Vidrados em house music, DJs do Anhanguera indicam 10 clássicos do gênero que marcaram a virada do século

Claudia Assef
Por Claudia Assef

TEXTO ANHANGUERA ESPECIAL PARA O MUSIC NON STOP

Sem dúvida, a virada do século 20 para para o 21 foi marcada, na cena house, por um fenômeno chamado french house. A house foi inventado pelos americanos, mas foram os franceses que dera um alcance global ao estilo, no final dos anos 90. Os maiores responsáveis por esse movimento foram artistas como Daft Punk, Bob Sinclair e Modjo, para citar apenas três. Com destaque para a french house, mas sem nos limitarmos a ela, vamos relembrar alguns clássicos que marcaram a virada do século e até hoje não saem do case de muitos DJs, nem das cabeças dos mais autênticos house heads.

MASTERS AT WORK FEAT. INDIA – TO BE IN LOVE (1999) – EUA

Há quem diga que o final dos anos 90 marcou o auge da house music. E uma track como essa praticamente legitima essa afirmação. Mistura perfeita de soul e música latina com house music. Masters At Work + India. Uma das parcerias mais bem-sucedidas da house music, o fino do fino da cena de Nova York.

PEPE BRADOCK – DEEP BURNT (1999) – FRANÇA

Podemos considerar esse track como a representação máxima do que se convencionou chamar de deep house. Não tem praticamente nada a ver com a deep house de 10 anos depois, que acabou tomando de assalto os charts do Beatport.

PETE HELLER – BIG LOVE (1999) – REINO UNIDO 

A Inglaterra no final dos anos 90 também teve seu papel de destaque na cena house, e Pete Heller é um dos principais expoentes da house inglesa. Big Love foi um estouro logo que saiu, tanto nas pistas como nas rádios. A música chegou à posição #1 no chart de Dance Music da revista Billboard nos Estados Unidos. A house music chegou ao topo da dance music com esta track festiva e positiva.

ALAN BRAXE & FRED FALKE – INTRO RUNNING EP (2000) – FRANÇA

Essa é uma obra-prima da french house que conquistou a cena clubber com um preciso sample de disco music e um beat envolvente. Running até hoje move qualquer pista com seu groove único.

MOODYMAN – DON’T YOU WANT MY LOVE (2000) – EUA

Não foi só o techno que fez a fama de Detroit. Moodyman fez jus ao histórico soul da cidade natal da gravadora Motown. Essa track é uma daquelas que não se podem classificar facilmente, totalmente atemporal.

KINGS OF TOMORROW – FINALLY (2001) – FRANÇA

O selo francês Distance foi um marco para a deep house, e essa track quando lançada parecia predestinada a virar um hit eterno. Os vocais soulful combinados com um baixo marcante até hoje são inspiração para vários reedits e versões que extrapolaram a essência house da versão original.

JON CUTLER FEAT. E-MAN – IT’S YOURS (2001) – FRANÇA

Chez Music era uma divisão da gravadora Distance Music e esse sem dúvida foi o disco de mais sucesso do selo. Não pode haver um DJ que se considera amante da house music que não tenha tocado essa música.

SLOW SUPREME – GREEN TEA (2001) – NORUEGA

Mais conhecido como Lindstrøm na cena space disco, o produtor fez uma das tracks mais belas da virada do século sob o codinome de Slow Supreme. Talvez a música menos conhecida dessa lista, mas não menos surpreendente. Pure House Music!

DJ SNEAK – FIX MY SINK (2002) – EUA

Essa música definitivamente marcou a segunda onda de Jackin House de Chicago. O mito DJ Sneak, que carrega a fama de ter influenciado ninguém menos que Daft Punk, só esqueceu de dar os créditos pro vocalista Bear Who no clipe e no disco, caso que até hoje é motivo de polêmica.

BLAZE – DO YOU REMEMBER HOUSE – BOB SINCLAIR RMX (2002) – EUA

Quando Nova York se encontra com Paris no auge da french house, nasce um clássico da house Music. Do You remember house when house was disco?, diz a letra. O remix de Bob Sinclair é puro disco house.

+++ Formado em 2004 por Dudu Palandre e Décio Deep, o projeto Anhanguera segue firme como um dos principais expoentes da produção de house music made in Brazil

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Claudia Assef

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Autora do único livro escrito no Brasil sobre a história do DJ e da cena eletrônica nacional, a jornalista e DJ Claudia Assef tomou contato com a música de pista ainda criança, por influência dos pais, um casal festeiro que não perdia noitadas nas discotecas que fervilhavam na São Paulo dos anos 70.

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