music non stop

Pendurando os fones: falamos com DJs que resolveram parar de tocar

Semana passada, Avicii anunciou sua aposentadoria da música, uma pausa por tempo indeterminado que ele fará após cumprir algumas últimas datas marcadas para 2016. Dono de uma das carreiras mais bem-sucedidas e lucrativas da EDM, o o DJ e produtor sueco emplacou hits, viajou o mundo, foi headliner de grandes eventos, dividiu palco com a Madonna e tudo o mais. Mas, após uma visível e comentada deterioração de sua saúde, ele mesmo anunciou que precisava parar – “sobrou pouco da vida de uma pessoal real por trás do artista”, disse.

Avicii sai no auge, aos 26 anos, dois anos após assumir um severo problema com o alcoolismo que já o fez cancelar datas antes. O desgaste de uma vida boêmia profissional é uma das mais notórias razão para o desgaste e aposentadoria de muitos DJs. Mas os motivos para pendurar os fones são muitos: pessoais e subjetivos, e também contextuais.

Na esteira do anúncio de Avicii, conversamos com alguns DJs que decidiram parar, para entendermos suas decisões e como segue a vida de quem deixa de tocar. E há ainda os DJs que param e voltam, pois esse é ofício imerso em paixão, difícil de largar.

BRENO UNG
“Descobri que eu era mais feliz tendo uma vida tradicional”

Breno ontem: DJ da noite quente

DJs dos mais celebrados da cena carioca, Breno era um craque do techno e do electro, residente de pistas quentes como Bunker, Dama de Ferro, Fosfobox e X-Demente, além de ter uma agenda lotada de datas por todo o Brasil e Europa. “Comecei a tocar em 2001, quando me apaixonei instantaneamente por aquelas músicas que o Mau Lopes tocava na Bunker”, conta Breno, que sempre estudou teoria e instrumentos musicais.

Ele decidiu parar de tocar em 2013, porque sua vida tinha se transformado em “música eletrônica, baladas e povo da noite”, algo que pesou para esse ex-DJ que, no fim das contas, diz ser um cara “pacato, caseiro”. A decisão foi na mesma época em que ele se casou com Nathalia, amor de sua vida, o que o ajudou a largar a doideira da noite.

Breno descobriu novos prazeres: a estabilidade de um emprego fixo e diário na publicidade, detalhes como comida caseira e até o cuidado com o corpo – “entrei para a academia, sou praticamente um marombeiro”, brinca, “cuido do meu corpo com toda a dedicação”. A regrada vida “normal”, descreve Breno, tem seu prazer justamente na dedicação em exercer as atividades cotidianas sem a interrupção das vivências noturnas.

Nunca mais fui pra noite. A minha vida mudou muito, descobri que eu não gostava propriamente da noite, eu gostava de tocar na noite.           

“Noite”, para Breno hoje, é ficar deitado com seu casal de dogs da raça border collie, nas muitas temporadas que sua esposa passa fora. “Ela é funcionária da ONU em áreas de conflito de guerra, às vezes só vem de três em três meses pro Brasil…”. Novas paixões surgiram na fase de ex-DJ: os cachorros, tanto é que ao sair de uma agência devido à crise, Breno hoje foca suas forças na Happy Pet, sua empresa de hospedagem de cães, oferecendo serviços como passeador, creche, banho e tosa.

Eu morria de medo de um dia não ser mais DJ e não saber o que fazer da vida. Mas descobri que nunca é tarde pra recomeçar. Deus nos dá as ferramentas pra realizarmos qualquer coisa, cabe a nós aprender a usá-las. 

Breno hoje: marombeiro e craque no banjo bluegrass

As saudades do mundo da música são supridas com outro hobby: seu estudo de banjo americano bluegrass, um dos instrumentos mais famosos do country. Eletrônica, Breno ainda escuta, mas não é mais pesquisador, e exemplifica dizendo curtir as playlists do Spotify para malhar. “O quarto de empregada é empilhado de vinil do chão ao teto, os MP3 têm um HD especial só pra eles. Disso eu não me desfaço, quero mostrar pros meus filhos um dia”, conta Breno. “No começo ficou saudade dos amigos, daquela liberdade, das festas… Mas isso é passado. Não me arrependo de nada, sou mais feliz hoje”.

 

ERALDO PALMERO
“O que me fez parar foi a falta de perspectiva de futuro”

A música eletrônica, em suas amplas possibilidades estéticas, oferece um mundo de possibilidades a músicos. Mas é um gênero e uma cena que oferece poucos pilares de boas sustentação para um futuro financeiro. Esse foi o motivo pelo qual Eraldo Palmero largou os beats para tentar outros empreendimentos. “A cena sempre busca de novidades, ao mesmo tempo sem valorizar o artista nacional”, opina Eraldo. “A partir de 2006 isso foi me desanimando, até que em 2008, meus pais passaram a sofrer com problemas de saúde, e voltei a Piracicaba para ajudar na empresa e a cuidar deles pois sou filho único.”

Se sustentar financeiramente só com música e arte no Brasil é muito difícil, poucos conseguem, e aqueles que sobreviveram e sobrevivem eu aplaudo de pé. 

Apaixonado por música desde sempre, Eraldo aos oito anos já aprendia o piano. Mais grandinho, caiu de amores pelo teclado sintetizador, teve banda de pop/rock, e fascinou-se com o som eletrônico quando começou a frequentar o histórico clube paulistano Hell’s. “Acabei entrando no underground paulista, era para mim o que tinha de mais novo e moderno em movimento musical”, lembra Eraldo, nostálgico, de suas noitadas entre 1998 e 2004. “Só nessas festas em Sampa eu poderia ouvir aquele tipo de som, que eu me identificava muito”.

Como produtor, Eraldo esteve à frente do Waterfront House, projeto que se apresentou nos principais casas e eventos de SP e do Brasil. “Tinha como objetivo a mescla de sons e estilos que me influenciavam naquele momento – e claro, minha bagagem como músico. Harmonias e melodias que na época ficaram conhecidas como Tech-House”.

Em paralelo ao Waterfront House, Eraldo conta que sempre manteve seu trabalho na empresa familiar, o que possibilitou a ele se sustentar e ter seu home studio. Quando parou, Eraldo se desfez de quase todos os equipamentos. “Precisava de dinheiro para meu novo negócio e, principalmente, com o tempo todos os equipamentos vão ficando velhos e precisam de manutenção. As peças e quem conserta é tudo muito raro e caro no Brasil, tornando inviável manter o estúdio sem estar produzindo”.

Eraldo Palmero: da house music ao café de qualidade

O novo negócio de Eraldo é o Café Balcão, empresa dele como barista, uma atividade nova e empolgante que ele diz ter levado um tempo para descobrir”. “Hoje posso dizer que sou empresário e empreendedor, me identificando em criar novos negócios e novos conceitos e produtos. Atualmente é o café, que passa por uma ótima fase, de crescimento e valorização”, celebra.

Se foi “emocionalmente muito difícil” largar a música eletrônica, Eraldo diz extravasar as saudades tocando em casa, em festas de amigos ou eventos de seu café, tanto é que até mandou um amigo recentemente consertar sua Technics MKII. “Os discos de vinil, os CDs e as fitas tenho tudo guardado. Fazem parte da minha vida”.

ZOZÓ
“Meus hábitos clubbers hoje são praticamente zero”

Nos tempos áureos d’A Loca como reduto de boa música eletrônica de São Paulo, um dos principais nomes da casa era o DJ de house Zozó Amaral. Na real, ele já era DJ desde o começo dos anos 90, quando estreou sua primeira residência no clube On the Rocks, de Fortaleza.

Zozó foi um dos expoentes do house “fino”, um dos contrapontos pontuais de uma SP famosa por sua cena de techno/hard techno pesado no começo dos anos 2000. Irreverente e dono de um ecletismo que hoje é o padrão, Zozó misturava brasilidades e experimentos à house music, e era uma das figura das colunas de Erika Palomino.

Depois de fazer nome em SP, Zozó foi viver e também ser DJ em Amsterdã, cidade onde ainda tocou até 2005, quando decidiu parar. “Foi quando o clube em que eu tocava aqui em Amsterdã foi vendido para virar um hotel”, relembra. Foi quando decidiu escolher o dia para viver. “Eu estava trabalhando numa empresa durante a semana e tocando em fins de semana. Comecei a viajar muito a trabalho por essa empresa e num certo ponto estava ficando muito cansativo viajar e ter que tocar no fim de semana. Eu já não estava mais a fim de continuar na noite”, relata.

Eu sinto falta da energia que você recebe do público quando está tocando, mas não sinto falta das bad vibes da noite.

Antes de sua conhecida e duradoura associação com a house music, Zozó passou por diversos sons, estilos e subgêneros. “Desde que comecei na noite, os estilos musicais evoluíram muito, e você vai acompanhando essa evolução, especialmente na década de 90 quando a música eletrônica explodiu. No começo, eu era bem eclético e tocava  80’s,  soul, rock,  acid jazz,  acid house etc. Depois fui ficando mais na house e suas variações”, diz.

Apesar de Zozó acreditar que “música boa não tem idade”, ele sabe que os DJs sentem o passar dos anos, e a maturidade foi para ele seu principal motivo pra ter pendurado os fones. “A idade conta por eu não querer mais viver a noite tão intensamente como vivi quando tinha uns 18, 20 ou 30 anos”.

Chegou uma hora da minha vida em que tive que decidir se iria viver a noite ou o dia. Escolhi o dia. 

Hoje, Zozó diz que só sai na night se for uma festa muito interessante, com música e público bons. “Meio termo não é uma opção para mim, prefiro ficar em casa. A música sempre fará parte da minha vida, a noite só em ocasiões especiais”.


 


 

BRUNNO MELLO
“Era muito prazer de noite e bolso vazio no dia seguinte”

“O mercado profissional de música eletrônica é uma pirâmide, como todos os outros. A sua base é muito larga. Ali convivem DJ que tocam por uns trocados, às vezes de graça, ou ganhando pouco. No topo mesmo, você conta nos dedos quem vive bem, quem pode sustentar uma família com o mínimo de conforto. Quando comecei a me projetar cinco, dez anos à frente, vi que não iria muito além de onde estava”.

Esse perspicaz insight da vida profissional dos DJs é de Brunno Mello, carioca que teve seus primeiros contatos “sensoriais” com a dance music em pistinhas alternativas de festas black na cidade. “Daí pra fazer um curso foi um pulo e, em 98/99, comecei a tocar aqui e ali, bem despretensiosamente”, relembra. A carreira de Brunno engrenou a partir de 2004, tendo como auge sua loja/curso Inn Hype, marca que tinha acesso irrestrito às principais distribuidoras de vinil e o deixou bem posicionado no mercado local até 2007, quando fechou a loja.

Brunno acariciando os knobs em sua última gig “oficial”, em 2012

O nascimento de sua filha, Sophia, no mesmo ano, foi o choque de realidade que fez Brunno escolher ter uma vida mais “normal”, requisito necessário para ser um pai presente. Ele foi diminuindo a frequência de gigs até 2011, quando teve um estalo e definiu seu rumo profissional como ex-DJ: tornar-se profissional de sound branding, serviço de criação de identidades sonoras para o mercado em geral. “Enxerguei no assunto uma forma de me manter conectado à música, mas dentro de um esquema mais cartesiano, que não agredisse tanto a saúde e o convívio com a minha família”, explica.

Hoje Brunno é sócio junto dos também DJs Leo Janeiro e Mary Zander na empresa RGFM, cujo slogan é “dê som à sua marca”, ideia do sound branding que não é muito diferente da costumeira situação de DJs serem escalados para tocar em lojas, desfiles, inaugurações e afins.

A alegria na cara das pessoas com o som era foda. Mas tanto hedonismo manda sua fatura. Curti demais o meu momento, fui muito feliz e acho que tive a sabedoria de entender a hora de sair fora.

Em sua última gig “oficial” lá em 2012, Brunno dividiu line-up com Ellen Allien. Hoje ele divide espaço com DJs só eventualmente, em festas de amigos. “Adoro tocar. Isso é um ‘vírus’ que não sairá nunca de dentro de mim. Toquei numa private em dezembro, foi foda, toquei durante quatro horas, todo mundo ficou amarrado! Mas tocar profissionalmente, pra valer, exige uma presença na noite muito forte. É aquele ditado né: ‘quem não é visto, não é lembrado’”, diz Brunno, que não pretende se jogar mais todo fim de semana como antes, mas que se é chamado pra tocar topa na hora.

O trabalho de sound branding exigiu de Brunno uma “abertura de mente em 360°”, como ele pontua bem, tendo que prestar mais atenção em MPB, reggae, rap, dub, indie rock, jazz, blue, rock… Mas ele confessa que volta e meia ainda faz suas comprinhas na Juno, no Beatport. “Eu tocava techno e electro, com algumas doses de breakbeat. Peguei uma fase muito foda do electro, um som debochado, urbano, original, de gueto, que não ouço mais atualmente (ouça um exemplo). Vai rolar outra private no meio do ano e preciso ficar esperto”, anima-se o hoje “DJ eventual”.

 

FELIPE SÁ
“A paixão pela música não precisa ser uma atuação profissional”

Buscando personagens para essa matéria, que surpresa a nossa ao descobrir que o prolífico DJ e produtor carioca Felipe Sá parou de tocar. Há alguns meses ele era nome que ainda circulava entre Rio e SP, que mandava muito bem em tracks e edits/remixes de sua série latina Tropiculo.

Felipe, que há 20 anos se dedica à pesquisa e produção de conteúdo musical, topou na hora dar o relato de sua desistência da “cena”, em um tom que é tão melancólico quanto aspiracional. “Esse, sabemos, é um trabalho que traz mais conhecimento e notoriedade do que dinheiro. Além de tomar um tempo enorme”, lamenta o DJ, que se via sem perspectivas financeiras otimistas aos 37 anos de idade – esse foi o fato que o levou a, hoje, gostar de música, mas não gostar mais de trabalhar com ela.

“Eu, como artista, não devia monetizar tanto meus pensamentos”, elocubra o DJ sobre as finanças da coisa toda, assunto que é mais que delicado – é essencial. “Mas o cansaço de ver a mim e a meus amigos vivendo no meio da polarização de ser DJ e ter que fazer algo para se sustentar está acabando com a minha identidade. Quem somos de verdade? Essa pergunta eu me fiz várias vezes e acabei tendo como resposta somente a paixão pela música”.

Felipe ama a música, mas cansou de trabalhar com música (Foto: André Lima)

Para Felipe, chegar à conclusão de que não precisamos trabalhar com música porque a amamos foi um esclarecimento libertador e muito didático. “Tenho certeza de que muita gente pensa como eu, mas morre de medo de trazer isso à tona. Esse é um mercado ingrato onde existe muito maniqueísmo e gente poderosa que não vai titubear antes de tentar acabar com a sua carreira”, diz.

A desilusão de Felipe Sá é com a desunião e competitividade do mercado e cena de música eletrônica, um conglomerado de “egoísmos e individualidades” que criam rivalidades, potencializadas também pelos egos sensíveis de profissionais e viventes de um meio artístico e/ou de entretenimento. Ele exemplifica. “Donos de clubes que investem pouco na sua prata da casa e mais nos gringos para se projetarem internacionalmente; DJs que montam seus próprios projetos para não dependerem mais do dono do clube relapso, que chegam a um certo momento de fama, e se acham infinitamente superiores aos seus colegas de trabalho”.

Num mercado teoricamente pequeno, não juntar forças é um tiro no pé dos que almejam o dia em que DJs não precisarão do dinheiro do pai/mãe ricos ou DJs que não sofram para pagar suas contas.

Cansado, Felipe retirou-se e está focado hoje no trabalho de comunicação visual, seara em que tem formação. Seu parceiro tem um agência de inteligência digital no Rio chamada Neon Mind, e desde o ano passado trabalham juntos. “Eu continuo consumindo música com a mesma frequência de antes. Só que agora sem precisar focar nas faixas para pista de dança. Isso tem sido positivo para treinar meu ecletismo e ouvido para sons e estilos diferentes”, conclui.

 

PARAR, PARA DEPOIS VOLTAR
NINGUÉM SABE A IDADE DE APOSENTADORIA DE UM DJ – Fatboy Slim

Universo volúvel em que o tempo muitas vezes é um inimigo (tanto no envelhecimento quanto na velocidade de ascensão e queda de cenas e contextos), o ofício de DJ de música eletrônica traz uma ansiedade particular: cada DJ é que sabe a hora de parar, de acordo com sua carreira individual. Para o inglês Fatboy Slim, que já fez uma breve pausa por problemas com a bebida, a hora de parar será quando ele e o público deixarem de curtir o lance.

Para muitos parar é uma decisão de momento, e que pode ser repensada. Danny Tenaglia, houseiro histórico, foi um que desistiu buscando entender sua maturidade pessoal/profissional (leia seu longo desabafo de 2012, em inglês), mas que voltou à ativa com agenda cheia. Nomes mais jovens também já falaram que iam parar, mais voltaram, como Zed Bias e Deorro, exemplos da volubilidade de cenas recentes bem-sucedidas (dubstep e EDM), e também de algum marketing? (Deorro se corrigiu, dizendo que ia parar de tocar para focar na produção, e de todo modo gerou manchetes a seu respeito…).

Aqui no Brasil conversamos com Flavia Carrara, DJ de house music que parou de tocar por um tempo, e agora está investindo no seu retorno.

FLAVIA CARRARA
“Tive saudades de conhecer pessoas e vivenciar locais diferentes”

Nos anos 90, a casa de Flavia Carrara, na Penha, zona leste de SP, abrigava uma rádio comunitária, privilégio caseiro que a fez se interessar pelas pick-ups. Sua carreira profissional deslanchou em 1999, quando ficou no top 10 de um concurso do antigo clube Broadway. Muito antes do ativo empoderamento feminismo da cena atual, Flavia fez parte de um agitado núcleo de DJs moças ao lado de Andrea Gram, Lisa Bueno, Nice Gusmão e Lika Marques – o Women DJs Company.

Na virada do século, Flavia era agenciada pelo Lov.e, foi residente do Ultralounge e tocou pelo Brasil. Sua carreira seguiu até 2008, quando viu as datas minguarem. “O fato de não tocar música com apelo comercial foi um fator muito determinante, devido ao interesse dos contratantes na época”, diz a DJ, analisando o downgrade que viveu à época.

E apesar de ser algo até “espiritual”, como pregam seus hinos, house music não é tudo na vida de uma pessoa, então Flavia foi tentar a vida em outras áreas. “Decidi retomar meus estudos e passei num concurso público. Mudei de residência e minha rotina também mudou, afetando meu trabalho como DJ e consequentemente me afastando da noite”, relembra.

Devido ao seu novo cotidiano de trabalho, Flavia se afastou da vida clubber e ficou um bom tempo sem sair, mas sempre sentiu falta da vivacidade da noite. Hoje ela tenta um retorno mais firme na cena paulistana, e aposta suas fichas numa inegável experiência que adquiriu. “Basta ter bons contatos e fazer um bom trabalho, para que aconteça novamente”, diz a DJ, animada com seu retorno, mesmo lembrando como trabalhar na noite traz desgaste físico e que muitas vezes as gigs podem não ser o que se espera – “existe uma expectativa a cada uma delas”.

Sempre toquei, toco e tocarei House Music

A houseira de coração diz guardar ainda TODOS os seus discos, que não teve coragem de se desfazer deles pois, afinal, é sua essência. “Minha fonte de pesquisa ainda são as lojas virtuais e produções de alguns amigos, que volta e meia mandam faixas de acordo com o meu estilo musical. Eu fiz um curso de produção e crio algumas coisas, inclusive algumas faixas já saíram no selo Kieso Music, do DJ Mr Gil”.

Samsara é track de Flavia de 2014, e é trilha sonora que encerra nosso artigo torcendo para que seu retorno seja muito bem-sucedido!

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