Renato Russo, foto do site renatorusso.com

Renato Russo curtiria de Scissor Sisters a Arcade Fire, diz Philippe Seabra

Fabiano Alcântara
Por Fabiano Alcântara

“Renato Russo adoraria de Scissor Sisters a Arcade Fire”, arrisca Philippe Seabra. O guitarrista e vocalista da Plebe Rude, ele próprio um ícone do rock BR, era amigo de Renato, que faria 59 anos nesta quarta (27).

Renato Russo morreu aos 36 anos em 1996, no Rio de Janeiro, mesma cidade onde nasceu. Ele ainda morou dois anos com a família em Nova York antes de se mudar para Brasília em 1973.

Aqui, ele morou com a família na SQS 303 bloco B. Um roteiro criado pela própria mãe de Renato apontou como áreas de interesse turística: Gilbertinho e Gilberto Salomão, no Lago Sul; Parque da Cidade, no Plano Piloto; e o extinto Teatro Rolla Pedra, em Taguatinga. O projeto não foi para frente.

Nós conversamos com Philippe sobre Renato antes do Porão do Rock do ano passado, quando ele apresentou o show Primórdios com sua banda. Leia a conversa em que ele fala do saudoso parça e de Brasília, bem como a influência da cidade para a Plebe.

Que lugares em Brasília crê que seja marcante do tempo que conviveu com Renato?
Philippe Seabra – A quadra dele na 303, o Foods na 111, e Gilbertinho no Lago Sul e a minha casa no Lago Norte onde tínhamos muitas festas e ensaios. 

Como era o Renato no trato pessoal?
Philippe – Eu era o caçula da turma então meio que virei mascote. Era um bom amigo, era engraçado e um tremendo contador de histórias. Mas quando bebia virava um chato como todo bêbado…

Que bandas da atualidade acha que Renato iria gostar?
Philippe – Acho que adoraria de Scissor Sisters a Arcade Fire. Sempre gostou de muita coisa e era ávido para conhecer mais.

Crê que exista algo tipicamente de Brasília no som da Plebe?
Philippe – Crescer numa cidade praticamente da nossa idade, sede do poder e ver toda essa baderna de perto fez toda diferença do mundo. Inspiração tivemos por todo lado mas a diferença é que tínhamos as ferramentas necessárias para expressar isso de maneira lúcida. Essa ferramenta era leitura e, mais uma vez, a curiosidade intelectual, coisa rara hoje em dia. Brasília inspirou muito o Renato Russo e a Plebe. Sempre falava para o Renato, se não fosse Brasília nada disso teria acontecido. Se alguém tem uma tendência artística eventualmente ela se manifestará mas por ter sido em Brasília naquele momento no espaço tempo, saiu como saiu.. E ressoa até hoje.

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