Se você gosta de Rihanna e Major Lazer tem que conhecer a Lei Di Dai, a primeira-dama do dancehall brasileiro.

Bia Pattoli
Por Bia Pattoli

Daiane começou a curtir reggae e música jamaicana muito cedo, e desde a adolescência já pirava quando rolava Shabba Ranks e Shaggy nos bailes. Não à toa, anos depois, ela se tornou a primeira-dama do dancehall brasileiro sob o codinome Lei Di Dai. Mas não se engane, o nome não tem nada a ver com a princesa, mesmo por que Daiane tá mais pra rainha.
Neste ano ela lançou seu álbum comemorativo de 10 anos, o Lei Di Dai – #QUEMTEMFÉTÁVIVO e de quebra está em turnê pela Europa para divulgar e levar muita batida no velho continente. Trocamos uma ideia com ela sobre os primórdios da carreira até o corre na Europa. Se liga.

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Music Non Stop – Você começou na carreira na banda Camarão na Brasa e depois se lançou em carreira solo. Como surgiu essa vontade de alçar voo sozinha? De onde surgiu o codinome Lei Di Dai?

Lei Di Dai – A banda acabou em 2004 e eu precisava continuar trabalhando, passei o ano de 2005 compondo um disco novo inspirado na cultura rastafari e sentindo no coração a reggae music e seus elementos. Cantava na noite com alguns músicos e me dediquei ao repertório do novo disco. Um desses caras, me disse: “Aí Dai porque vc não assume o A.K.A “Lei Di Dai”?”, na hora fiquei brava e falei: “O que eu tenho a ver com a princesa?”, ai ele me disse: “Com a princesa nada, você é rainha! E só segue suas próprias “Leis” a lei da Dai, mas pra ficar melhor, Lei Di Dai”. E foi assim que surgiu o codinome que só que trouxe coisas boas, pois assim que decidi usá-lo, minha carreira mudou completamente.

Music Non Stop – O seu som é marcado pela levada do dancehall e do raggamuffin. Conta um pouco de como começou sua relação com o estilo.

Lei Di Dai – O dancehall salvou minha vida! Desde dos anos 90 eu tinha o sonho de ser cantora de dancehall Raggamuffin, porém aqui no brasil o povo conhecia esse ritmo como black music, na real até hoje!  Galera ouve a Work da Rihanna, Major Lazer, mas não se liga que são musicas inspiradas no dancehall. Muitos bailes tocavam: Shaggy, Patra, Shabba Ranks, Yellowman e pra mim era a hora mais foda do baile (risos!), eu dançava muito! Eu sempre ouvi reggae em casa com meu pai e acompanhei a influência da musica jamaicana pelo mundo, no Hip Hop, Drum Bass, Jungle e na música eletrônica mundial.

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Music Non Stop – Você já cantou ao lado de artistas poderosos do dancehall. Se você fosse elencar um que ainda não rolou e que seria seu sonho, qual seria? 

Lei Di Dai – Com toda certeza Barrington Levy, Buju Banton, Shaggy e a Spice são nomes importantes no dancehall e seria massa cantar com eles.

Music Non Stop – No seu novo álbum, o #QUEMTEMFÉTÁVIVO, a impressão é que é o seu trabalho mais maduro, como foi o processo criativo deste álbum?

Lei Di Dai – Esse álbum é o melhor da minha carreira, tive uma boa estrutura pra produzir e gravr. Primeiro pensei nos remixes desses 10 anos e nas parcerias pra deixar as faixas bem modernas, na segunda etapa criei as letras novas e passei 2 semanas, junto com a Rafaela Bad$ista , produzindo os beats. Dessa vez me dediquei na sonoridade, queria todas as faixas sólidas e bem dançantes e o resultado não poderia ser melhor: o disco tem 18 faixas 9 remixes e 9 inéditas.

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Music Non Stop – O você acha que rolou de mais diferente/ bacana na produção deste álbum em relação às produções anteriores? 

Lei Di Dai – O disco é uma comemoração aos 10 anos de carreira solo e reafirma o meu estilo sonoro, que mistura referências do dancehall, dub, reggae, soul, jazz, hip hop, eletrônica e R&B. Foi gravado no Redbull Station, mixado por Rodrigo Funai e Buguinha Dub, que também assina a masterização. O que diferencia esse álbum são as produções musicais, participei do projeto Pulso da Redbull e tive a oportunidade de fazer as parcerias com grandes beat makers como os irmãos do Drumagick, Diego Sants (Beatwise), Ricardo Cabes (Track Cheio), Rafaela Bad$ista, Kleiton Bassi, além dos antigos produtores que já vinha trabalhando Gustah Echosound, Vinnie Gueto pro Gueto Sistema de Som. Isso resultou em um disco sólido e forte.

Music Non Stop – Como foi trabalhar com as participações especiais no álbum? Você curte se posicionar politicamente de alguma forma nas suas músicas. Você acha que isso mudou de alguma maneira nesta nova produção?

Lei Di Dai – Esse novo álbum é especial! com letras conscientes e positivas, convidei o Jimmy Luv, Marietta, Kamau e Max Bo, porque são pessoas que conhecia há muitos anos e sempre tivemos vontade de fazer música juntos. Essa foi a melhor hora, sinto que esse álbum, tem um clima mais dançante, por ser dedicado aos bailes.

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Music Non Stop – Você está em turnê pela Europa e passará por 4 países diferentes, certo? É a primeira vez que você passa tanto tempo fazendo shows fora do Brasil?

Lei Di Dai – É minha segunda turnê europeia, tenho shows na Alemanha, Espanha, Portugal e Reino Unido. Serão 1 mês e 10 dias de pura correria, a minha primeira turnê não foi diferente foram 9 shows em 23 dias!

Music Non Stop –  Conta um pouco pra gente, como surgiu a oportunidade de fazer a turnê pela Europa?

Lei Di Dai – O novo disco abriu essa possibilidade com convites que surgiram para os festivais. Fortalecemos a ideia de fazer essa tour europeia, unindo à idéia de gravar um EP para meu projeto Gueto pro Gueto Sistema de Som, apoiado pela Amaphiko Redbull, por isso as gravações nos estúdios de Berlim e Londres, ou seja, unimos o útil ao agradável.

Music Non Stop – Qual sua maior expectativa e o maior desafio desta turnê?

Lei Di Dai – A turnê já começou em grande estilo: gravei 3 faixas no Redbull Studio Berlin, com parceria do grupo Symbiz um trio de produtores asiáticos da pesada, conhecidíssimos aqui na Alemanha. Além da produção, eles tem um execelente MC no grupo, o Zhi Nese, que cantou junto comigo em uma faixa pro nosso EP. Em Londres também tenho gravações no Redbull Studio, mas só no final da turnê em setembro. Essas parcerias abriram oportunidades para produção de um EP e um mini documentário para nosso sound system o Gueto pro Gueto, que também será lançado no nosso selo Rainha da Lata.

Music Non Stop – Há quanto tempo o selo existe?

Lei Di Dai – O selo existe desde 2008.

Music Non Stop – Quais artistas vocês já lançaram pelo Rainha da Lata?

Lei Di Dai – Lançamos meus 3 discos, o Alpha & Omega (2008), Ragga na Lata (2013) e agora Lei Di Dai 10 anos #QUEMTEMFÉTÁVIVO. Também lançamos 3 mixtapes com diversos artistas, chamadas Jameika, em 2010, 2011 e 2012. Todas foram compiladas pelo DJ Vinnie Gueto pro Gueto Sistema de Som. Costumamos lançar sons que estejam entre o dancehall, ragga, reggae e hip hop. Porém, conheci produtores e artistas bem legais de música eletrônica e tenho planos pra 2017, pra lançar alguns destes artistas. Eu comecei o selo porque senti a necessidade de não depender de uma gravadora ou selo pra lançar o meu som. Queria ser livre nas palavras e nos beats.

Music Non Stop – E na Europa, Você vai cantar ao lado de outros artistas? Como vão ser as gigs?

Lei Di Dai – Sim! na Alemanha cantei no Badehause na tradiconal festa da banda The Swag Jam, que acontece às terças feiras. Também vou cantar com eles na festa do club Prince Charles. Espanha e Portugal, os shows terão parcerias com artistas locais. No Reino Unido o line-up feminino foi criado pelo IPOW Festival e inclui o Festival Number 6, Shambala, Hull Freedom Festival e POP Brixton. Muito rolê bom e positividades!

 

Ouça #QUEMTEMFÉTÁVIVO

 

 

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