Primeira edição do famoso festival brasileiro em solo israelense foi vítima do terrorismo do Hamas
Neste começo de tarde de domingo (08), a produção do Universo Paralello divulgou uma nota oficial a respeito do violento episódio ocorrido em Israel. O famoso festival brasileiro, que normalmente rola a cada dois anos na Bahia, realizava sua primeira edição no país bem no momento em que ele foi vítima do maior e mais organizado ataque terrorista dos últimos 50 anos.
“Estamos profundamente chocados com os últimos acontecimentos em Israel envolvendo ataques simultâneos sem precedentes em diversas regiões do país pelo Hamas“, começa o texto.
Possivelmente em resposta a alguns comentários que acusavam a produção de irresponsabilidade em realizá-lo próximo à Faixa de Gaza, a equipe do UP esclareceu que, além de ter apenas licenciado o seu nome para a produtora israelense Tribe of Nova, o local onde ele ocorreu — o Deserto do Negev — costuma receber outros festivais do tipo.
De fato, apesar de ficar próximo de Gaza (onde o Hamas está baseado), Negev tem o costume de sediar grandes celebrações de música, cinema e cultura com normalidade. Os ataques vistos na manhã de sábado foram sem precedentes na história do conflito.
“Israel é reconhecida mundialmente por grandes eventos de música eletrônica, e o local [Negev] é conhecido por receber diversos deles, tendo, no dia anterior, acontecido um festival com mesmo perfil no mesmo local”, segue a nota.
“O Universo Paralello sempre licenciou sua marca para eventos fora do Brasil, onde um produtor é responsável pela organização e contratação de artistas vinculados, como aconteceu no caso do Swarup. A marca foi licenciada, e o DJ contratado pela produção israelense da Tribe of Nova, assim como aconteceu na Índia em 2015, Argentina em 2022 e 2023, Espanha em 2022, Portugal em 2022 e 2023, Tailândia em 2023, México em 2022, França em 2016 e 2023 e Israel em 2023.”
Fundador da marca e pai de Alok, o DJ Swarup (Juarez Petrillo) era a única atração brasileira no lineup, e viralizou neste final de semana com registros publicados em seu Instagram. O Music Non Stop tentou contato com o artista, mas não conseguiu retorno até o momento desta publicação.
Em suas redes sociais, Alok revelou, na manhã deste domingo, que o pai estava seguro em um bunker, aguardando para poder voltar ao Brasil.
Conforme amplamente divulgado pela imprensa, alguns dos brasileiros que estavam presentes na festa encontram-se desaparecidos.
“A paz e o amor no Universo Paralello não apenas têm raízes históricas, mas sempre serviram como alicerce de um lembrete do potencial da música e da cultura para unir as pessoas, promover a positividade e criar um espaço onde todos possam se sentir bem-vindos e acolhidos […].”
“Consternados e extremamente abalados, nossos pensamentos estão com as vítimas e familiares nesse momento de dor, tristeza e indignação. A violência não tem lugar na sociedade, seja em qual território for”, conclui o texto.
Veja a nota na íntegra aqui.