O DJ, músico e pesquisador inglês Tom Richards, da Goldsmiths University of London, finalizou um sintetizador idealizado, mas nunca construído, pela pioneira inglesa de música eletrônica Daphne Oram.
O trabalho levou 3 anos para ser concluído emostra a importância da pesquisa acadêmica para as ciências musicológicas e para o desenvolvimento da música eletrônica no geral.
O sintetizador Oramics foi designado nos anos 1960 por Oram, diretora da BBC Radiophonic Workshop, pioneira na composição de sons e efeitos sonoros sintetizados. Pelo trabalho pioneiro e futurista para sua época, Oram é apontada como uma das primeiras mentes criativas da música sintetizada, categoria que veio a revolucionar o pop criando a dance music, entre outros gêneros.
O sintetizador original era imenso, do tamanho de uma máquina de xerox da época. Inspirada pelo desenvolvimento dos Minimoogs, Oram começou a trabalhar nos Mini-Oramics, mas que nunca foi lançado pois ela trabalhava sozinha no projeto, sem estar afiliada ou patrocinada por grandes instituições.
É esse Mini-Oramics que toma vida agora, décadas depois, emanando música a partir de células foto-elétricas posicionadas em tiras de filme 35mm, que geram sinais elétricos que moldam amplitudes, timbres e frequências sonoras. É como se fosse um sintetizador fotocopiadora.
O pesquisador inlgês construiu o minisynth imaginando os planos e contextos de Ms. Oram nos anos 60/70, e já encomendou testes de composição musicais com instrumentistas e músicos eruditos eletroacústicos da inglaterra. “Os Mini-Oramics poderiam ter se tornado um produto real, utilizado por músicos do mundo todo”, pontua o pesquisador.