A dupla Phalanx Formation faz um som que poderia ser de qualquer canto do mundo, mas, no caso, é 100% recifense. Com timbres gordos e distorcidos, a dupla pernambucana, formada por Helder Bezerra e Enio Damasceno, lançou neste mês de julho seu álbum de estreia, o How to Destroy a Phalanx Formation. O disco traz 11 faixas que passam por diversos estilos e épocas: dos ecos psicodélicos dos anos 60 ao electro oitentista, passando pelo R&B dos anos 90 e até arriscando um pulo no indie-hipster dos anos 10 – sem perder a passada de mão pelo sintetizador sujo, responsável por dar uma bela dimensão ao som dos pernambucanos.
O álbum começa com Sex With Friends, um pop com pegada retrô e levada gostosa, do jeito que o nome da faixa sugere. Já na hipnótica Twiggy-O-Matic sentimos uma vibe sessentinha, dá pra imaginar a própria Twiggy, numa versão 2016, se deixando levar pela faixa. Em Succubus, a dupla cria um clima e mostra uma faixa cheia de camadas desconstruídas. Quando perguntados sobre o processo de produção musical, os meninos não soltam um pio – é segredo de estado.
A música eletrônica de Recife acabou ficando mais associada ao Mangue Beat, mas o movimento já acabou faz tempo, né? O que rola hoje é outra história, e o Phalanx Formation faz parte desse novo capítulo. Para Rodrigo Coelho, produtor dos mais geniais da recente música eletrônica nacional, conhecido pelos akas Coei e grassmass e também natural de Recife, o trabalho da dupla reflete a sua cidade de origem. O nome da banda faz alusão a um tipo de formação militar, protegida por uma casca de escudos e com lanças apontadas para fora. Quem está dentro dessa falange, ataca letalmente o que quer que esteja do outro lado. Uma espécie de ironia sobre a vida social recifense e a cena musical local. Para Coei, “poucas vezes se ouviu uma autocrítica irônica tão fina sobre a vibe cultural-musical de um lugar. Quem é de lá vai entender, quem é de fora vai achar que é uma banda nova hypada da Inglaterra”. Para o produtor, a dupla tem uma voz e ela ficou bem clara antes mesmo do lançamento do álbum, com o promo. Veja:
Sobre as produções, Rodrigo acredita que “o que poderia soar como uma confusão estética entre grandes influências de décadas diferentes acaba tendo um fio condutor que amarra canções cheias de ‘manha pop americana’ (Sex With Friends) a vocoders em loop de um early Daft Punk (Gossip) a baladas derretidas da Califórnia dos anos 60 (Baby – Du Bist Mein Schatz) sem perder a identidade.” E é justamente isso que chama atenção no som deles. Phalanx faz o tipo de música boa de ouvir no talo, que dá vontade de mexer o quadril e se deixar levar pela vibe Recife-não-Recife que tem ali.
Ouça How To Destroy A Phalanx Formation.
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