Gravadora lendária responsável por discos seminais do rap da costa oeste norte-americana não tem mais seus discos disponíveis nos serviços de streaming. A decisão foi do novo patrão, Snoop Dogg
A gravadora Death Row foi uma das mais importantes companhias do chamado “rap da costa oeste”, lar de artistas como Dr. Dre, Tupac e Snoop Dogg. Em seu ápice, chegou a faturar 100 milhões de dólares por ano.
Na virada da década de 00, porém a gravadora estava afundada em problemas, apesar dos cofres cheios. A morte de Tupac foi um tremendo golpe, assim como a prisão do sócio da gravadora Suge Knight. Além disso, Dr. Dre e Snoop saíram, provocando a falência da Death Row em 2006 envolvida em inúmeros processos judiciais.
O selo mudou de mãos diversas vezes desde então, até que foi adquirido, em fevereiro deste ano, por um de seus artistas iniciais, Snoop Dogg. O rapper então surpreendeu a todos tirando todo o catálogo da gravadora dos serviços de streaming.
Em entrevista ao podcast Drink Champs, Snoop Dogg finalmente explicou o motivo pelo qual decidiu tirar o catálogo da gravadora de serviços como o Spotify e o Deezer:
“A primeira coisa que fiz foi tirar todas nossas músicas daquelas plataformas de streaming tradicionalmente conhecidas pelo público, por que elas simplesmente não pagam. E tais plataformas ganham milhões e milhõe e milhões em streamings e ninguém é pago além das grandes gravadoras. Então decidi por tirar todo o catálogo, criar uma plataforma própria, similar à Amazon, Netflix e Hulu. Vai ser um app da Death Row. E então a música viverá no metaverso.”
O rapper segue contando na entrevista que há grandes planos para a gravadora como, por exemplo, aderir á era dos NFTs. Snoop Dogg já lançou um dos primeiros singles de Dr. DRE no mundo das NFTs (que permitem com que pessoas adquiram virtualmente os direitos de uma obra). A ideia é fazer o mesmo com outros hits da Death Row.
Assista à entrevista com Snoop Dogg. Ele fala sobre os planos para a Death Row a partir do minuto 20 do podcast.