Xênia e Djonga: seleção brasileira

Seleção brasileira: 11 artistas indies que vão ser mainstream em 5 anos

Fabiano Alcântara
Por Fabiano Alcântara

Xênia e Djonga: seleção brasileira

A seleção brasileira está em campo. São 11, mas poderiam ser 111, prova de que a música brasileira nunca para de ser cabulosa.

Alguns são artistas que vão se tornar os seus próximos favoritos, outros você já conhece, mas não é todo mundo que manja, o que significa um potencial para o estrelato sendo desperdiçado.

Nada que uma crescente base de fãs não resolva. Afinal, a palavra da renovação deve ser multiplicada.

EDGAR

Nem todo mundo estava valorizando este cientista maluco que surgiu no underground do rap nacional. Agora, ele prepara o terreno para ser o foguete que vai levar a música brasileira para uma viagem interplanetária.

LINN DA QUEBRADA

Rodando o mundo com o documentário Bixa Travesty, ela deixou o underground antes de lançar seu álbum de estreia. Pajubá, com produção musical da incrível Bad Sista, zerou o jogo e a colocou em um patamar artístico muito acima de Pabllo Vittar. A questão é que o Brasil ainda está aprendendo a ter popstars lyndas e perigosas como Linn.  Esperamos que melhore.

XÊNIA FRANÇA

Rainha do afrofuturismo brasileiro, a baiana Xênia despontou no Aláfia e se tornou um ícone da nova geração após sua estreia solo. Não dá para saber para onde vai a música brasileira, mas se ela seguir as linhas de baixo de Robinho Tavares e as guitarras e produções místicas de Lourenço Rebetez e Pipo Pegoraro, nós estamos bem, menines.

LARISSA LUZ

Outra artista já com estrada, mas que ainda não foi alçada ao lugar que merece: a de rainha da porra toda.

LETRUX

Na crista da onda após Em Noite de Climão, Letícia Novais já aparece como headline de festivais. O lance aqui pode estar só começando, mas é inegável que há muito a queimar. Ela e outras garotas incríveis vão continuar sendo abençoada por divindades como Marina Lima e Rita Lee.

BRUNA CECCI

Não tentem alcançar esta menina de 12 anos, ela se move rápido em direção ao estrelato e há boatos que tem conexões extraterrestres.

JUPAT

Você não sabia, mas precisava desesperadamente ouvir uma artista novíssima, trans, inteligentíssima e com sotaque de Piracicaba.

DJONGA

Chamado de “nó que ata o Brasil” por Darcy Ribeiro (1922-1997) – justamente pelo papel dos negros de fazer com que o português fosse falado em detrimento do nhengatu e que todos se entendessem -, Minas Gerais é sempre um pico onde o underground deve ser observado. De uma maneira ou outra, se você precisa de um nome para definir o futuro da música negra BR, fique com Djonga.

NILL

De Jundiaí, ele emocionou todo mundo com Regina, no ano passado, com referências de vapor wave e rap contemporâneo classe, mas sobretudo pela abordagem pessoal e o modo como reciclou o faça-você-mesmo do punk com um PC bichado em um quartinho. Com as ferramentas e as companhias certas, ele e sua Sound Food Gang vão longe.

GEO

A santista GEO é um mistura de talento e zeitgeist. A garota vem construindo uma vertente que pode ser chamada de R&B futurista brasileiro. Não está sozinha: Alt Niss, Juyè, Tássia Reis, Phillip Nutt e MASM também estão na boa onda.

SOUTO MC

Souto MC, paulistana da zona leste, apelidada “braba” dentro do cenário do rap underground. Em 2016, participou da cypher Machocídio, junto com Issa Paz,Sara Donato e Luana Hansen. No ano passado, participou da cypher Poetisas no Topo, projeto da Pineapple Storm TV, junto com Mariana Mello, Nabrisa, Bivolt, Drik Barbosa, Karol de Souza e Azzy. Em breve, deve lançar um EP.