Mita Festival 2023 Mita 2023 – foto: Bruno Montalvão

MITA Festival no Rio de Janeiro. Saiba como foi a edição carioca do evento

Bruno Montalvão
Por Bruno Montalvão

MITA Festival | Edição Rio de Janeiro

A coluna IndieAmérica foi convidada a cobrir o Festival MITA (Music Is The Answer) no Rio de Janeiro, e nós opinamos sobre como foi a edição carioca e aquecemos sobre o que pode acontecer em São Paulo.

Aconteceu de tudo no Festival, e nós vamos contar tudinho aqui, pelo menos as partes que vimos e achamos interessantes serem mencionadas, porque tiveram alguns shows que Não vimos (porque não quisemos mesmo).

A vastidão do MITA com o palco Deezer ao fundo. Foto por @brainproductions

dia 01: Sábado, 27 de Maio

O dia estava maravilhoso no Rio de Janeiro, o Sol brilhava desde cedo e a tarde prometia muito. Finalmente um festival que aposta nos shows diurnos e acerta em cheio! Pena que o lineup inicial do MITA tinha pouca coisa que nos interessava, o que nos fez chegar lá no Jockey Club por volta das 15h30, já na hora do BadBadNotGood com Artur Verocai. E não me arrependi em nada!

Palco Corcovado estava lotado durante o show do BadBadNotGood com mestre Artur Verocai. Foto por @brainproductions

O show do BadBadNotGood com Artur Verocai atraiu um ótimo público, que se espremia na área destinada ao público normal, mas tinha um vácuo grande na área VIP (a qual só fui acessar no segundo dia), que custava a “bagatela” de R$ 2.000,00 por cabeça. Nada disso atrapalhou o belo show que os norte-americanos fizeram, muito menos seu culto ao Mestre Verocai, o Maestro é muito respeitado pelos BBNG e por uma seleta maioria de músicos e produtores norte-americanos, que valorizam o trabalho impecável do Maestro muito mais do que os brasileiros o fazem. É real que muita gente no Brasil não conhece o trabalho do Verocai e uma grande parcela o acha chato (e velho), ouvi comentários absurdos enquanto caminhava no meio da multidão. Uma lástima, porque o Maestro é genial e sua obra é cultuada (e copiada, leia-se sampleada) mundialmente.

Palco Corcovado durante o show do BadBadNotGood com o mestre Artur Verocai. Foto por @brainproductions

A Beleza do Jockey e a Ocupação feita pelo MITA

Os espaços do Festival estavam muito bem distribuídos no Jockey Club. E que lugar bonito para se fazer um festival. Com a imagem belíssima do Cristo Redentor ao fundo, no palco Corcovado, recebeu os principais shows e um excelente público, ávido por acompanhar seus artistas preferidos. No primeiro dia, era visível a quantidade de “Laners” espalhados pelo espaço, um público bem diverso e colorido, feliz e ansioso pela presença da Lana Del Rey (que voltaria ao palcos aqui no Brasil, depois de 03 anos sem realizar shows).

A beleza do palco Corcovado, com detalhe ao lado esquerdo para o lounge do MITA, dentro do Jockey. Foto por @brainproductions

No caminho entre o Palco Corcovado e o palco Deezer, o público cruzava por um belíssimo lago, decorado pela logo inflável do MITA (foto). Ao redor do espaço haviam tendas de bebibas, uma enorme e diversa área de alimentação, stands de ativação de marcas patrocinadoras do evento como Heineken, Jack Daniels, Mike’s, Redley entre outras. Também visitamos o espaço de Merch dos artistas, mas achamos tudo um pouco caro. Um camiseta normal custava $150 reais, um Hoodie custava $350 reais, discos de vinil custavm em média $200 reais (talvez o mais acessível, em termo de valor).

Público se diverte e registra os belíssimos espaços do Jockey Club durante o MITA. Foto por @brainproductions

As bebidas variavam de preço. As cervejas custavam entre $18 reais e $22 reais. Os drinks em média custavam $ 40 reais. Confesso que não bebi e nem comi nada durante o festival, me satisfizei em tomar umas águas que estavam na Sala de Imprensa e um pouco de café, nada mais. Talvez tenha sido o Festival mais clean ao qual já fui, pelo menos para mim.

Os drinks custavam $40 reais. Foto por @brainproductions

O Espaço era enorme, e mesmo com um bom público (não estava lotado, mas tinha um ótimo público), dava para circular tranquilamente pelo festival… E as pessoas circulavam mesmo, aproveitando cada detalhe: um stand de tatuagem foi um dos lugares onde sempre vi bastante gente, as ativações de marca com premiações para o público também atraíram filas enormes. O público parecia estar se divertindo bastante. O Dia estava mesmo lindo, o Sol estava forte, mas não castigante, o que ajudou bastante para que o MITA se destacasse por sua ótima ocupação.

ativação da Heineken trouxe algumas atrações extra ao MITA. Foto por @brainproductions

JORGE BEN JOR e seu show cortado 

Melhor show do dia 01 do MITA disparado e sem sombra de dúvidas. O grande Mestre Mago Superior JORGE BEN estava afiado e afinado, que showzão que ele apresentou no MITA, mas não foi só louros tá? Teve momentos complicados também, fica aqui porque vamos contar tudo.

A parada começou meio que abruptamente, os músicos – todos de branco – ainda estavam no palco, ajustando seus instrumentos enquanto o público que migrava do palco onde o BadBadNotGood havia acabado de tocar ainda estava chegando. Todos saíram, rapidamente, e o palco ficou vazio por alguns instantes.

Do nada, o telão começou a exibir uma mensagem escrita: “Salve Jorge”. E mais do nada ainda, a banda foi entrando e se posicionando, enquanto empunhava os instrumentos e começava a tocar a introdução do show. Só faltava o homem! E ele chegou, empunhando sua guitarra, também todo vestido de branco, com seu indefectível óculos escuro e abriu o show com “Salve Jorge”.

O inigualável Jorge BenJor e sua banda maravilhosa, toda de branco. Foto por @brainproductions

O que vimos depois disso foi uma chuva de hits, revisitando os melhores momentos da carreira do Mestre Ben Jor. E não faltou quase nada… ele realmente emendou um hit atrás do outro e muitas músicas vieram em formato medley, mesclando 03 ou 04 músicas numa música só (isso é um medley!).

Ele começou a apresentação com “Salve Jorge”, e emendou com “A Banda do Zé Pretinho”, depois veio o primeiro medley da tarde, com a fusão deliciosa de “Santa Clara” + “Minha Menina” + “Zaueira”. Depois veio outro medley com “Que Maravilha” + “Magnólia” + “Ivy Brussel”. Só até aqui já teria dado para ser feliz umas mil vezes com esse show, mas estamos falando de Jorge Ben e sabemos que o Mestre sempre tem cartas na manga, seu repertório é absurdamente extenso e repleto de hits. Quem conhece Jorge Benjor, sabe que ele não ensaia seus shows, que é tudo na base do improviso e que cada apresentação é diferente, tudo pode acontecer. E aconteceu… Ele mandou uma Jam com sua banda, bem groovada e na sequência emendou com “Quero Toda Noite”.

Daí vieram mais hits com “Chove Chuva”, “País tropical”, “Spyro Gira”, “Do Leme ao Pontal”… e do álbum Tábua de Esmeraldas ele sacou a deliciosa “Zumbi” e emendou com “Bete Vamos Embora” e “Charles Anjo 45”. Depois atacou de “Mas Que Nada”, e quando ia fechar o show com a clássica “Umabarauma”, o telão do palco dele começou a exibir imagens do show do FLUME – que estava começando no Palco Corcovado – e o som do palco Deezer foi cortado abruptamente. E Jorge Ben Jor não pode finalizar seu show e nem se despedir do público adequadamente.

Jorge Ben Jor e seu show perfeito do começo ao fim. Foto por @brainproductions

Achei isso um desrespeito absurdo, fiquei tão decepcionado que resolvi ir embora do Festival naquele exato momento e não fui prestigir o tal do FLUME, que ousadia… quem é esse cara para cortar o show do Jorge Ben Jor?? Bom, nem quero saber!

Os demais shows da noite, acabei assistindo pela TV, o que foi uma ótima escolha por sinal.

O show celebração e a roda punk do Planet Hemp

O Planet Hemp tocou em casa e foi para a galera! O show celebrou o sucesso do seu novo álbum “Jardineiros”, o primeiro depois de 20 anos de hiato sem lançar nenhum álbum oficial, e ainda contou com a participação especial do Tropikillaz, projeto do DJ Zé Gonzalez (que foi membro do Planet Hemp durante muitos anos).

Abaixo o set list do show do Planet Hemp:

01. Distopia (feat Criolo)
02. Taca Fogo
03. Dig Dig Hempa
04. 100% HardCore
05. Deixa A Gira Girar
06. DeisDasSeis
07. Contexto
08. AINDA
09. Jardineiro
10. ZeroVinteUm
11. Hip Hop Rio
12. Cadê o Isqueiro
13. ???
14. Samba Makossa
15. A Culpa é de Quem?
16. Mantenha O Respeito

A chatice interminável de Lana del Rey e sua tentativa de Mega-Show coreografado

Marcado para ser o show da volta da cantora Lana Del Rey aos palcos, depois da paralização imposta pela Covid-19, a apresentação da musa melancólica estava cercada de expectativas e cuidados. O lugar estava abarrotado de gente esperando pela apresentação dela, os gritos eram esperados. Vi no Multishow, que os apresentadores se revezavam para jogar confetes e rasgar sedas e mais sedas para a artista, a babação com gringo de sempre, aquela coisa “fofa” que embrulha qualquer estômago.

Sem uma explicação muito clara, ela atrasou sua entrada ao palco cerca de 30 minutos, e o público ia se espremendo ansioso por sua chegada. A hora enfim chegou.

Lana Del Rey tem um show correto, mas insuportavelmente lento e por muitas vezes chato. A apresentação começou com ela entrando no palco vestida de Marilyn Monroe, ostentando um vestido preto e uma peruca loira.

Lana, de peruca Loira, fazendo sua versão Marylin Monroe.

Depois ela trocou de roupa, investindo num vestidinho bem garotinha (apenas de ter 37 anos já), e foi dai em diante que ela destilou seus sucessos em sequência e mesclou com algumas músicas novas, do álbum mais recente “Did You Know That There’s a Tunnel Under Ocean Blvd”,  lançado em Março de 2023.

Setlist do show principal da noite: LANA DEL REY

  1. Nature Boy
    (Nat King Cole song) (Intro — “Deus te abençoe… more )
  2. (debutando ao vivo — versão curta)
  3. (Primeira vez tocada completamente desde 2016)
  4. Bartender
    (Instrumental interlude —… more )
  5. (Extended outro)
  6. (debutando ao vivo — versão curta)
  7. (debutando ao vivo — versão curta)
  8. (Not broadcasted)
  9. (estendido com vocais de ponte)
  10. Ride Monologue
    (Imagens compiladas de vários videoclipes)
  11. (Encurtada — Novos vocais durante os pré-refrões)
  12. (Encurtada)
  13. (introdução estendida)
  14. (Encurtada)
  15. (Encurtada)
  16. Ultraviolence
    (Video interlude)
  17. (Extended intro & band… more )
  18. (Estreia ao vivo — introdução estendida e finalização)
  19. Did You Know That There’s a Tunnel Under Ocean Blvd(debutando ao vivo — versão curta)

dia 02: Domingo, 28 de Maio

O segundo dia do MITA prometia mais do que o primeiro, porque eu queria muito ver o show do THE MARS VOLTA, tinha visto o At The Drive-In em 2018, em Austin, e me faltava o show dos Volta para completar a saga. Assim como no primeiro dia, optei por chegar apenas nas horas dos shows que realmente me interessavam: HAIM e The Mars Volta. E vi pela TV um pouco do show da musa teen Sabrina Carpenter, que achei bem chatinho.

E o show do SCRACHO, esse sim, insuportavelmente chato, burocrático e enfadonho. Parecia mais uma carteirada do Multishow do que um show de uma banda, assassinaram todos os covers que fizeram, visto que o repertório deles era bem fraco mesmo. Convidaram o Baía para tocar junto dois temas o que deixou o show mais chato ainda, com todo respeito a quem curte, eu acho terrível que com tantas bandas boas e novas no Brasil precisando de uma oportunidade num festival como esse, resolvem dar espaço para uma banda praticamente aposentada, numa tentativa clara de ressuscitar o “mais do mesmo”, coisa típica do Brasil.

Chegando no Jockey, passei rapidamente pela sala de imprensa, peguei uma água e fui dar uma volta pelos espaços do Festival, analisando a estrutura que eles montaram. Enquanto caminhava para o palco Corcovado, para me posicionar para o show das HAIM, encontrei meu amigo Márcio Custódio (um dos proprietários da loja de discos Locomotiva, de São Paulo, e sua graciosa namorada), conversamos um pouco no bar e depois caminhamos até a área VIP do palco principal. Vi o show de lá e foi legal, bem melhor do que ficar no meio da multidão apertada atrás da segunda fase do público, atrás da grade que separava a pista VIP da comum.

O show bonitinho das irmãs HAIM

Abriram o show com o BG de Ilariê, da Xuxa, cantada em espanhol. E o público foi ao delírio e cantou junto, mesmo sem entender porque elas escolheram a versão em espanhol e não em português.

Postadas na frente do palco, as três irmãs revezavam instrumentos e faziam os fãs enlouquecerem, a banda que as acompanhava era correta e executava as canções super bem, elas também tocam muito bem (se revezando nos instrumentos).

Falaram que os Pais delas tinham viajado especialmente para ver o show no Rio. O que tornava a tarde, quase noite ainda mais especial para elas. Visivelmente emocionadas as irmãs HAIM destilaram seus sucessos enquanto interagiam com os fãs. Falaram do sonho de tocar no Brasil, que amavam o Rio, e a Xuxa… Foi nessa hora que a Este Haim falou do sonho dela, de tocar no Brasil e de conhecer a Xuxa e puxaram o coro do público outra vez, que cantou Ilariê em altíssimo coro, junto com elas.

A baixista Este Haim ainda perguntou ao público para onde deveria sair depois do show, se pro Comuna ou Bukovski, e o público respondeu empolgado: Lapa, Lapa, Lapa!!!

Depois ela desceu do palco e foi cantar “3AM” perto da galera, beijou os fãs no rosto, ganhou um óculos vermelho de uma fã e uma camisa da Xuxa de outra…

Empolgada demais, foi repreendida pela irmã Alana para que tocassem mais temas, pois estavam conversando muito… e tocaram!!

Detalhe do telão que ficava no palco com o nome da banda HAIM. Foto por @brainproductions

Depois de mais 02 sucessos “Gasoline” e “Don’t Wanna”, convidaram o saxofonista Michael para a frente do palco e ele solou um pouco. Depois tocaram “Summer Girl”.

Abaixo o set list completo do show das HAIM:

  1. BG de Ilariê (da Xuxa, em espanhol)
  2. Now I’m in It
  3. Don’t Save Me
  4. I Know Alone
  5. My Song
  6. Ilariê (Mais uma vez, com coro do público presente)
  7. Want You Back
  8. 3AM
  9. I’ve Been Down
  10. Gasoline
  11. Don’t Wanna
  12. Summer Girl
  13. Foverer
  14. The Wire
  15. The Steps

bonita iluminação durante Summer Girl. Foto por @brainproductions

Ainda tocaram “Forever”, “The Wire” e “The Steps”, mas não vi a última música completa, porque preferi ir me deslocando para o Palco Deezer onde o show que eu mais esperava estava marcado para começar. Estava ali por eles: THE MARS VOLTA!

O show poderoso do THE MARS VOLTA

Chegando no palco Deezer, tentei entrar na área VIP mais uma vez, mas fui barrado por uma segurança. Até curti, porque isso me deu a chance de encontrar meu amigo Bernardo Pauleira (que é A&R da Warner Music) e mais um amigo dele e curtimos o show juntos, assim pude conversar um pouco e comentar os temas do The Mars Volta.

O palco estava lindo, a bandeira de Porto Rico em preto e branco depositada em cima do amplificador de guitarra do Omar Rodriguez-Lopez. O show começou pontualmente no horário previsto, e vimos logo a figura do Cedric Bixler-Zavala com seu terninho preto, suas danças bem no estilo James Brown e o cabelo a la Rob Tyner, do MC5.

Showzaço do The Mars Volta.

O que dizer daquele show, senão potente, alto e fuegoooo!!! Cedric dançava sem parar, já abriu o show com Roullete Dares, levando o público ao delírio logo de cara. E emplacou sucessos seguidos, músicas longas e que estavam conectadas umas nas outras… Foi um set de 60 minutos perfeitamente encaixado do começo ao fim.

Set List THE MARS VOLTA:

  • Roulette Dares (The Haunt Of)
  • L’Via L’Viaquez.
  • Graveyard Love.
  • Drunkship of Lanterns.
  • The Widow.
  • Cicatriz ESP.
  • Son et lumiere.
  • Inertiatic ESP.

Quando o show do The Mars Volta acabou, senti que minha missão estava cumprida já e não fiquei para ver o show da Florence and The Machine, nem tampouco o assisti pela TV. Então, não posso comentar sobre como foi, mas houvi relatos de que os fãs curtiram bastante. Mais uma vez, não é meu tipo de som, não era um tipo de show que eu pagaria para ver, nem me animaria para ir. Porém, entendo quem curte e acho honesto o que ela faz. Só Não é minha praia, e tenho direito de Não ficar para ver… ainda mais porque estava bem cansado depois do showzaço do The Mars Volta.

Pós-MITA

O Festival não acabou no domingo, ao que parece, e a festa continuou essa semana inteira no Rio de Janeiro, com parte dos artistas se divertindo bastante pela Cidade Maravilhosa. Como podemos ver abaixo nos rolês aleatórios das HAIM (que foram conhecer a Xuxa) e Lana Del Rey (que foi até ser benzida numa igreja).

As irmãs HAIM se acabam no Samba e conheceram a XUXA!

As irmãs HAIM caíram no samba da Portela nessa quarta-feira (31/06). Junto com os pais, Este, Danielle e Alana visitaram a quadra da azul e branco, ensaiaram alguns passos de samba e se aventuraram nos instrumentos juntas com os ritmistas e passistas. Ao final da visita, elas registraram o momento… a banda toda estava lá.

as irmãs HAIM se divertem na Portela com seus Pais e a banda. Foto: Carla Carvalho

O encontro com a XUXA

Durante o show das HAIM, todos que estavam lá e também os que assistiram o show pela TV, puderam presenciar a louvação de amor que a Este Haim fez para a nossa Rainha dos Baixinhos, a XUXA. E não é que isso sensibilizou a XUXA e ela recebeu as meninas na casa dela para um jantar?

Sim, o encontro aconteceu – ao que parece – na noite de quarta-feira. Imagino que momento delicioso que foi esse para as meninas do HAIM. Realizar um sonho é sempre algo muito especial, e confesso também que quase chorei com essa bonita homenagem que eles fizeram para a nossa XUXA.

XUXA e as HAIM. Foto: perfil da Xuxa Meneghel.

Bola Fora da turma da Lana Del Rey, que foi se benzer na Igreja.

Já o Will Whitney, técnico de backline e bateria dos shows de Lana Del Rey protagonizou um momento triste e polêmico, ao generalizar os brasileiros de forma absurdamente pejorativa, depois de ter seu celular roubado no trânsito do Rio de Janeiro. Aparentemente isso aconteceu nas ruas da Cidade Maravilhosa, e as circunstâncias do que aconteceu não estão devidamente claras, mas o fato é que roubaram o celular do cara e que ele ficou muito puto com isso, tanto que escreveu a barbaridade abaixo:

“Acabei de ter o meu iPhone roubado da minha mão por um pedaço de merda numa moto. Foda-se este país inteiro. Eles não merecem música ao vivo. Mal posso esperar para ir para casa”. #FuckBrasil #TotalShitHole #GarbageHumans

Traduzindo as hastags, ele quis dizer: “Foda-se Brasil”, “Buraco de Merda Total”e “Lixos Humanos”.

É óbvio que os brasileiros ofendidos não deixaram por menos e lotaram a caixa de mensagens do rapaz de “elogios”, poucos foram solidários com a perda do celular do técnico de som, a grande maioria preferiu homenagear o rapaz com comentários similares aos dele. Teve um que me fez rir, quando uma pessoa se referiu ao país de origem da vítima como “Tiroteios Unidos”.

Enfim, comentários como esse denigrem demais a já desgastada tradição folclórica dos gringos que vem ao Brasil ganhando fortunas e nada deixam por aqui, a não ser comentários xenófobos desse tipo. Espero que a artista o tenha lhe dando algum tipo de corretivo, ao menos um desconto no cachet.

Tanto que, a Lana Del Rey acabou indo tomar um passe numa igreja católica no Rio de Janeiro, transformando o momento num dos rolês mais aleatórios da passagem dela pelo Brasil. Gente como a gente, a cantora Lana Del Rey, de 37 anos, aproveitou sua passagem pelo Rio de Janeiro, onde participou do Mita RJ, para fazer conhecer o principal ponto turístico da cidade maravilhosa, o Cristo Redentor. Depois, a cantora ainda foi vista visitando uma igreja católica.

Rolê aleatório, Lana sendo benzida numa Igreja do Rio. Reprodução/ Twitter @lanabrasil

NOTA do MITA: 7,8

Bruno Montalvão

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Carlo Bruno Montalvão gosta de gatos, acredita em ETs e até se considera um deles, adora cozinhar, e "sofre" pelo Lakers e Flamengo. Montalvão também é manager, booker e produtor cultural com +25 anos de experiência e trabalhos realizados na Indústria Musical. Já realizou turnês por todo o Brasil, e também Estados Unidos, Marrocos, Canadá, México, Argentina, Espanha, Chile, Itália, Suíça, França, Reino Unido, Dinamarca, Suécia, Áustria, República Tcheca, Alemanha, País de Gales, Gibraltar, e deu palestras no SXSW, Pop Montreal, Path Festival e diversos outros Festivais. Trabalhou com artistas como Mac DeMarco (CA), Acid Mothers Temple (JP), The Brian Jonestown Massacre (US), Alice Glass (CA), Franc Moody (UK), Sebadoh (US), Jonathan Richman (US), Allah Las (US), The Helio Sequence (US), El Mató A Un Policía Motorizado (AR), Vanguart (BR), entre outros. Atualmente comanda a Brain Productions Booking, o selo indie Before Sunrise Records e apresenta o programa de radio IndieAmerica, na Mutante Radio. #FreePalestine #IndieAmerica