Sobre o post das DJs sensuais

Claudia Assef
Por Claudia Assef

Caro leitor,

Em primeiro lugar, quando se entra num blog, não se espera isenção jornalística. O princípio do blog é a opinião do autor, basicamente.

Esta semana publiquei um post falando sobre a nova leva de DJs que surgiu recentemente no mercado de música eletrônica do país. Sem julgar se são boas ou ruim, se sabem mixar, se tocam baba ou música underground, apenas listei 10 meninas que têm saído bastante na mídia e que, em maior ou menor grau, utilizam da sensualidade como um fator extra em suas performances.

Em nenhum momento disse que “isso é uma pouca vergonha, que toquem de burca ou de gola alta”. Vivemos no Brasil, cada um faz e veste o que quiser – exceto a coitada da Geyse Arruda.

Acontece que o post virou um fórum polarizado: de um lado, gente furiosa, alegando que eu estava “denegrindo” a imagem das meninas, “que são sérias, que tocam bem, que são super de família”. De outro, gente dizendo que realmente essas meninas são o fim da picada, que a cena não deveria se dobrar a isso, que é um absurdo etc.

Peralá! Isso aqui não é ringue de boxe!

Quem leu o post – e não os comentários – deve ter reparado que em NENHUM momento eu questiono alguma dessas coisas. Tenho certeza que várias dessas meninas são super talentosas, estudiosas, de família… essa não era a questão.

Minha observação foi pura e simplesmente a seguinte: tem novidade na cabine do DJ, meninas gatas, com roupas sexy, tocando música eletrônica.

A quem ficou ofendido com o post, minhas desculpas. Não quero nem quis criar inimizade com ninguém. Mas com licença, há anos escrevo sobre música eletrônica e sempre atinei para novidades nesse universo. Não seria agora que ia tapar meus olhos pra um fato.

Garotas, arrasem nas cabines, façam muito sucesso, enriqueçam, viajem, formem famílias!

Mas por favor leiam o que escrevi antes de vir me atazanar.

Obrigada!

PS – só mais um esclarecimento: talvez o termo “piriguete” tenha algum outro significado em outras partes do Brasil. Aqui em São Paulo quer dizer “mulher que se veste de forma insinuante” e não tem NADA A VER com garota de programa.

Claudia Assef

Claudia Assef

https://www.musicnonstop.com.br

Autora do único livro escrito no Brasil sobre a história do DJ e da cena eletrônica nacional, a jornalista e DJ Claudia Assef tomou contato com a música de pista ainda criança, por influência dos pais, um casal festeiro que não perdia noitadas nas discotecas que fervilhavam na São Paulo dos anos 70.

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