Projeto #Sabotage50anos também vai lançar livro, filme, exposição e grife, de acordo com a grandeza da história de Sabotage no rap nacional
Apenas quatro anos de atividade antes de sua morte, em 2003, foram suficientes para fazer de Sabotage um dos nomes mais marcantes da história do rap nacional. Ao considerar uma linha do tempo desde seu nascimento, Sabotage completaria 50 anos neste mês de abril e parte da própria família do artista uma iniciativa que não deixa este cinquentenário passar despercebido.
Em parceria com a Som Livre, o projeto #Sabotage50Anos pretende manter vivíssima a memória do considerado “maestro da favela do Canão”. Para isso, o projeto vai abarcar algumas frentes ao longo do mês, o que inclui livro biográfico ilustrado, filme, exposição imersiva, vestuário e um álbum celebrativo com participações inéditas.
“O fã do Sabotage, que atravessa gerações, é a maior razão do legado. São eles quem mantém Sabotage ecoando nas periferias do Brasil”, conta Tamires Rocha, filha do artista e idealizadora do projeto, que já toma um ano de concepção e vai ativar suas ações até o ano de 2025.
Encontro de gerações
Na esfera musical do #Sabotage50anos, a ideia é desenvolver uma sequência de faixas que unem a voz original do artista às vozes da geração atual, integrando artistas que se inspiram ou se relacionam intimamente com as obras do Sabotage. Entram neste projeto, então, nome como Filipe Ret, Orochi, Criolo, Vandal e Djonga.
O primeiríssimo single do projeto terá participação de N.I.N.A e será lançado no dia 18 de abril. A MC vem se destacando nos tempos recentes na cena de grime e drill, em especial após o lançamento do seu álbum debut, “PELE”. Este single vai mostrar uma versão inédita do sucesso “Respeito É Pra Quem Tem”.
“Celebrar os 50 anos precisava ser um encontro de gerações, com artistas que fariam a cabeça dele se ele ainda estivesse aqui”, comenta Wanderson dos Santos, filho do rapper. Para chegar neste resultado, o #Sabotage50anos contou, portanto, com a curadoria e direção musical de quem já trabalhou com o Sabotage no passado: Tejo Damasceno e Zegon.
Para o imaginário dos fãs
“O resgate da história não era só da obra. Nós tínhamos vontade de que todo mundo conhecesse o cara engraçado, conturbado e pioneiro que ele era, deixando o fã participar de tudo”, completa Wanderson. E, de fato, a sensação de se estar mais próximo do Sabotage é algo que permeia todo o projeto, dada a dimensão das suas ativações.
A família do rapper paulistano planeja, além do álbum, uma biografia ilustrada do Sabotage e uma exposição imersiva pensada para museus. Outra novidade bem interessante será o lançamento de uma loja de produtos canábicos e uma loja de roupas e acessórios com a cara do Eterno Maestro.