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Rock in Rio: Bhaskar fala sobre show no festival e pressão em ser irmão de Alok

Um dos nomes que promete espantar o clima de chuva e esquentar o Rock in Rio neste domingo, 29, é o Bhaskar. Também conhecido por ser irmão gêmeo de Alok, o DJ se apresenta às 20h no palco New Dance Order, dedicado à música eletrônica.

Assim como seu irmão, Bhaskar começou na música eletrônica aos 12 anos de idade por influência de seus pais, os DJs Ekanta e Swarup, e já tocou em alguns dos maiores festivais do mundo como Rabbit Eat Letuce, na Austrália, Half Moon, na Tailândia e nas edições brasileiras do Tomorrowland e Lollapalooza.

Dias antes do Rock in Rio, o DJ goiano falou com o Music Non Stop sobre o seu set no festival (“Estou preparando versões inéditas de músicas minhas e tracks que ainda não toquei em outros lugares) e da pressão em ser irmão de Alok, para que se torne famoso como ele (“Rola pressão, sim. Mas, hoje encaro de forma bem natural. Não me incomoda e é bem tranquilo).

Ele também adiantou se pretende inserir o seu filho, que nasceu em junho deste ano, na música eletrônica (Na música, com certeza. Referências por causa da família, ele tem. Mas, se ele não tiver paixão e não nascer dele, não é algo que irei forçar. Tem que ser natural). Confira a entrevista completa abaixo:

 

Bhaskar (Foto: reprodução/ Instagram)

 

Pode adiantar algo sobre a sua apresentação no Rock in Rio?

Estou preparando um set mais voltado para o eletrônico, que é o que mais gosto de fazer. Embora eu esteja sempre em evento mainstream, gosto mais da vibe do público que é do eletrônico. E, como vou tocar entre o Illusionize e o Dashdot, já é uma preocupação, pois tenho de fazer um som que encaixe neste horário. Então, estou preparando um set com versões inéditas de músicas minhas e tracks que ainda não toquei em outros lugares. Será muito especial.

Rola alguma pressão para que você se torne popular como o Alok?

Rola uma pressão, sim, mas acho que a cada dia que passa está ficando mais natural, porque vejo que temos personalidades distintas e o público está entendendo isso. Então, acaba que as comparações se tornam menores, não tem tanta igual ao começo da carreira onde tocávamos estilos mais parecidos. Hoje encaro de forma bem natural. Não me incomoda e é bem tranquilo. Cada um está fazendo o seu caminho.

Você se tornou pai recentemente. Pensa em inserir o seu filho na música eletrônica assim como seus pais fizeram com você e seu irmão?

Na música, com certeza. Vou colocar o meu filho em aulas de instrumentos. Quero que ele se familiarize. Desde já eu coloco muita música para ele ouvir e ele se amarra. Mas, na questão de música eletrônica é algo que tem que partir dele quando for maior. Com certeza terá muitas referências por causa da família que tem. Mas, se ele não tiver paixão e não nascer dele, não é algo que irei forçar. Tem que ser natural. 

Alok e Bhaskar

(Foto: reprodução/Instagram/Alok)

 

Qual é o show do Rock in Rio que você mais quer assistir?

O show que mais queria ver e infelizmente não poderei é o do Foo Fighters, no dia 28. É uma banda que sempre acompanhei e curto demais, mas tenho outro show no mesmo dia. No segundo fim de semana vou estar todos os dias no festival (porque serei apresentador do canal BIS), então quero tentar ver um pouco de Imagine Dragons, pelo menos um pedaço.

Festivais de rock como o Rock in Rio e Lollapalooza estão cada vez mais abrindo espaço para a música eletrônica, porém ainda locados em palcos específicos. Não estaria na hora dos artistas de eletrônica migrarem para os palcos principais?

Acho que aos poucos estamos conquistando o espaço. Só de ver o quanto tem crescido a música eletrônica dentro desses eventos, com certeza é uma vitória. Mas, cada coisa no seu tempo. Acho que não precisa forçar nada. Neste ano, nós tivemos o primeiro representante que é o Alok. Então, a cada ano vai melhorando e as pessoas vão se acostumando com o fato de ter música eletrônica no palco principal, até que não se torne uma novidade. Cada coisa tem o seu tempo para acontecer.

 

 

Anos atrás a música eletrônica atingiu o mainstream devido ao estouro da EDM. Antes disso tivemos o Dubstep. Na sua opinião, qual é o “the next big beat” que pode estourar?

Acho que essa é uma pergunta muito difícil de responder neste momento, porque estamos numa fase muito aberta, não tem nenhuma tendência que dá para falar que é a nova tendência mundial. Acho que todos os gêneros estão ganhando espaço, como o techno estava muito forte, o tech house e a EDM que em alguns lugares também está voltando. Mas, olhando pelo ângulo brasileiro, acho que seria algo misturado entre o brazilian bass e o tech house, não tão underground e nem com músicas tão longas, mas não tão secas. Tem que ser um meio termo. É o que vejo que está dando mais certo; algo como o Chris Lake está fazendo, nessa pegada.

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