Rock in Rio: Xênia França não é fã de Drake, mas está ansiosa para cantar com Seal: ‘Artista inalcançável’

Itaici Brunetti
Por Itaici Brunetti

A oitava edição brasileira do Rock in Rio está prestes a começar e Xênia França não vê a hora de dividir o palco do festival com o ícone do R&B e da música pop Seal. Ambos farão um show conjunto e inédito logo no primeiro dia do evento, 27, sexta-feira, quando serão headliners do Palco Sunset. 

“Meses atrás parecia que esse show nunca iria chegar e agora faltam poucos dias. Estou ansiosa, claro, mas muito satisfeita também com essa ideia, pois nunca imaginei que cantaria com o Seal”, falou Xênia em entrevista ao Music Non Stop antes de participar do ‘Heineken de Garagem’, evento que rolou em São Paulo no último sábado, 21, e também teve Mano Brown, Emicida, Karol Conka e Rael.

A cantora baiana, dona do hit “Pra Que Me Chamas?”, associa Seal com a sua infância: “Lembro de quando eu era pequena, a minha mãe saia para trabalhar e eu ficava em casa ouvindo rádio. Sempre tinha algum hit do Seal tocando intercalado com outros sucessos da música pop mundial. Ele é da mesma geração de vários artistas inalcançáveis. Então, pra mim o Seal é um artista inalcançável”.

Falante e empolgada com o encontro, Xênia continua elogiando a voz do clássico “Kiss From a Rose”: “É impossível não notar aquele homem africano cheio de cicatrizes na cara e com aquela voz, aquela presença… Seal é uma referência pra mim, uma figura muito emblemática. Não é a toa que ele está até hoje presente na música do mundo”.

Detalhe: os dois artistas ainda não se conhecem pessoalmente e vão se encontrar pela primeira vez no ensaio, um dia antes da apresentação do Rock in Rio. “Espero que o Seal seja um cara legal”, diz a brasileira.

No dia 27, quem também se apresenta no Rock in Rio é o rapper superstar Drake, atração principal do Palco Mundo. Porém, para Xênia o canadense não a empolga: “Não sou fã do Drake. Tenho respeito, conheço alguns hits e valorizo muito a arte dele, claro. É um artista negro que se coloca dentro da estética da musicalidade contemporânea. Não posso dizer que sou uma fã e vou ficar esperando ele na porta do hotel (risos). Mas, vai ser demais tocar no mesmo dia que ele. Vamos encerrar o Palco Sunset e depois a galera vai pirar muito no Palco Mundo”. 

Além de Xênia, outros artistas representantes da black music se apresentam no mesmo dia no festival, como Karol Conka, Mano Brown, MC Carol, Tati Quebra Barraco, Lelle e Blaya e Linn da Quebrada, seja da vertente do rap, funk ou pop. A cantora reflete:

“Os artistas negros sempre existiram e estiveram ai. A musicalidade negra é a musicalidade do Brasil e posso dizer audaciosamente que é até do mundo. Então, é necessário que o Rock in Rio, sendo um dos maiores festivais do mundo, seja uma plataforma de troca e não de oportunidade, porque se não estivermos lá, vamos estar em outro lugar”.

Xênia ainda credita essa abertura do festival para outras musicalidades além do rock a Zé Ricardo, curador e pai do Palco Sunset: “O Zé Ricardo é um cara muito antenado no que está rolando na música brasileira atual e mundial. O trabalho dele é esse: unir artistas e vibes. Então, só pode sair parcerias legais”.

 

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