Clarrisa Dane e Mariah Carey Clarissa Dane (à esquerda) e Mariah Carey, na época em que dividam apartamento – foto: reprodução Twitter

Mariah Carey revela que vai, sim, relançar seu álbum secreto de rock, gravado em 1995

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Cantora se sentia oprimida enquanto estourava como diva pop, e manteve uma banda secreta de rock alternativo com a amiga Clarissa Dane

Em seu livro de memórias “The Meaning Of Mariah Carey”, a diva pop revelou que gravou secretamente, em 1995, um livro de grunge rock, ao mesmo tempo que explodia com o álbum pop “Daydream”. Na época, a artista andava em cantada com a música feita em Seattle e compôs no estilo para “se sentir livre”.

O disco chegou a ser lançado nos anos 90, com o nome de uma banda inventada chamada Chick, e se chama Someone’s Ugly Daughter.  No original, o nome de Mariah está oculto e ela participa somente de alguns backing vocals na gravação.

Em entrevista a um podcast da Rolling Stone americana, a cantora contou encontrou gravações das músicas onde ela fazia o vocal principal. Com isso, pretende lançar as novas versões em um álbum em breve. Além disso, Carey pretende refazer algumas faixas com “um artista convidado”, sem especificar quem.

“Eu me sentia presa naquela época” – disse Mariah – “e aquele projeto paralelo era uma forma de me sentir livre”. A cantora revelou ter se inspirado em bandas como Hole, Green Day e L7 para compor as músicas. No disco, explorou elementos do underground impossíveis em sua carreira pop de então, como letras mais ácidas e arranjos crus. Até a capa do disco foi desenhada pela propria Carey, no melhor esquema “do it yourself”, grande mandamento punk.

Os vocais principais da primeira gravação da Chick eram de Clarissa Dane, a “cara” do projeto, como vemos no videoclipe da música Demented, lançada para promover o álbum. Dane dividia apartamento com Carey desde 1987, antes da fama.

 

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.

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