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Com underground tomando conta, Tomorrowland Brasil encerra edição 2024

Tomorrowland Brasil 2024

Foto: Tati Silvestroni/Music Non Stop

Surpresas no palco principal, pedradas no Tulip e melodias e percussões no Freedom e no CORE foram destaque no 3º dia de Tomorrowland Brasil 2024

Com mais de 150 mil pessoas durante os três dias de evento, o Tomorrowland Brasil 2024 encerrou sua edição no domingo (13) com clima de dever cumprido. Tal atmosfera pairava em todos os palcos e estruturas do Parque Maeda (Itu/SP).

Surpresas no Main Stage do Tomorrowland Brasil 2024

Foto: Tati Silvestroni/Music Non Stop

Dedicado às sonoridades mais conhecidas no mainstream, o palco principal do festival recebeu nomes que estão em ascensão no cenário, bem como artistas já estabelecidos. O tech house de GIU iniciou os trabalhos, seguido do carisma de Liu. Andrometik chegou em seguida, sendo uma das apostas dos belgas no drum’n’bass. Sons mais acelerados como o de Da Tweekaz e Vini Vici também tiveram seu espaço, além do future house de Don Diablo

Steve Aoki, um dos mais conhecidos no cenário comercial, resolveu dar uma abrasileirada chamando participações especiais no palco, como Pedro Sampaio e Ludmilla, destaques do funk nacional. Voltando aos clássicos da EDM, Alesso entregou um set emocionante para todos aqueles que vão ao festival pensando na mistura entre fogos de artifício, papel picado e melodias conhecidas.

Os dois últimos atos, na verdade, merecem grande destaque. Alok, um dos maiores nomes brasileiros quando falamos de música eletrônica, mostrou que não estava para brincadeira ao entregar uma performance digna de palco principal. Ele entrou para a história do Tomorrowland ao protagonizar pela primeira vez um show de drones no evento (algo que nunca aconteceu mesmo na Bélgica), cocriado com a equipe gringa. Foram 600 drones com um espetáculo que criou imagens do ar do mapa do Brasil, além dos símbolos do DJ e do próprio festival. De arrepiar!

Foto: Tati Silvestroni/Music Non Stop

Encerrando o rolê, a rainha belga do techno Charlotte de Witte levou ao maior palco do evento seu som trevoso. É muito significativo ver uma mulher fechar com chave de ouro a edição, ainda mais com uma sonoridade underground. 

O palco Youphoria foi a extensão do Main Stage. Com Deadline, Chapter & Verse, Junkie Kid, Marnik, Sub Zero Project, Bassjackers, Gabry Ponte e Diego Miranda, diferentes sonoridades ganharam seu lugar. Definido como “surprise set”, quem apareceu nos decks foi Dimitri Vegas, um dos nomes mais reconhecidos.

Techno e hard techno no Tulip

Foto: Tati Silvestroni/Music Non Stop

Os fãs de uma sonoridade mais pesada e agitada tiveram um domingo com line-up repleto de atrações. O techno e o hard techno ganharam espaço maior no último dia de Tomorrowland Brasil 2024, lotando o palco Tulip. Começando com Ananda, rainha do underground brasileiro, o palco também recebeu VIDO, Novah, Nico Moreno, Alignment e Dyen, nomes que são referência na vertente. Há quem tenha ficado o dia todo nesse mesmo espaço. 

Melodias e percussões no Freedom by Budweiser e no CORE

Foto: Tati Silvestroni/Music Non Stop

Com grandes representantes da afro-house nacional, o palco CORE se encaixou perfeitamente com o clima do dia. Ensolarado na maior parte do tempo e com um pôr do sol de cair o queixo, por lá passaram Soldera, Curol, Samm, Antdot B2B Maz (que lotaram o palco por mais um ano consecutivo) e duas estrelas da cena nacional: Mochakk e Vintage Culture, este escalado para encerrar o festival.

No Freedom, um ar mais melódico tomou conta, com as famosas borboletas batendo asas aos sons de Pricila Diaz, Mary Mesk, Rose Ringed (uma das apostas belgas do Tomorrowland), Brina Knauss, Kevin de Vries e Mathame. Menção honrosa com destaque ao Agents Of Time, que com uma máquina de hits, tomou conta do único palco fechado do rolê.

Tomorrowland Brasil 2024: Atmosfera única

Foto: Tati Silvestroni/Music Non Stop

Com esta edição, o Tomorrowland deixou bem claro que quer criar uma atmosfera única no Brasil, e não apenas replicar o que acontece na Bélgica. Essa foi a melhor escolha para criar um festival que pretende chamar a atenção do mundo com sua filial na América do Sul. Quem sai ganhando são todos: os brasileiros, que têm uma versão do evento para chamar de sua; os gringos, que têm oportunidade de vivenciar a magia do festival numa versão mais barata que a europeia; e o estado de São Paulo, que vê sua economia movimentada.

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