Rey Pila: novo EP de synthpop, produções de Julian Casablancas e elogios de Robert Smith

Itaici Brunetti
Por Itaici Brunetti

Inspirado na atmosfera pop noir da década de 1980, o grupo mexicano de synthpop Rey Pila acaba de lançar o EP Lucky nº7. O registro traz 5 faixas cheias de sintetizadores analógicos, vozes expansivas e flertes com o eletrônico industrial. O trabalho teve a produção da própria banda, foi gravado no estúdio Sonic Ranch, no Texas, EUA, e chegou acompanhado de um minidocumentário conceitual que mostra todo o processo realizado. No Brasil, tem distribuição da Lab 344.

Na história da banda, que começou em 2010, há passagem pelo Brasil em 2017, quando abriu os shows de Julian Casablancas + The Voidz no país. Anos antes, o vocalista do The Strokes se encantou com o som do grupo e o levou para a sua própria gravadora, a Cult Records, produzindo três faixas do segundo álbum, The Future Sugar (2015). O cantor também co-produziu o EP Wall of Goth (2017).

Para reforçar o currículo, o Rey Pila já tocou com Depeche Mode, Interpol, Muse, The Strokes, Albert Hammond Jr. e Brandon Flowers . No início de outubro, fez o show de abertura para o The Cure, no el Foro Sol, na Cidade do México. O próprio Robert Smith escolheu a banda a dedo e elogiou o som dos mexicanos.

Em conversa com o Music Non Stop, o vocalista Diego Solórzano contou mais sobre o novo EP, Brasil, relação com Casablancas e como foi tocar com os ídolos The Cure. Confira a entrevista abaixo:

 

 

Como você define o som do novo EP Lucky nº7

Diego Solórzano: É difícil definir o som da nossa própria música. Ficamos tão imersos nela que não sabemos como chamá-la. Nós temos uma grande variedade de influências o tempo todo, do pós-punk ao IDM, do pop ao metal e disco music. Admiramos tantas bandas de estilos diferentes. Atualmente, estou obcecado com Yes e Kate Bush (risos).

O próximo álbum do Rey Pila já está gravado. Como ele vai soar?

Nós gostamos de nos movimentar quando se trata de novas músicas. Em nossas mentes é muito diferente. Um grande esforço foi feito para tentarmos testar outros limites, outros sons. A gravação do novo álbum foi muito intensa.

Vocês estiveram no Brasil em 2017, em turnê com o Julian Casablancas + The Voidz? Como foi a experiência?

Adorável! Com toda a honestidade, é um dos nossos países favoritos do mundo.

 

 

Falando em Julian Casablancas, como ele é pessoalmente?

Um homem muito doce. E cheiroso.

Como Casablancas ajudou no som da banda? O que mudou depois dele produzir vocês?

Ele é definitivamente o Zico da música moderna. Foi realmente interessante vê-lo trabalhar, mas sentimos que tivemos muito mais dessa experiência em nível pessoal e humano.

Como foi abrir para o The Cure recentemente na Cidade do México? Eu soube que Robert Smith elogiou a banda…

Somos todos grandes fãs de The Cure! Foi um sonho se tornando realidade. Ainda não consigo acreditar. Robert Smith é o artista mais bonito e sábio que já conheci. Eu não sei o que fazer com os elogios dele à nossa banda, preciso me beliscar para ver se é um sonho ou realidade.

 

Capa de Lucky nº 7

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