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Os maiores “não” da história do cinema — e os papéis que mudaram de mãos

Já imaginou Will Smith como Neo? Tom Selleck como Indiana Jones? Al Pacino como Han Solo? Pois quase aconteceu!

Se arrependimento matasse, não haveria ser humano vivo no planeta, isso é fato. Mas existem os pequenos e grandes arrependimentos e, certamente, um dos maiores é recusar uma proposta de trabalho que, lá na frente, renderia milhões, além de botar seu nome na história. E não tem lugar maior para este tipo de gafe do que no cinema.

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Quando os produtores de um grande filme fecham um projeto, já com o roteiro em mãos, a equipe de elenco vai atrás dos atores de duas formas. Na primeira, o “casting”; anunciam no mercado de agentes uma nova produção, e atores se candidatam. É feita uma seleção inicial baseada no material enviado pelos empresários de cada profissional, e depois vem a temida audição. Sentados nas frentes das câmeras, os atores interpretam falas. Há, distribuídas pela internet hoje em dia, cenas incríveis de audições. Uma das mais emocionantes é a do pequeno Henry Thomas tentando uma vaga para o filme E.T., de Steven Spielberg. Antes de assistir, pegue um lencinho de papel.

O outro jeito de se descolar um ator, principalmente nos papéis principais, é quando a própria equipe decide quem seriam as estrelas ideais para o roteiro do projeto. E aí, a relação se inverte. Diretores e produtores utilizaram seus contatos pessoais para chegarem até o artista desejado. Geralmente, lhe enviam o roteiro para ser lido e então, aguardam o esperado “sim” ou o triste “não”. O lance é que, algumas vezes, um “não” precipitado faz com que um baita ator se distancia de um senhor filme, que acaba fazendo enorme sucesso. E o cinema está cheio de histórias como essa.

Confira uma lista de grandes “não” da história do cinema que fazem a gente pensar!

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Matrix – Will Smith e Uma Thurman

Will Smith se reimagina como Neo no clipe para “Beautiful Scars”. Foto: Reprodução

O grande sucesso perturbador de mentes, Matrix, dirigido pelas irmãs Wachowski, teria um casal de protagonistas bem diferente. Will Smith foi convidado para ser Neo, e Uma Thurman, a Trinity. Ambos, no entanto, recusaram. Thurman estava grávida na época das gravações, e Smith preferiu aceitar o papel ao lado de Tommy Lee Jones em Wild Wild West. O ator brincou com o episódio em seu mais recente videoclipe.

Will Smith Matrix
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Indiana Jones – Tom Selleck

Tom Selleck reimaginado como Indiana Jones. Imagem: Reprodução

Essa é muito doida e mexe com o imaginário de toda uma geração, que tem gravado em sua mente Harrison Ford como o único e original arqueólogo aventureiro do cinema. Mas a real é que o papel foi oferecido primeiro a Tom Selleck, nosso eterno Magnum. Segura a pipoca agora para a maior doideira da história: ele recusou o papel em Os Caçadores da Arca Perdida justamente porque não queria parar de gravar o detetive havaiano!

O Senhor dos Anéis – Sean Connery

Sean Connery como Gandalf teria sido mais ou menos assim? Imagem: Reprodução

“Desculpa aí, não vai rolar.” Sean Connery não quis interpretar o mago cabeludo Gandalf porque… não entendeu o roteiro. O ator declinou o papel após sacar bulhufas das intrincada história de Tolkien (vamos combinar, é para especialistas mesmo). A equipe, então, foi para o “plano b”, Ian McKellen, que deve agradecer todos os dias a Connery pela recusa.

Os Piratas do Caribe – Ozzy Osbourne

Imagem: Reprodução

A patroa não deixou Ozzy Osbourne interpretar o papel do sacerdote Sumbhajee Angria em Piratas do Caribe – No Fim Do Mundo. O vocalista do Black Sabbath bem que se empolgou com o convite para o cinema, mas Sharon, sua esposa, foi a responsável pela bola preta.

Uma Linda Mulher – Molly Ringwald

Molly Ringwald foi o plano A para “Uma Linda Mulher”. Imagem: Reprodução

Dá para imaginar Uma Linda Mulher sem Julia Roberts? Pois é, quase aconteceu. O papel foi entregue para Molly Ringwald, uma estrela adolescente em ascensão (a Claire, de Clube dos Cinco). Ringwald achou o papel meio “problemático” para sua imagem como atriz. Ou seja, amarelou. Sorte de Roberts.

Guerra Nas Estrelas – Al Pacino e Burt Reynolds

Al Pacino como Hans Solo: teria sido mais ou menos assim? Imagem: Reprodução

Mais uma vez, Harrison Ford se deu bem graças à recusa de outras pessoas em papéis que se tornariam icônicos. Nesse caso, Han Solo, um dos principais personagens da saga Guerra nas Estrelas. O papel foi oferecido a Burt Reynolds, que recusou alegando que não gostava de ficção científica. Depois, foram atrás de ninguém menos do que Al Pacino! O astro também disse “não”, pois não conseguiu se identificar com o personagem.

O Silêncio Dos Inocentes – Michelle Pfeiffer

Michelle Pfeiffer. Imagem: Reprodução

Clarice Starling, a jovem investigadora do FBI que teve de lidar com o mais esfomeado canibal dos Estados Unidos, é o papel mais importante na carreira da atriz Jodie Foster. Mas o trabalho não era para ser dela. A primeira atriz convidada foi Michelle Pfeiffer, que achou o roteiro muito perturbador, e recusou o convite.

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Forrest Gump – John Travolta

John Travolta preferiu viver Vincent Vega a Forrest Gump. Imagem: Reprodução

Parece piada, mas não é. O Forrest Gump original foi oferecido ao rei dos Embalos de Sábado à Noite, John Travolta. O astro não se deu bem com o roteiro. Afirmou que não se conectou emocionalmente com o personagem e que não era o que ele queria para sua imagem, naquele momento. Acabou deixando o papel para Tom Hanks, que imortalizou Forrest Gump no cinema. No entanto, decidiu aceitar outro papel na mesma época: Pulp Fiction, de Quentin Tarantino. Neste caso, nada de arrependimentos, afinal, o filme foi responsável pelo grande retorno de Travolta ao universo cool — exatamente o que ele queria.

Titanic – Gwyneth Paltrow

Gwyneth Paltrow poderia ter sido a Rose. Imagem: Reprodução

A Rose que conhecemos era para ser totalmente diferente, nas mãos da atriz Gwyneth Paltrow. Só que ela recusou o convite. Além de não sentir “uma conexão” com a personagem, ela também não tinha certeza de que o filme de James Cameron poderia fazer sucesso. Fez, e muito. Mas nas mãos de Kate Winslet compondo par romântico com Leonardo DiCaprio.

Ainda Estou Aqui – Mariana Lima

Mariana Lima teria feito uma Eunice Paiva tão bem quanto Fernanda Torres? Nunca saberemos! Foto: Reprodução

Gente, imagina Ainda Estou Aqui, primeiro vencedor brasileiro do Oscar, nas mãos de outra pessoa que não Fernanda Torres? Quase aconteceu. A primeira opção do diretor Walter Salles era a atriz Mariana Lima, fisicamente mais parecida com Eunice Paiva, personagem principal do filme. Lima titubeou, e Torres ficou com o papel que rendeu um Globo de Ouro de Melhor Atriz, além de ter sido a grande embaixadora da película brasileira mundo afora.

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