O ano nem começou e já temos um indicado a DJ babaca do ano: Justin James

Claudia Assef
Por Claudia Assef

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A história é a seguinte. Esse tal DJ e booker Justin James (favor não confundir com o homônimo DJ de techno canadense, que inclusive colocou um disclaimer em sua página no Facebook)  foi chamado pra fazer um turnê pela Ásia e deveria para tal levar algumas DJs do sexo feminino com ele.

Daí ele teve a iluminada ideia de postar no grupo de Facebook Support Female DJs um anúncio, com os seguintes dizeres.

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Bem, se você não lê inglês, numa rápida tradução, tudo vai bem normal pra um anúncio de emprego até certo ponto: ele pede que a moça tenha um press kit eletrônico, fotos atualizadas, fanpage com no mínimo 5 mil curtidas (ok até aí…), tenha entre 21 e 32 anos, meça entre 1m60cm e 1m70cm de altura, pese entre 50 e 60 quilos (oi?) e… mais importante, no pé da mensagem, ele diz… “Só trabalho com DJs mulheres que sejam atraentes e que saibam tocar”. Qué dizer… o que ele estava buscando mesmo? Uma DJ? Uma modelo? Uma modelo DJ? Book rosa?

A coisa só piora.

Eis que uma moça do grupo se sentiu ofendida pelo anúncio e foi ter com ele via Whatsapp. Fedeu mais. Na troca de mensagens, ele termina por falar que, se estivesse mesmo preocupado com DJs talentosos, “só contrataria homens”. Risada nervosa aqui.

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Mas, calma, piora.

O moço viu a merda que deu, pois a mensagem, lógico, vazou, e ele se tornou em horas o cara mais odiado da Terra. Então ele publicou esta mensagem em sua “defesa”.

Resumidamente, ele diz que nunca foi sua intenção diminuir as DJs, que tem entre seus produtores preferidos mulheres como Miss Kittin, Maya Jane Coles e… Paris Hilton [hello???]. “Como eu disse na mensagem pessoal que troquei com aquela troll que começou toda essa confusão, se você se sentiu ofendida por minhas palavras, sinto muito por não sentir muito. Sou o que existe de mais distante de um misógino. Porém sou culpado de ter lidado mal com as palavras que postei no grupo já mencionado”.

Ah, tadinho, dele. Estamos comovidas #sqn.

 

Claudia Assef

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Autora do único livro escrito no Brasil sobre a história do DJ e da cena eletrônica nacional, a jornalista e DJ Claudia Assef tomou contato com a música de pista ainda criança, por influência dos pais, um casal festeiro que não perdia noitadas nas discotecas que fervilhavam na São Paulo dos anos 70.

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