Duo israelense se juntou ao DJ e produtor brasileiro para trazer um novo remix do grande sucesso da cantora e compositora Letícia Fialho
A música eletrônica brasileira está no topo da montanha. Desde artistas já com status de estrela internacional, como Alok, Vintage Culture e o mais recente Mochakk, até a turma do funk, que anda chamando a atenção do planeta, casos de nomes como BADSISTA, Ramon Sucesso e Mu540, passando pelo mais recente caso de Unfazed, que chegou ao Top 1 do Beatport com seu remix para A Gira. A novidade é uma nova faixa lançada pelo brasileiro Blazy em conjunto com Vini Vici, uma dupla israelense de tremendo sucesso, que já quebrou as barreiras de público de sua cena original, o psytrance.
Os dois israelenses e o brasileiro se juntaram para lançar nesta sexta (17 de janeiro) um remix de Corpo e Canção, original de Letícia Fialho de 2018, do álbum Maravilha Marginal. A ideia para a parceria veio da mulher de Aviram Sahara, um dos membros do Vini Vici, que sugeriu à turma que fizessem um remix com a canção de Fialho. Deu bom. Com vocais em português bem salientes, a faixa lançada pelo selo Braslive Records mantém o DNA psytrance, mas vai também para o universo pop da música eletrônica, capaz de atingir outra esfera de público.
“Criamos uma pequena amostra para apresentar à Letícia Fialho, e ela realmente curtiu a proposta. Junto ao Blazy, nós fizemos mais umas sessões de estúdio até sentirmos que a faixa estava pronta. Eu a toquei no Tomorrowland Brasil e as pessoas enlouqueceram, então sabíamos que aquela era a versão que iríamos lançar”, explica Aviram, que completa:
“Nós nos apaixonamos na hora pela canção, por sua harmonia e sua mensagem. Eu moro no Brasil há muitos anos, e nós sempre quisemos acrescentar mais dessa cultura incrível à nossa música. Eu me lembro de quando minha mulher, Layla, sugeriu ‘Corpo e Canção’. Foi uma conexão imediata. E obviamente, trabalhando com o Blazy, que é um dos grandes talentos brasileiros, nos conectou ainda mais ao espírito do país”.
Blazy (Henrique Janelli) produz desde 2017 e já teve outras faixas repercutindo internacionalmente no universo psytrance. Não é um iniciante — muito longe disso. Já se apresentou em festivais como Rock in Rio, Universo Paralello, o Tomorrowland original, na Bélgica, e o estadunidense Dreamstate. O pé no Brasil, de parte do Vini Vici, também não diminui nem pouco o feito. O país está virando lar de um monte de bons produtores internacionais de música eletrônica. O que, aliás, só confirma a ideia de que estamos na Série A do campeonato.