Festival CubaDupa, o primeiro grande evento presencial pós convid no mundo, reuniu 120 mil pessoas. O país? Nova Zelândia, onde a primeira ministra é mulher e ex DJ.
Recomendamos que você resista ao sentimento de inveja que talvez esta matéria possa lhe causar e o substitua por esperança. Não é fácil, sabemos, mas pense que temos um certo privilégio em ter, hospedado no mesmo planeta que a gente, um lugar cujo governo agiu com tanta inteligência e responsabilidade, respaldado pelo carisma de uma primeira ministra que demonstrou jogar no mesmo time que os habitantes que representa, mesmo que não tenham votado nela.
Os cidadãos da Nova Zelândia puderam, neste final de semana, ir a seu primeiro festival desde que o Covid 19 tomou conta do mundo. O CubaDupa rolou durante o final de semana do dia 27 de março e recebeu nada menos do que 120 mil pessoas, que curtiram atrações musicais em mais de 50 palcos distribuídos pelas ruas da cidade de Wellington.
Vídeos e fotos do festival tomaram conta das redes sociais, tamanha realização que trouxe aos participantes. A curadoria do CubaDupa. Paradas de rua com até 8 bandas, fanfarras e orquestras tocando a mesma ao música ao mesmo tempo usando fones de ouvido wi fi fizeram a alegria de quem pôde assistir.
O organizador do festival Gary Paul , em entrevista ao site Scoop Culture, disse que “as ruas estão em festa e vivas com cores, musica e cheiros dos festivais de rua. Se eu tivesse que descrever, diria que seria como se o Mardi Gras se unisse ao carnaval de Notting Hill e com as primeiras edições do festival Laneways”.
Veja alguns tuítes que dão uma boa noção do que foi o CubaDupa
Where else in the world is something like this happening right now?
Two years in the making, @cubadupa was absolutely fizzing on the first day of the two-day festival.
With the second day in full swing, CubaDupa turns into one giant party with surprises around every corner. pic.twitter.com/ZYYFFrEKeF
— WellingtonNZ (@Wellington_NZ) March 28, 2021
Someone must have captured this much better than I did, but this in Wellington today where 8 music groups along one street played one composition – using headphones to keep in sync. #CubaDupa pic.twitter.com/ey5bxOgFe6
— Jemaine Clement (@AJemaineClement) March 28, 2021
Odessa opening this year's Cuba Dupa in style with some great funk. #Team5million thank you for getting us to this point. @WLGAirport @CubaDupa @WgtnCC @wellingtonnz
Stay safe everyone #CubaDupa #Wellington #WellingtonCouncil #StaySafe pic.twitter.com/L8v3PN3SKu— Wildbaynz (@WildBayNZ) March 27, 2021
Com lockdown imediato, auxílio a quem não pode trabalhar e principalmente, exemplo de empatia e atitude (Jacinda fazia lives direto de sua casa, de pijamas, depois de colocar os filhos para dormir) o país foi o primeiro a se tornar seguro na pandemia. Ações de relaxamento no ano passado resultaram em novos registros de casos e foram revertidas rapidamente. Atualmente o país se considera livre do vírus.
Mesmo assim, os frequentadores do festival foram encorajados a se registrarem através de um QR Code, e “patrulhas sanitárias” rodavam pelo evento com testes de temperatura e lenços higienizantes.
Sabemos que o Brasil está no extremo oposto, com o preço do descaso negacionista sendo pago por todos, à vista e com vidas. Mas é importante saber que o outro lado existe e dá certo.