populares DJs do planeta, sempre presente nas famosas e polêmicas listas anuais.  Já na semana seguinte, dia 21, Vintage Culture apresentou ao mundo seu remix para a música My Only Love, do Mobi.  O último tiro da rajada de singles foi a música com Alok e o holandês Faulhaber,  chamada Party On My On.
Conversamos com Vintage Culture sobre esta movimentada sequência de lançamentos, alem de seus projetos para o futuro.
MNS: Você acaba de lançar dois trabalhos em parceria com personagens importantes para a música eletrônica a nivel mundial. Gente que viveu a aurora deste cenário e até hoje se mantém relevante. Como surgiram as conexões para a colab com o Tiesto e o remix para o Mobi?
VC: É muito gratificante pra mim estar ao lado desses personagens que eu acompanho desde da adolescência e hoje fazer colaborações com eles. A com o Tiesto surgiu quando eu estava produzindo a My Girl e ele adorou a track, tocou ela em alguns shows e demonstrou interesse em lança-la pela gravadora dele a Musical Freedom e ai começamos a conversar mais e até que chegou esse vocal da Coffee pra mim e eu e o Tiesto a fizemos juntos. Já com o Moby foi através da Zombie Studios que produziu o video clip da Deep Inside e estava produzindo o clip do Moby, quando eles disseram isso para mim eu pedi para eles me conectarem com o Moby e ai rolou, e foi sensacional fazer esse remix. Depois também rolou um set no canal dele no Twitch depois da coletiva de imprensa dele sobre a música e toda campanha que ele vem liderando com essa track.

MNS: Sua trajetória, cuja carreira começou em uma pequena cidade e fora do grande circuito de DJs internacionais, é um exemplo para outros jovens talentos que possam se intimidar por estarem em municípios distantes.  O que você traz, de Mundo Novo, para sua carreira e sua música? 
VC: Eu acredito que a gente não pode perder nossas raízes, uma das coisas mais gratificantes pra mim é poder viajar nas gigs e poder levar meus amigos lá de Mundo Novo comigo, é sempre como se sentir em casa e fica mais prazeroso tocar e ver os amigos em volta. Eu acho que a musica não tem barreiras, e a internet esta ai pra ser usada a seu favor. A facilidade de informação e tudo que a internet pode fornecer rompe as barreiras geográficas.
MNS: Como atualmente é a estrutura por trás do artista Vintage Culture?  E quando foi que você compreendeu que necessitava de  uma equipe para desenvolver sua carreira?
VC: Eu tenho três times basicamente, o meu time de produção e que tá na estrada comigo todo final de semana, eu tenho o time da Entourage que esta por trás dos festivais Só Track Boa e meu booking, e também tenho meu time que esta no meu dia a dia no marketing, músicas e basicamente no day by day, isso no Brasil. No exterior tenho mais uma agência de management e booking e mais uma pessoa que cuida dos meus interesses musicais. No total vai dar mais ou menos 50 pessoas. Eu comecei a entender isso quando fui pra estrada mesmo. É complicado viajar sozinho e cada vez que o show vai evoluindo você vai precisando adicionar peças, iluminador, vj, e por ai vai, além de todo o suporte de foto e vídeo que também fizeram parte de como consegui contar minha história. Já na parte mais empresa e de gestão de carreira foi quando os volumes de shows e lançamentos musicais e toda a estrutura em si já estavam me sufocando com a estrutura que eu tinha, e ai foi tudo se ampliando até chegar no ponto que esta hoje.
MNS: Como o momento atual afetou sua carreira? Principalmente no que diz respeito à manutenção da sua equipe.
VC: É bem complicado dizer só sobre a minha carreira quanto a isso, pois eu estou ligado a diversos prestadores de serviço e pessoas que estão sofrendo com esse período. Fizemos o Só Track Doa, que foi um crowdfounding onde as pessoas doavam e esse dinheiro era revertido para os mais necessitados da pandemia. Durante a pandemia, saíram grandes músicas com Tiesto, Moby e Alok.
MNS: Como estão os projetos futuros? O que você tem planejado para alem destes trabalhos recém lançados.
VC: Muita música e planejamento, esperando ansiosamente pra voltar e entregar novidades em todos os aspectos. Temos um lançamento em breve com a Defected que sempre foi um sonho pra mim lançar uma track com eles. Ahhh tem muitas colaborações novas e inéditas também.

Durante o recente festival Só Track Boa

 

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.

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