Linkin Park Hybrid Theory Foto: James Minchin/Reprodução

Como o disco de estreia do Linkin Park foi divisor de águas do nu metal

Vitória Zane
Por Vitória Zane

Há 25 anos, o grupo liderado por Chester Bennington e Mike Shinoda lançava seu primeiro álbum de estúdio — o clássico Hybrid Theory

Há 25 anos, exatamente no dia 24 de outubro de 2000, surgia um dos álbuns mais marcantes do nu metal. Hybrid Theory, do Linkin Park, conta com 12 faixas que influenciaram massivamente a nova faceta do metal, que unia elementos do hip-hop e da música eletrônica.

Um dos discos de rock mais vendidos do século 21, foi indicado como “Melhor Álbum de Rock” na 44ª edição do Grammy, e levou o prêmio “Melhor Performance de Hard Rock” com Crawling.

Além disso, In The End é a música que a banda mais tocou ao vivo e a mais reproduzida de toda a discografia do grupo no Spotify, passando dos 2,8 bilhões de streams (o pódio ainda é composto por One Step Closer e Papercut). Já o Top 10 das mais escutadas do LP na plataforma ainda conta com outras duas de Hybrid Theory: One Step Closer e Crawling.

Chegando a receber o certificado de diamante nos Estados Unidos em 2005, atualmente Hybrid Theory já vendeu mais de 27 milhões de cópias. O disco também tornou-se influência para inúmeras bandas que surgiram posteriormente, como Bring Me The Horizon, além de levar o nu metal a outros patamares quando falamos de cenário mainstream, popularizando o subgênero e dividindo as paradas com ícones fora do rock e metal.

Linkin Park
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Condizente com seu nome, o Linkin Park tornou a hibridez sonora a sua maior característica. Além das guitarras, é claro, a obra que catapultou a carreira da banda é carregada de vocais potentes de Chester Bennington, que ora seguem melódicos e ora pulsam agressivamente, além dos versos rápidos do flow de Mike Shinoda, que trazia a pegada do rap para as produções. Com direito a mixagens e scratches do DJ Joe Hahn, as faixas ainda traziam sintetizadores e piano.

Mas não foi fácil no começo. Essa mesma estética que conquistou o público era motivo de pressão da Warner Bros. Records, que preferia um som mais acessível e que fosse mais parecido com outras bandas. O produtor Don Gilmore fez com que, por exemplo, as canetadas de Bennington e Shinoda tivessem que ser reescritas várias vezes, e que os músicos gravassem vários takes dos mesmos trechos. No entanto, a posição do Linkin Park de lutar pela sonoridade que criaram fez com que a banda entregasse o álbum que realmente queria. E deu certo.

Essa mistura ganhou palcos de festivais pelo mundo todo. Mas mais que isso: tornou-se a trilha sonora da adolescência dos millenials, composta de pessoas com perfil curioso, inovador, criativo e que não têm medo de se expressar. Tudo a ver com a sonoridade e as letras da banda, que exteriorizam situações e problemas vividos pela maioria.

A banda ainda mantém pelo menos cinco faixas de Hybrid Theory nos setlists atuais. E depois de dois shows com ingressos esgotados em minutos em 2024, Linkin Park retorna ao Brasil para shows em 2025. O grupo traz a “From Zero World Tour” para Curitiba (05/11), São Paulo (08/11) e Brasília (11/11), contando com Emily Armstrong nos vocais.

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Vitória Zane

Jornalista curiosa que ama escrever, conhecer histórias, descobrir festivais e ouvir música.