DJs e shows gratuitos num clima de domingão no parque? Em Brasília, o festival Picnik faz a alegria de multidões
POR CRAZY CAKE CREW
Há 6 anos, o Picnik chegou como uma nova alternativa para levar cultura, lazer e música eletrônica ao longo de tardes e noites por Brasília. O evento começa cedo, é gratuito e traz música, dança, moda, debates, gastronomia, entretenimento, mercado alternativo e muito mais, tudo orientado à economia local. Apesar de ser uma atração local, o festival já teve passagens por São Paulo (Casa das Caldeiras) e Goiânia (diversos locais).
A preferência por espaços públicos sempre trouxe destaque ao evento. Pela pista de dança, por exemplo, já passaram nomes como Tom Trago Holger, Mel Azul, Márcio Vermelho, Selvagem, Tessuto, Tahira, Renato Cohen, Psilosamples, Bixiga 70 e inúmeros outros nomes.
No aniversário de 58 anos da capital, em abril último, a 30ª edição chegou ao Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek com um espaço democrático, que recebeu da avó ao clubber, do chef de cozinha ao estilista, do atleta ao sommelier. Além do aniversário da cidade, o Picnik também comemorou seu 6º ano com diversão, interação e atividades, sem esquecer das crianças.
Começamos por lá com o bate-papo sobre atuação feminina na produção cultural. Além da participação de Claudia Assef e sua ampla experiência por trás do recente Women’s Music Event, a Cr4zy C4ke Crew recebeu as produtoras locais Alê Capone, Eli Moura, Kaká Bessa e a mediadora Nana Antun com suas bagagens e troca de ideias e métodos para garantir o espaço e o respeito às mulheres nos bastidores – e fora deles. Ao lado, no palco Quadrado Mágico assinado pelo selo Chezz Recs, as bandas locais Udiyana Bandha, Transquarto e SO WHAT receberam os espanhóis da Doctor Explosión. Aliás, o evento já trouxe outras bandas internacionais.
De lá, migramos pra ouvir os DJ sets. DJ Thales já havia se apresentado, Savana girava seus vinis de rap old school e Babi Bressan se preparava para assumir com seu set dançante. Com DJ Pezāo, do coletivo Criolina, o público heterogêneo se rendeu às brasilidades, abrindo caminho para a psicodelia de DJ Tudo ao cair da noite. A pista de dança era central e manteve-se cheia por quase todo o dia. Os DJs Ogunda-O e Weirdo trouxeram a esperada house music e abençoaram a pista para o desfecho caprichado no Chicago house de Claudia Assef, ilustrado pelos lasers projetados na copa das árvores.
Em mais uma edição de linda, o estabelecido Picnik passeou por mais uma paisagem de Brasília, a exemplo do que já fez no Jardim Botânico, Praça dos Cristais e na famosa Torre de TV, além de diversas edições à beira-lago. São 6 anos de esforço para propiciar uma experiência sensorial mais aconchegante e de conexão entre a cidade e o que é feito no Distrito Federal. Num evento onde é possível sentar ou deitar por praticamente todo o espaço sem maiores preocupações, o planejamento e a execução do festival garantiu o sorriso de quase 25 mil pessoas. Que venham os próximos.
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