Rock in Rio: ‘Adoraríamos que a eletrônica ganhasse mais destaque no Palco Mundo’, diz Cat Dealers

Itaici Brunetti
Por Itaici Brunetti

Com apenas três anos e meio de carreira, o Cat Dealers, formado pelos irmãos Lugui e Pedrão já coleciona várias conquistas. Além de ocupar a 48ª posição de melhores DJs do mundo, segundo a publicação britânica DJ Mag de 2018 e estampar a lista Under 30, de nomes mais influentes abaixo dos 30 anos da Forbes, o duo se apresenta nos maiores festivais ao redor do globo, incluindo um show no próximo Rock in Rio, que rola de 27 de setembro a 6 de outubro na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro.

“A nossa apresentação [no Rock in Rio] vai ser irada. Provavelmente é o show que estamos mais empolgados este ano e estamos programando várias coisas novas”, adianta Pedrão em conversa com o Music Non Stop. Esta não é a primeira vez que a dupla toca no festival; os brothers também estiveram no line-up da edição de 2017. “Na apresentação passada, a gente tinha apenas um ano e meio de carreira. Desde então, a quantidade de experiência que a gente ganhou mudou muita coisa na nossa vida, até como pessoas”, completa.

Cat Dealers (Foto: divulgação)

O show do Cat Dealers no Rock in Rio acontece dia 3 de outubro no New Dance Order, espaço dedicado à música eletrônica. Porém, no dia de abertura do festival, Alok faz história sendo o primeiro DJ brasileiro a tocar no Palco Mundo, mostrando que a eletrônica pode sim conquistar a massa e estar entre os grandes nomes do evento. Vale lembrar que o único DJ a pisar no palco principal do festival foi David Guetta em 2013. Pedrão comenta:

“Acreditamos que o festival sabe o que faz. Óbvio que a gente adoraria que a música eletrônica ganhasse cada vez mais destaque, adoraríamos tocar no palco principal [Palco Mundo]. O evento segue uma maneira de organizar as coisas que sempre funcionou, eles sabem o que estão fazendo e quando chegar a hora de ampliar esse espaço, vão colocar os artistas da cena”. Sobre o destaque do amigo, Pedrão tece elogios: “Ficamos muito felizes do Alok estar tocando no palco principal este ano, pois está abrindo mais caminho [para a eletrônica]. Estamos muito orgulhosos dele e vamos querer ver o show dele”.

Além de conferir a performance de Alok no festival, os irmãos gostariam de assistir ao show da banda californiana Red Hot Chili Peppers, mas novamente não deram sorte. “No último Rock in Rio, a gente estava tocando justo quando eles [Red Hot] começaram, então não vimos a apresentação deles. Queria muito poder vê-los, mas infelizmente não vai ser o desse ano que a gente vai conseguir de novo, porque assim que terminarmos de tocar, teremos que sair direto em cinco minutos”, lamenta Pedrão.

Cat Dealers (Foto: divulgação)

Em 2018, o Cat Dealers abriu os shows da El Dorado Tour, de Shakira no Brasil e sentiu de perto a atual ascenção da música latina no pop e na eletrônica. “A demanda pela música latina é mundial. Explodiu nos EUA e se espalhou pelo mundo. A língua espanhola é uma das mais faladas no globo e tem muita gente da América Latina nos EUA. As músicas são muito catchy, animadas e dançantes, com ritmos que chamam a atenção”, explica Pedrão. “Depois, começaram a ter parcerias de artistas latinos com artistas pop já conhecidos e o interesse só foi crescendo. A gente mesmo já pensou em gravar com a Shakira, pois adoramos o seu trabalho, além dela ter um timbre de voz muito único”.

Sobre qual será o novo beat da música eletrônica, já que subgêneros como a EDM e o Dubstep ficaram no passado, Pedrão brinca: “Essa é a pergunta de 1 milhão de dólares. Se eu soubesse, estava fazendo esse som agora (risos). Sabe, depois que a EDM deu uma diminuída porque tinha muita gente fazendo igual, a galera começou a diversificar bastante, então realmente está muito em aberto. Mas, acho que não tem muito segredo, música boa faz sucesso, independente. Você vê grandes artistas que não fazem parte de nenhuma categoria e fazem muito sucesso, por exemplo”.

Para ir aquecendo para o show do Rock in Rio, o Cat Dealers soltou duas tracks no início de setembro: a inédita Party Everyday, parceria com o produtor e DJ australiano Will Sparks e a também animada Post Malone Remix (Sam Feldt), que precisou ter o bpm acelerado para ficar mais good vibes.

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