Nigeriano bate recorde de DJ set mais longo da história ao tocar por 10 dias sem parar

Claudia Assef
Por Claudia Assef

Se você um dia já suou frio ao ler que o Sven Väth tocou por mais de 12 horas sem parar num clube em Berlim, e pensou: “nossa, como ele fez pra fazer xixi?”, então você vai gostar de ler esta notícia.

No último domingo (10), foi validado o recorde de set mais longo da história realizado pelo DJ nigeriano Obi. O cabra tocou por mais de 229 horas (isso dá quase 10 dias consecutivos), direto do Sao Café em Lagos, capital do país. O recorde anterior era do DJ polonês Norbert Selmaj, que em 2014 havia conseguido tocar no Underground Temple Bar de Dublin por 200 horas.

O set de Obi rolou entre os dias 22 de junho e 1 de julho. Seguindo as regras do Guinness Book, ele podia ter duas horas de descanso por dia, e era monitorado por um time médico e constantemente abastecido com vitaminas. Apesar de todos os cuidados, não foi possível preveni-lo de algumas sérias complicações decorrentes da ausência de sono: “Eu acordava alucinando depois de 4 ou 5 dias e tinha perdido todo o controle do meu corpo… Usei a perda do meu pai como inspiração, sempre pensando que ele estava me assistindo e que ficaria desapontado se eu falhasse”.

DJ-obi

Tá puxado

O Brasil já teve um representante entre os mais guerreiros da cabine. Em 2011, o paulistano Carlos Eduardo Sebastião aka DJ King entrou pro livro Guinness ao bater a marca de 122 horas tocando direto.

Em Laos, o nigeriano DJ Obi tocou com Serato, mas não era permitido que nenhuma música fosse repetida no período de 4 horas. Sua faixa final foi “One Dance“, do Drake. Veja o vídeo gravado durante a maratona pelo canal inglês BBC.

E aí, com que música você encerraria um set de 229 horas?

(Com informações do site Dancing Astronaut)

Claudia Assef

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Autora do único livro escrito no Brasil sobre a história do DJ e da cena eletrônica nacional, a jornalista e DJ Claudia Assef tomou contato com a música de pista ainda criança, por influência dos pais, um casal festeiro que não perdia noitadas nas discotecas que fervilhavam na São Paulo dos anos 70.