10 DJs pioneiros que todo fã de música eletrônica deveria conhecer
Desde 2002, o dia 9 de março se tornou o World DJ Day no calendário internacional. A ideia de criar um dia para celebrar a profissão partiu de duas instituições: a World DJ Fund e a Nordoff Robbins Music Therapy, esta última uma organização inglesa que usa a música para tratamento de adultos e crianças doentes.
O DJ Day agrega vários eventos beneficentes pelo mundo, a agenda de festas e sets online você confere aqui. Deixando um pouco de lado o marketing por trás da data, o Music Non Stop compilou uma lista de nomes fundamentais pra entender a profissão. DJs sem os quais certamente teríamos demorado muito mais para chegar ao cenário de hoje. Vamos a um top 10 de mestres DJs:
Larry Levan (1954-1992) – Ícone do Paradise Garage, em Nova York, o primeiro clube a colocar o DJ em primeiro plano. Levan foi o primeiro a arrasatar multidões a seus sets. Seus fãs se referiam às suas apresentações no Paradise Garage como “missa de sábado”. Em suas apresentações como DJ, Levan foi pioneiro ao incluir sintetizadores e bateria eletrônica.
Derrick May, Juan Atkins e Kevin Saunderson – Conhecidos como The Belleville Three (Belleville era o nome do colégio em que os três estudavam), Saunderson, Atkins e May entraram para a história como fundadores do techno, mais especificamente do techno de Detroit. Individualmente, os três ajudaram a espalhar o nome da cidade de Detroit e sua música com referências afro-futuristas mundo afora. Os três participaram da primeira coletânea de techno, lançada em 1988, Techno – The New Dance Sound of Detroit.
Frankie Knuckles – Integrante do Dance Music Hall of Fame, Knuckles é tido como um dos pais da house music. Nascido em Nova York, ele chegou a fazer dupla com Larry Levan no histórico The Continental Baths, antes de se mudar para Chicago, no final dos anos 70, onde foi ser DJ do clube Warehouse. Pois foi no Warehouse, onde tocou entre 77 e 82, que ele ajudou a batizar o gênero (a música que se ouvia no Warehouse virou então apenas house) e amealhou uma legião de fãs. Depois do Warehouse, Knuckles abriu seu próprio clube (Power Plant) e se jogou na produção musical.
David Mancuso – Um ícone da disco music de Nova York, David Mancuso foi DJ do The Loft e criador do conceito de clube privé. Ele foi um grande lançador de hits na era disco, ajudando a criar o sistema de assinatura de discos exclusivo para DJs. Membro do Dance Music Hall of Fame, Mancuso é importante personagem de livro (Love Saves The Day – A History of American Dance Culture) e filme (Maestro) sobre a história da dance music.
Jeff Mills – Nascido em Detroit, Mills chamou atenção nos anos 80 quando comandava um programa de rádio numa estação local, usando o aka The Wizard. Um dos maiores divulgadores do som detroitiano, Mills foi um dos criadores do coletivo Underground Resistance, até hoje um celeiro de música, arte e ideias em torno do som de Detroit. Seu experimentalismo o levou ao extremo da ousadia, ao conduzir um espetáculo impecável ao lado da Orquestra Filarmônica de Montpellier, parceria registrada no DVD The Blue Potential.
Sven Vath – Provavelmente o DJ mais importante da Alemanha, Vath começou a discotecar em 1982. Seu nome se confunde com a história do trance. O alemão também entrou para a história como um dos mais DJs mais animados do planeta, famoso por longos sets regados a diferentes tipos de combustível.
Fatboy Slim – Pode ser que não seja um dos melhores do mundo, mas entrou nesta lista por ter aproximado multidões da música eletrônica. O inglês Norman Cook já foi baixista de banda de rock, mas foi discotecando que ele encontrou sua verdadeira vocação. Sempre acompanhado de muitos hi-fis, ele mixa de rock a clássicos da música eletrônica, com espaço até pra samba. No Brasil, ele discotecou para 200 mil pessoas, numa praia carioca, em 2004.
Ricardo Lamounier – Ícone absoluto da disco music no Rio de Janeiro. Nascido numa família de músicos, Lamounier começou cedo na noite. Aos 13 estreou como DJ num pequeno clube, o Samba Top. Aos 20, já havia trabalhado com os empresários top da noite carioca da década de 70. Lamounier foi pioneiro em vários aspectos. Foi um dos primeiros DJs a fazer performances na cabine. Durante os sets, usava sempre macacões de lamê e cachecol. Em 1976, fez o primeiro de uma série de cinco discos que lançaria com a marca da discoteca que ajudou a imortalizar, a New York City Discothèque. Naquele ano, então, chegaria às lojas o primeiro disco mixado do Brasil. Em 1978, montou um curso de formação de novos disc-jóqueis, que ministrava em seu próprio apartamento, em Copacabana. Lamounier morreu em fevereiro de 1987, aos 36 anos, em decorrência de um tumor no cérebro.
Grandmaster Flash – Junto como o The Furious Five, o DJ entrou para o Rock and Roll Hall of Fame, tornando-se os primeiros artistas de rap a receber tal honra. Nascido em Barbados, Flash se mudou como a família para Nova York, onde foi viver no Bronx. Estudando os movimentos de DJs mais velhos, como Kool Herc, Flash desenvolveu técnicas de discotecagem como o scratch e o backspin. Não à toa, ele é o host do videogame DJ Hero.
Laurent Garnier – O francês começou a discotecar nos anos 80, em Manchester, no auge da vida noturna da cidade. Seus sets inspiraram bandas como The Stone Roses e Happy Mondays a colocar pitadas de house em seu som. De volta a Paris, ele fundou dois dos mais importantes fomentadores da cena eletrônica na França, o clube Rex e o selo F-Com. Apesar de ter ficado famoso como DJ de techno, Garnier é conhecido por seus longos sets, onde há espaço para os mais diferentes gêneros musicais (de drum’n’bass a Roberto Carlos, ele pode tudo).
PS – Que fique bem claro, esse é o meu top 10, lógico que muitos DJs importantíssimos ficaram de fora. Se quiser, faça a sua lista nos comentários.