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The Town 2025 resolve frustrações da 1ª edição

The Town 2025

Foto: Tati Silvestroni/Music Non Stop

Estivemos no Autódromo de Interlagos para conferir o que rolou nos dias 06, 07, 12, 13 e 14 de setembro

Produzido pela Rock World, o The Town movimentou São Paulo nos últimos dois fins de semana, recebendo 420 mil pessoas em cinco dias de evento (06, 07, 12, 13 e 14 de setembro) no Autódromo de Interlagos, apelidado como Cidade da Música. Antes mesmo do encerramento, o festival já havia anunciado nova edição para 2027.

Com cerca de 14 horas de evento por dia, foram mais de 100 shows e 500 artistas envolvidos, com impacto econômico na cidade de R$ 2,2 bilhões, aumento de 21% de consumo na capital em relação à primeira edição, em 2023, e um aumento de 240% nas reservas do Airnbnb no período do evento. Os números são da própria organização.

Mostrando que soube adaptar melhor o line-up do que seu irmão carioca — o Rock in Rio —, o The Town teve grandes nomes nacionais e internacionais distribuídos em seis palcos: Skyline, The One, Factory, SP Square, Quebrada e The Tower.

O primeiro fim de semana teve mais ingressos vendidos. O dia do rap e trap, ou melhor, do hip-hop, contou com ingressos esgotados. Cerca de cem mil foram assistir aos shows de Travis Scott e Lauryn Hill. O dia do rock quase chegou no mesmo patamar, recebendo 90 mil pessoas, com Green Day e Iggy Pop de headliners (saiba mais sobre os destaques aqui). Já o segundo fim de semana foi dominado por atos do pop, com 75 mil pessoas vendo Backstreet Boys na sexta-feira, 78 mil indo à Cidade da Música para ouvir Mariah Carey no sábado e 82 mil pessoas esperando por Katy Perry no domingo (saiba mais sobre os destaques aqui).

Katy Perry. Foto: Tati Silvestroni/Music Non Stop

Um fato que chamou a atenção foi o engajamento do público nos shows de artistas brasileiros. Embora os headliners tenham sido gringos, a presença da multidão em performances de artistas nacionais deixou claro que a síndrome de vira-lata está com dias contados. Performances como as de Pitty, CPM 22, Capital Inicial, Jota Quest, Luísa Sonza, IZA, Gloria Gloove, Belo, Matuê e Filipe Ret estiveram lotadas do início ao fim, mesmo em horários complicados.

Os palcos, cujos layouts foram inspirados em diferentes atmosferas da cidade de São Paulo — das fábricas aos arranha-céus e da quebrada aos edifícios históricos —, foram melhor posicionados neste ano. Esta foi uma grande reclamação em 2023, pois os dois principais, Skyline e The One, ficavam muito próximos um do outro. O que poderia ser bom, afinal, era menos tempo de caminhada entre eles, tornou-se ruim justamente para a mobilidade do público, pois não havia área de escoamento de pessoas.

O Skyline foi mantido no mesmo lugar, numa área sem elevação. Embora seja um local amplo, cimentado e com gramado artificial, há grandes estruturas que atrapalham a visão do público. Ao lado dele, estava o The Tower, o palco do after, destinado aos DJs. Já o The One foi reposicionado, localizando-se onde havia o brinquedo Megadrop e possibilitando que a estrutura de palco ficasse embaixo do famoso morrinho do Autódromo de Interlagos, o que permitiu ao público ter uma melhor visão.

IZA no The Town 2025. Foto: Tati Silvestroni/Music Non Stop

O SP Square foi levado ao espaço onde estava o The One em 2023, também numa área reta, e cedeu seu lugar antigo ao Factory. Já o estreante Quebrada ficou próximo ao The One, mas acabou se tornando o espaço mais distante de todos.

Todas as modificações na logística foram um grande acerto da produção. Isso possibilitou que o público se adaptasse às estruturas e tivesse mais espaço para se locomover. A diminuição na quantidade de ativações também foi ponto positivo. Ao contrário de 2023, em que 220 ativações tornavam o festival um verdadeiro shopping a céu aberto, a posição dos 70 stands de marca permitiu que o fluxo de pessoas circulasse de melhor maneira, ficando aos arredores dos palcos.

As opções de comida variavam entre lanches, pizzas, pipoca e até mesmo macarrão instantâneo. Já as bebidas, entre café, refrigerante e cerveja. Uma ótima sacada foi a adicionar uma farmácia no festival, que foi bem movimentada em todo o período.

Jota.pê no The Town 2025. Foto: Tati Silvestroni/Music Non Stop

Um grande problema na primeira edição foi a chuva torrencial que assolou o espaço. Mas até aí, não é possível fazer nada para mudar o clima, né? Nesta segunda realização, não houve chuva nem sol: a temperatura foi fria e com céu nublado, mas nada que atrapalhasse a diversão.

De modo geral, o The Town superou as frustrações de 2023 e entregou uma boa edição em 2025. Definitivamente, podemos aguardar ainda mais melhorias para 2027.

The Town 2025 em números:

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