music non stop

Exclusivo! Vai ter Primavera Sound no Brasil. E muito mais: O fenômeno Arca, Alice Glass, Eliminadorzinho e entrevistas na coluna Noise Radar!

A coluna Noise Radar, de Carlo Montalvão, traz novidades musicais e notícias em primeira mão dos maiores festivais no mundo.

Com novidade em primeira mão! Os planos do Primavera Sound para a América do Sul!! Confira.

Radiações do momento na NOISE RADAR:

Especial – A Volta dos Festivais Gringos pt. 2:

Os shows voltaram! No mundo todo, inclusive no Brasil! Desde o começo de Novembro que estamos vivenciando a “re-abertura do mercado musical” no Brasil e no Mundo. Lá fora começou primeiro, eles tinham mais vacinas, mas o Brasil avançou muito na vacinação e as coisas por aqui também já voltaram, muitos Fetivais estão sendo anunciados e, para nossa alegria, muitos deles são novos. Um frescor para a cena que precisava mesmo desse novo leque de opções.

Nos Estados Unidos, vamos destacar o Treefort Music Fest, sobre o qual já falamos aqui na coluna inclusive e que acaba de anunciar a primeira parte de seu poderoso e gigantesco lineup para a edição de 2022. O Treefort Music Fest é conhecido por levar +400 bandas diferentes a cada edição, todo ano para a cidade de Boise, no Idaho.

Outro festival que gostaríamos de destacar e também tem um lineup incrível, é o ALL POINTS WEST, que acontecerá durante 05 dias em Agosto de 2022, no Reino Unido. Com os headliners sendo Gorillaz, Idles, The Chemical Brothers, Kraftwerk, Tame Impala, The National, Disclosure, James Blake, Nick Cave and The Bad Seeds e Michael Kiwanuka. E não pára por aí, ainda tem: Yves Tumor, FKJ, Caroline Polachek, Dry Cleaning, Fleet Foxes, King Gizzard and the Lizard Wizard, Kurt Vile, Perfume Genius, Lucy Dacus, LOW, e muito mais.

E a América do Sul e o Brasil não ficam de fora não. Tem muitas novidades chegando e já sendo anunciadas e outras ainda em segredo (ops!), e a maior delas é o Primavera Sound que chega ao Brasil, e também Argentina e Chile em 2022 e promete se transformar no Maior Festival de Música do Mundo. Eles anunciaram ontem (06), também o lineup do Primavera Sound Los Angeles (confira o line up abaixo), que vai acontecer em Setembro 2022 e deve arrastar muitos daqueles artistas para as edições da América do Sul também, incluindo o Brasil. Aqui no Brasil, pelo que a coluna descobriu depois, quem vai produzir o Primavera Sound Brasil é a produtora LIVE NATION. Se fizerem 50% do lineup do Primavera Sound Los Angeles, o evento do Brasil já será grandioso, assim esperamos!

Carmem Barahona, diretora musical do Primavera Sound Chile.

No Chile, eles anunciaram as datas hoje, será de 7 a 13 de novembro com um modelo de Festival urbano do século XXI que vai reativar vários espaços da cidade durante a semana e vai viajar para o Parque do Bicentenário dos Cerrillos no fim de semana para desenvolver sua programação central.

Mas tem também novos festivais como MITA que está com o line-up que está recheado de atrações nacionais e internacionais, como Gilberto Gil, Gorillaz, Two Door Cinema Club, The Kooks, Marina Sena, Jão, Marcelo D2, Liniker, DAY com Lucas Silveira, Coruja BC1 com Larissa Luz e mais.

Assim que soubermos de mais Festivais novos surgindo, voltamos numa edição especial para contar tudo para vocês, mas acredito que por hora, já dá para ir sonhando bastante com tantos shows e artistas incríveis para 2022!! 

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ARCA | o fenômeno e o sucesso da Diva Latina

ARCA é o momento! Quem ainda não a notou, não a ouviu, ou vive em outro planeta ou está simplesmente ignorando o maior fenônemo anti-pop da música na atualidade! ARCA é o momento porque ela fala dos assuntos mais provocativos possíveis, ela quer mesmo é “estourar cabeças”, romper paradigmas, mudar o pensamento e o sentimento do mundo. ARCA é necessária!

A mensagem que ela passa é forte, profunda, mexe com nossas entranhas, causa incômodo e estranhamento e por isso mesmo é GENIAL! Dona de um surrealismo distópico totalmente futurista, meio sci-fi delirante e com visuais absurdamente surreais, a música e os videos de ARCA existem – parece – apenas para lhe provocar. Provocar tudo! De tudo!

A música dela é estranha, é subversiva, é provocante e, acima de tudo, é inovadora e caótica. Quando ela surgiu, envolta de mecanismos e ligada numa máquina que a movia, enquanto cantava com toda a fúria do mundo o tema de “Nonbinary”, foi fácil ver que ali nascia um fenômeno mundial. Diferente das “Divas” brasileiras, que camuflam suas carreiras internacionais em featurings muitas vezes vazios e duvidosos, a venezuelana ARCA faz tudo com muito cuidado, desde as participações que ela trouxe para o seu primeiro álbum, incluindo as divas Björk, SOPHIE, Rosalía, e ainda Shygirl, quanto em todo o projeto e planejamento do surpreendente lançamento dos seus 05 álbums da saga kiCK i (2020), kiCK ii, kiCK iii, kiCK iiii e kiCK iiiii (todos de 2021), sendo que os 04 últimos ela lançou faz poucos dias, em sequência mínima entre um lançamento e o outro. O que ela quis com isso? Quebrar mais uma vez os paradigmas da indústria musical, marcar sua imagem, criar uma aura ainda mais superior para a sua figura já fascinante. ARCA é sedutora, acima de tudo! Sua música tem um poder de sedução que absorve sua atenção logo no primeiro momento, é instântaneo, ela te hipnotiza com seu olhar de Medusa versão ano 2387.

É até difícil imaginar que ARCA é fruto desse mundo atual, parece mesmo que ela veio do futuro para nos provocar com sua imagem e sua mensagem. Confiram “Nonbinay” e tirem suas próprias conclusões.

A primeira música de ARCA que ouvi e me pegou em cheio foi Mequetrefe, o clipe incrivelmente distorcido me cativou desde o primeiro olhar. É provocante demais, ela é provocante demais, é uma afronta ao comum, ao pensamento raso. A música de ARCA te eleva de uma maneira que é capaz de nunca mais você voltar a ver as coisas da maneira arcaica como as via antes.

Ela é o novo, antes do novo, ela é o absurdo e a realidade, ela é o que não existe ainda, mas ela propõe e passa a existir. ARCA cria, se multiplica e incomoda o mercado com seus abusos muito necessários e sempre surpreendentes.

A música que ela faz é urgente, o que ela fala e sobre o que ela fala é urgente. Num mundo onde as pessoas ainda odeiam outras pessoas apenas por suas orientações sexuais, a voz e a imagem de ARCA é mais do que necessária. Tudo o que ela faz é simbólico e tem valor superior. Não há como comparar a qualidade artítsica de ARCA com nenhuma outra diva latina atual, ela é muito Superior!

O alcance global de ARCA e de sua imagem foi além do que ela imaginava, eu acho, ou talvez não. Os videoclipes que ela faz são absurdamente oníricos e cheios de apelos visuais, tudo ali faz parte de uma grande mensagem que ela está querendo transmitir para seus ouvintes e fãs, parece parte de uma grande estratégia. O clipe de Prada/Rakata é um acontecimento por si só. Talvez seja uma dos videos mais absurdos e criativos da atualidade. ARCA atropela, sultimente, os esforços das outras Divas. ARCA ressignificou a palavra inclusive, mas então, como definir ARCA? Não há como, cada um a sentirá de um jeito, à sua maneira. Uma coisa apenas não passará em branco, ela irá mexer com seus sentimentos de forma profunda. Quer arriscar? Visita o canal de YouTube dela e escuta todos os álbuns.

O video mais recente de ARCA é tão provocativo, que o YouTube até restringiu a idade e vocês só podem assistir na plataforma mesmo. Electra Rex (clique para ver) foi gravado no meio da rua e mostra uma fila onde se encontram pessoas de todos os tipos, representando praticamente todas as letras da bandeira LGBTQIA+. A música serve para passar uma mensagem de tolerância e ao mesmo tempo faz um crítica social fortíssima, porque coloca todos aqueles corpos semi-nus no meio da rua, no meio da sociedade que teima em os ignorar muitas vezes, sem confronto, sem estranhamento, mas ao contrário, com um torpor de desejo incontido que culmina num gozo final quando ARCA se joga no chão, junto das outras pessoas e começa a se masturbar, a se entregar numa orgia carnal, ali mesmo, no meio da rua. É chocante, no bom sentido, mas não seria se não fossem aqueles corpos.

FENÔMENO ARCA

Para entender o alcance de ARCA, ela recentemente estampou a capa da VOGUE México e América Latina (representando a Venzuela), sim duas capas, porque ela merece. E, cá entre nós, duas capas belíssimas né? ARCA é muito linda, por las Diosas! Que Monumento!!! Cantora, produtora musical, atriz, performer, não-binária, fluída, evoluída, super avançada!, ARCA é tudo o que ela quiser ser e muito mais.

ARCA também apareceu num episódio de “Uma Família da Pesada” (Family Guy), como noticiou o SONGMESS em seu perfil no instagram. E a imagem dela estampou a noite da Times Square, anunciando a chegada de kiCK i e kiCK ii, kiCK iii, kiCK iiii e kiCK iiiii, seus álbuns mais recentes.

ARCA definiu-se como não-binária em 2018, e posteriormente acrescentou que também se identifica como uma mulher trans.

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TONSTARSSBANDHT | Entrevista com Andy White

O guitarrista norte-americano Andy White já é bem conhecido pela galera indie do Brasil, mas não é pelo seu incrível trabalho no TONSTARSSBANDHT (pronunciado como “tahn-starts-bandit”), projeto paralelo que ele desenvolve e onde toca e canta junto com seu irmão Edwin White (voz, bateria), mas sim por ser também o guitarrista da banda do Mac DeMarco, que é sucesso entre os “teenagers” de todo o mundo. Talvez você nunca tenha ouvido deles, mas já falamos do TONSTARSSBANDHT na coluna passada, confiram aqui.

Talvez vocês também não saibam, mas fui um dos promotores das primeiras turnês do Mac DeMarco no Brasil, nos anos de 2014 e 2015, e acabei me encontrando com o Mac e a “turma” (a banda dele) algumas vezes depois: em 2017 nos encontramos em Boise City (Idaho) e depois em Nova York (quando ele me convidou para o show no Bovery Ballroom), um ano depois, no Lollapalooza Brasil, quando ele fechou uma das noites e ficamos cerca de 04 dias zanzando por São Paulo, comendo sanduíches no Estadão (lanchonete famosa, onde tem o sanduíche de pernil favorito do DeMarco), indo em Festas Secretas, e muito mais coisas que nem posso contar aqui, a censura não deixa (risos).

O fato é, com o tempo fui desenvolvendo uma amizade profunda com a galera do DeMarco e o Andy White é um dos mais queridos de todos eles, além de ser um exímio guitarrista, Andy é também um baita compositor, curte muito a música brasileira e nasceu no meio de uma Família de Artistas – a Mãe do Andy e do Edwin, por exemplo, era produtora dos desfiles e das paradas na Disneylândia nos anos 80 e 90 – e isso ajudou e muito na formação artística dos garotos White. E acaba se refletindo nas viagens e paisagens sonoras absurdamente surreais e maravilhosas propostas no novo álbum “Petúnia”, da TONSTARSSBANDHT, que foi lançado pelo selo Mexican Summer.

Confiram o papo deliciosos que tivemos com o Andy White, quando ele estava voltando de alguns shows que fez no México, no incrível festival Hipnosis (também já falamos dele aqui na coluna e ainda iremos falar mais).

01. Oi Andy, primeiramente, parabéns pelo incrível trabalho que você e seu irmão fizeram no álbum “Petunia”. Qual a mensagem desse álbum?

Obrigado! Quando eu olho para todas as músicas de Petúnia, vejo muita tristeza. Não pretendíamos fazer um álbum sobre desespero, mas as músicas que havíamos escrito que queríamos gravar para esse álbum simplesmente consistiam em sentimentos miseráveis.

02. Você poderia nos contar mais sobre o projeto Tonstartssbandht? Quando começa esse projeto com seus irmãos? E por que vocês montaram um álbum?

Tonstartssbandht começou quando Edwin e eu começamos a fazer música como uma dupla em 2007. Tínhamos tocado em uma série de bandas com outros amigos ao longo de nossa adolescência no início/meados dos anos 2000, mas foi apenas no Tonstartssbandht que trabalhamos juntos, apenas nós dois. Temos tocado juntos desde então.

03. E sobre a pandemia? Isso afetou você de alguma forma?

Isso nos afetou da mesma forma que afetou muita gente: nós dois ficamos sem trabalho por tempo indeterminado, ficando em casa, tentando manter a sanidade. No lado bom, usamos o tempo de inatividade não planejado para finalmente nos concentrar na gravação deste novo álbum, que originalmente planejávamos trabalhar um pouco mais longe.

Andy e Edwin nas estradas dos Estados Unidos. Créditos da foto: Andy White

04. Como você lidou com o tempo sem shows? Isso ajudou o álbum “Petunia” finalmente a sair?

Tínhamos uma turnê pela costa oeste dos EUA com Jerry Paper cancelada no início da pandemia, o que foi decepcionante, é claro, mas todos tínhamos coisas mais importantes em nossas mentes na época. Com toda a honestidade, porém, Tonstartss realmente não tocava há algum tempo porque Edwin e eu estávamos ocupados com o trabalho e outras bandas. Definitivamente, não ter nada para fazer a não ser ficar em casa nos ajudou a sentar e focar na gravação do álbum.

05. Agora que o álbum foi lançado, como estão suas expectativas para o retorno aos shows e a turnê promocional que vocês farão para divulgar “Petúnia”?

Estamos bem no meio de nossa primeira turnê do álbum, atingindo a maior parte dos EUA. Acabamos de voltar de um evento único na Cidade do México, no Hipnosis Festival, que foi muito bom. Acho que estávamos ambos muito incertos sobre como seria a sensação de uma turnê novamente pós-COVID, e honestamente, é fantástico. É animador ver quantas pessoas também estão fazendo o melhor para estarem mascaradas, vacinadas e respeitosas no meio da reabertura lenta do mundo para uma nova realidade pós-COVID. Depois que esta turnê terminar no início de dezembro, nós temos uma mini-turnê planejada em nosso estado natal da Flórida em janeiro, e então mais datas nos Estados Unidos e, com sorte, shows na Europa na primavera de 2022 … E é claro que adoraríamos vir para Brasil

06. Entre 2014 e 2015, tive a oportunidade de fazer duas grandes turnês da Mac DeMarco no Brasil, e você esteve aqui com ele. Quais são as suas memórias dessas viagens e, por falar no Brasil, quais são as suas melhores lembranças do nosso país? E também, a sua última mensagem para seus fãs no Brasil.

Lembro de ter ficado a noite toda com você em Porto Alegre, eu cantando “Águas de março” no karaokê em português fonético, e todo mundo morrendo de rir porque eu parecia um bebê. Lembro-me de pegar um barco com você e Pierce em uma ilha na selva fora de Belém em nosso primeiro dia no Brasil e me sentir muito bem-vindo em um país que nunca tinha visitado antes e sempre quis ir. Minhas memórias da turnê pelo Brasil são de ter um tempo fantástico, delirantemente cansado, perdendo meu telefone e minha carteira e não me importando muito, e fazendo muitos novos amigos maravilhosos. Eu quero voltar com Tonstartssbandht, eu quero mostrar ao meu irmão/colega de banda Edwin seu país enorme e louco.

 

Para ouvir e comprar o álbum “Petunia”, que foi lançado pela gravadora Mexican Summer, basta acessar o Bandcamp deles (tem LP, K7, camisetas e mais) ou nas plataformas digitais como Spotify.

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Descobertas do Groover

Yanna (BR)

Os dois lançamentos da cantora e compositora Yanna em 2021, os singles “Bomba nuclear” e “Controle”, apresentam momentos distintos. Enquanto o primeiro, que saiu em fevereiro, mostra uma mulher empoderada num clipe vibrante, colorido e uma música dançante, o novo material da artista sergipana radicada em Florianópolis trata da luta para recuperar a saúde mental em tempos de pandemia. “Controle” tem produção de Ugo, mixagem e masterização de Alwin Monteiro.

Esse é o segundo trabalho que Yanna faz em parceria com Ugo, que além de ter produzido a faixa, é coautor da música — a letra foi escrita pela cantora. Em 2020, a dupla lançou o single “Me falta o ar”, que também ganhou vídeo dirigido pela Collectiva Studios.

“O Ugo tem feito parte das minhas produções junto com o Alwin. Ele é o meu Finneas (irmão da Billie Eilish). A gente tem a mesma linha de pensamento na parte de produção e é muito fácil compor e trabalhar com ele. É uma pessoa com quem posso contar”, afirma Yanna.

Quem não conhece a artista pode pensar que a letra de “Controle” fala sobre o término de uma relação. O novo single é bastante pessoal, mas carrega outro significado mais profundo: Yanna canta sobre retomar planos que foram adiados em virtude da Covid-19. “A ansiedade acabou me consumindo, perdi o controle da minha vida. Essa música é sobre isso, ter a minha saúde mental de volta e fazer as coisas que eu gosto, como trabalhar com música. Eu gosto que ela (letra) tenha esse duplo sentido”, revela a cantora. “Controle” é um lançamento Valerie Sounds.

Diego Tavares (BR)

Bonita, a nova música do cantor e compositor carioca, Diego Tavares. O trabalho dele está melhorando a cada nova composição. Agora com o novo single “Imperfeição“, essa balada indie folk cheia de sentimento e com mensagem adornada por indagações cotidianas, um caso de amor, sonhos, aventuras, desejos, e parece que está tudo aqui. Ouça agora!

 

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Noise Radiation #5:

As novidades mais quentes, as músicas que curtimos, as bandas que chamaram nossa atenção, o Noise Radiation #5 está de volta e viaja por diversos países com Alice Glass (Canadá), Eliminadorzinho (São Paulo, BR), Hidrogenesse (Espanha), Pluma (São Paulo, BR) e Fawns of Love (Los Angeles, US).

ALICE GLASS (Toronto, CA)

Alice Glass ficou muito conhecida por ser a cantora da dupla Crystal Castles (ao lado do DJ e produtor Ethan Kath), mas depois de todas as confusões que a envolveram e das revelações de abuso psicológico e sexual que ela sofreu, por parte de seu parceiro de banda, Alice revolveu sair do projeto e cuidar de sua própria carreira. Depois de vencer todos os processos contra seu ex-parceiro, Alice se sentiu pronta para encarar uma nova fase em sua carreira, e o que ela propõe nessa nova fase é Electropop Dark, provocativo e desconcertante.

Há poucos dias atrás ela surgiu interpretando uma boneca apocalíptica, como se fosse uma personagem de filme de terror que se passa no futuro, no single e video de “Baby Teeth”, que fará parte do seu primeiro álbum “Prey//IV”, que vai ser lançado dia 28 de Janeiro, pelo selo Eating Glass Recordings, da própria cantora. O álbum terá 13 faixas, contendo as já lançadas I Trusted You, Suffer and Swallow e Baby Teeth.

Em seu novo single, FAIR GAME, a cantora e compositora canadense desfere vozes robóticas e enigmáticas, entre sussurros e gritos, enquanto ela aparece num holograma. A letra fala dos abusos que ela sofreu, com uma sequência de frases que são repetidas por intimidadores. O som é super indicado para os amantes da pista, fãs de electropop e synth punk. A moça já fez feat com Pablo Vittar, Alice Longyu Gao, Dorian Electra, Wicca Phase Springs Eternal, entre outras. Ela também tocou no Lolla 2013 (ainda com sua ex-banda). [Gatilho] O video pode incomodar por que trata de traumas!

Artista: Alice Glass
Single: FAIR GAME
Álbum: PREY//IV (January, 28th 2022)
Ano: 2021
Selo: Eating Glass Records
Gênero: Electropop, Post-Industrial, Synth Punk
Para quem gosta de: Arca,
Vibe: Electropunk, Dreampop, Indietronica, Dark pop, Electropunk 

ELIMINADORZINHO (São Paulo, BR)

A sensacional banda Eliminadorzinho lançou “Rock Jr”, um dos melhores álbuns de 2021, e que foi lançado pelo selo Cavaca Records, dos nossos queridos Cainan Willy e Yasmin Kalaf.

Formado por Gabriel Eliott (guitarras, voz), João Pedro Haddad (baixo) e Tiago Souto Schützer (bateria), o grupo paulistano Eliminadorzinho entrega ao público o primeiro trabalho de estúdio da carreira e o resultado é impressionante! Praticamente todas as músicas são boas, energéticas, com letras legais e bem acima da média para uma banda tão jovem. A banda é jovem e esse frescor fica claro na sonoridade super diversa dos 03 rapazes, o som é puramente rock melódico, cheio de vigor e feitinho para conquistar a molecada.

Vi uns críticos querendo colar o som do Eliminadorzinho com Terno Rei e Raça, passa bem looooongeeee, graças a Deus. Eliminadorzinho é bem mais energético do que qualquer uma dessas duas citadas e muitas outras bandas desse “masmaro indie” da atualidade, o som dos moleques lembra muito mais bandas como Dinosaur Jr e Superchunk, é despretencioso e brutal ao mesmo tempo. E divertido, muito divertido. Se a galera da MERGE Records conhecesse o som do Eliminadorzinho, com certeza lançaria esse disco!

Artista: Eliminadorzinho
Álbum: Rock Jr
Ano: 2021
Selo: Cavaca Records
Gênero: Indie Rock, Emo, Shoegaze, Noise Rock
Para quem gosta de: Superchunk, Polvo, Dinosaur Jr e Sonic Youth
Ouça: Eu Só Preciso de um Tempo, Verde, Pompeia, Canção pro Tony Andar de Skate

HIDROGENESSE (Barcelona, Spain)

De Barcelona, chega o duo HIDROGENESSE e toda sua genialidade sem igual. Quem ainda não ouviu o som de Carlos e Genis não sabe o que está perdendo, porque essa dupla é realmente acima da média, dona de um humor sarcástico maravilhoso e eles produzem uma música tão deliciosa, quanto incrivelmente dançante. É para quem curte uma pista, mas também é para quem curte música que te faz pensar, ir além, sentir o que o artista quer passar e viajar na dele. A sonoridade do HIDROGENESSE é bastante ampla e apresenta synth-pop, ceremony ballads, kraut- and glitter rock, 90’s dance-music, french musique e fake rock’n’roll, Simmm… isso mesmo: Rock Falso!

Meu primeiro contato com a música e sonoridade do duo HIDROGENESSE foi bem recente, confesso, descobri eles esse ano durante o Especial de 10 Anos do program El Sonido, da KEXP – sobre o qual já falamos algumas vezes aqui na coluna, confiram! – e foi amor à primeira vista!! De lá para cá, venho acompanhando acada passo dessa dupla, virei tão Fã dos dois, que acabei os convencendo a gravar um Remix para a banda Atalhos, que agencio aqui no Brasil. E o resultado ficou incrível!!! Eles pegaram a faixa “Te Encontrei em SP”, que a Atalhos gravou com Delfina Campos e remontaram a música numa nova roupagem, mais eletrônica e pronta para a pista de dança. O resultado vocês vão ouvir na próxima sexta (10), quando o remix será lançado pela Atalhos.

Deixo aqui uns gostinhos do que é o HIDROGENESSE, com os clipe de “La Carta Exagerada” e “Pasadoble de los esqueletos” (extraída de seu último álbum ¿De qué se se ríen los españoles?) e “Se Malogro”, onde todo o humor e o sarcasmo do duo está presente, na letra e nas imagens dos sensacionais videos. Assistam e se deliciem. Na final, ainda listei mais 03 músicas que AMO MUITO, em especial, No Hay Nada Más Triste que Lo Tuyo a melhor música deles, na minha modesta opinião, essa me faz chorar toda vez que escuto e canto a letra. Os videoclipes de HIDROGENESSE são geniais, assim como a música que fazem!

Artista: Hidrogenesse
Ano: 1990 – …
Selo: Austrohungaro
Gênero: Electronic Rock
Para quem gosta de: Kraftwerk, Neu!, Deee-Lite e Valsa eletrônica
Ouça: Disfraz de Tigres, Aquí y Ahora, No Hay Nada Más Triste que Lo Tuyo

PLUMA (São Paulo, BR)

a banda paulistana PLUMA faz aquele som delicinha que todo mundo gosta de ouvir. Eles acabam de lançar o seu mais novo EP (e o segundo da carreira), Revisitar [ouça nas principais plataformas digitais].

Um pouco mais pop e ainda mais groovado, Revisitar mira novas perspectivas sonoras e de cena para a PLUMA. Nas pegadas do antecessor, Mais do Que Eu Sei Falar, que catapultou a banda para dentro da cena indie no ano passado, o novo EP já chega com a missão de realocar Marina Reis (vocal), Diego Vargas (teclado e synth), Guilherme Cunha (baixo) e Lucas Teixeira (bateria) em novos horizontes musicais, numa busca natural e saudável por diferentes públicos e atenções.

E isso que acaba passando, invariavelmente, por novas experimentações musicais, característica inata da PLUMA e que neste novo trabalho só evidenciou tudo isso.

“O momento da pandemia limitou isso de certa forma, pois ficamos muito mais isolados, mesmo mantendo trocas entre a gente. Eu diria que muito do que veio de novo foi resultado de aprendizados com o primeiro EP e de ouvir e tocar coisas novas”, detalha o baixista Guilherme. “O principal foi a soma de samples e  o trabalho de pós produção, que dessa vez foi bem intenso. Passamos muito tempo com as músicas já no computador, dentro do quarto adicionando efeitos e texturas, isso junto com algumas piras mais de sintetizadores”, ele cita.

O clipe de “Revisitar”, por sua vez, surgiu com uma missão especial: reforçar para público a imagem da banda, que ainda não havia aparecido em nenhum clipe lançado até aqui. Com letra assinada por Pedro Martins (O Grilo) – e que também participa dos vocais da música -, “Revisitar” teve seu clipe gravado no interior do Paraná e mostra a PLUMA em takes mais próximos e distantes, garantindo movimento para uma banda que começa a desabrochar apenas agora para o “mundo real”.

Artista: PLUMA
EP: Revisitar
Ano: 2021
Selo: Selo Rockambole
Gênero: Indie Rock, Dreampop, MPB Indie
Para quem gosta de: Lianne La Havas, Marina Lima, Papisa
Ouça: Atrasado, Passado, Revisitar, Não Há Movimento

FAWNS OF LOVE (Los Angeles, US)

Atenção fãs de New Order e Cocteau Twins, a nostalgia acabou!! O duo FAWNS OF LOVE chegou para acalmar seus coraçõezinhos com aquelas batidinhas a la 80’s e um

Fawns of Love é a cantora Jenny Andreotti e o multi-instrumentista Joseph Andreotti. Seu novo álbum intitulado Innocence of Protection (Kingfisher Bluez, Sunday Records) foi escrito e gravado no estúdio da dupla usando sintetizadores Moog e guitarras Eastwood. O álbum centra-se nos temas da inocência, fragilidade e vulnerabilidade. Ao explicar os temas do álbum, Jenny diz:

“Acho que quando somos crianças usamos o faz de conta como uma saída criativa, mas à medida que envelhecemos, usamos o sonhar acordado como uma ferramenta de proteção quando nos sentimos oprimidos e como uma forma de ter controle sobre algo. Para este álbum, gostei da ideia de recriar a sensação de flutuar para dentro e para fora do devaneio e da realidade.”

Enquanto escreviam as músicas, Jenny e Joseph se inspiraram em Cocteau Twins, The Pastels, Yukihiro Takahashi, Dali’s Car e New Order. A arte e o layout do álbum foram criados por Paul West na Form (Cocteau Twins, Depeche Mode) e a fotografia por Spiros Politis (Cocteau Twins, Nick Cave). O álbum está sendo lançado em vinil pela Kingfisher Bluez e em CD pela Sunday Records. O CD inclui faixas bônus que incluem um remix de Kid Ginseng (Tom Tom Club, Kraftjerkz).

Artista: Fawns of Love
Álbum: Innocence of Protection
Ano: 2021
Selo: Kingfisher Bluez Records + Sunday Records
Gênero: New Wave, Nolstalgic Rock, Indiepop, 80’s
Para quem gosta de: Cocteau Twins, New Order e The Pastels
Ouça: Innocence of Protection, Taboo Daydream, Someday (Robin Guthrie version)

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Playlist: ATALHOS | Eu Sonhei Que Você Voltava.

Essa playlist é atualizada toda semana por Gabriel Soares 🙂 com as bandas e artistas que influenciam a música da ATALHOS. Ela começou bem pequenininha e hoje já passa dos 3.800 ouvintes mensais.

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Últimas Radiações

Sobre qualquer assunto relevante que pintar até eu fechar a coluna.

Isis Broken

novo álbum “Bruxa Cangaceira” (2021, PWR Records)

A cantora rapper travesti sergipana Isis Broken acaba de lançar seu novo álbum “Bruxa Cangaceira” e é um trabalho brutal, incrível e repleto de temas importantíssimos, letras muito consistentes e com uma sagacidade impressionate, onde ela manda o recado de forma contundente e ao mesmo tempo didática, pois explica ao ouvinte – sob o ponto de vista de uma travesti rapper e nordestina – sobre diversas questões da vida cotidiana e problemas pelos quais ela passa na sua vida pessoal também. A história de vida de Isis é um livro à parte, isso merece um texto mais completo e aprofundado, o qual iremos fazer em breve aqui na coluna (ela merece destaque, a música que ela faz merece holofotes grandiosos!), para resumir: o maride dela está grávido de seu primeiro filhe, que está para nascer entre hoje e amanhã… dá para entender? E no meio de tudo isso, ela está gravando um videoclipe e um filme sobre sua história com o maride dela e filhe que eles vão ter. Sacou??? A bicha é braba! Isis Broken é a revolução em Sergipe, ela faz e acontece!

Post-Modern Connection

Nostalgic Remais (video)

Nossos queridinhos canadense Post-Modern Connection voltam com o novo clipe para a canção “Nostalgic Remains”, presente no seu primeiro EP “Clustered Umbrella”, que foi lançado por nosso selo Before Sunrise Records.

Alex Cameron

new video – Sara Jo (2021, Secretly Canadian)

O sensacional artista australiano Alex Cameron volta com um videoclipe superdivertido onde ele aparece de sunga e papetes dançando numa rocha, com o mar ao fundo. O som é aquela pegada meio David Bowie, meio indie moderno, com altas doses de synthpop e o sax cremosino e cheio de sex-appeal que é tocado pelo seu fiel parceiro e colega de banda, Roy Malloy.

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Câmbio, e Desligo!

 

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