Giu e Chebel are not sorry

Giu Viscardi, da dupla Sorry, estreia festa de disco music. Fizemos um troca-troca com as fofas

Claudia Assef
Por Claudia Assef
Giu e Chebel are not sorry

Giu e Chebel are not sorry

As amigues Giuliana Viscardi e Renata Chebel, respectivamente publicitária e fotógrafa, um belo dia em 2010 se viram tocando, meio que por acaso, numa festa no Bar Secreto. Aquele primeiro back-to-back foi tão legal que elas resolveram formar uma dupla de DJs. Nascia a Sorry, aka das duas festeiras quando assumem a cabine de som.

Daí que em 2012, as meninas criaram a festa Soul Sorry, que, como bem diz o nome, investia em… soul! Mas não só. New disco, house, indie, rock, hip hop e até mesmo música brasileira é o que costuma aparecer no set das meninas,  que começaram tocando no Caos, na Augusta, e migraram para o bar Mandíbula, onde a festa rola mensalmente até hoje.

12240361_10153203030918016_57742921547530649_o

Na próxima sexta (19), elas tocam na nova Blame It On The Boogie, festa que vai rolar mensalmente no Pan Am, comandada por Giu. Esta primeira edição tem no line-up, além delas, a dupla da festa Discology (aka esta que vos escreve e Camilo Rocha), além do DJ Nepal e Carolina Nogueira.

A nova festa é mais focada em disco music e outros gêneros que fizeram e fazem os quadris requebrarem na pista: funk, house, nu disco, balearic, brasilidades, ítalo, space disco e o que mais der na telha. Já pensando no maiô e nos patins que usará na festa, esta escriba pediu às meninas que fizessem um troca-troca… de perguntas sobre músicas prediletas, bons drinks e até sexo na pista! Preparar… já.

Giuliana Viscardi – Quando você passou a assumir: OK, SOU DJ?

Renata Chebel – Ué, mas eu já assumi isso? RYSOS. SRY. Mas agora sério: me considero mais como seletora do que DJ, mas acho que foi em algum momento quando eu vi uma pista inteira dançando, lá no Secreto. Acho que nos idos de 2011… Agora a minha pergunta: tem alguma música que você sempre tem vontade de tocar, mas fica com medo de rolar um Moisés, tipo causar um êxodo da pista?

Giuliana Viscardi – SEMPRE. Várias. Por isso me identifiquei tanto quando saiu a coletânea Too Slow to Disco. Sempre rola isso com Lotta Love, da Nicolette Larson.

Giuliana Viscardi – Bom, a melhor vez é fácil, mas qual foi a discotecagem mais exótica da sua vida?

Renata Chebel – Tava lembrando daquela época em que a gente tinha residência no bar Squat e rolou uma festa da embaixada da Bulgária e eu tive que pesquisar hits búlgaros pra tocar.

Giuliana Viscardi – Hahahahahaha, lembro. Definitivamente: exótico.

Renata Chebel – Quem você gostaria que tocasse uma pra você (risos)?

Giuliana Viscardi – LARRY LEVAN, toca uma pra mim, por favor. Sonho. Se você pudesse ter acesso ao pen-drive de um DJ, qual seria?

Renata Chebel – Ui, essa pergunta é difícil. Como eu sei sua resposta e concordo com ela (Todd Terje), vou mandar outro: Justin Carter & Eamon Harkin, da Mister Sunday e Mister Saturday Night. As festas deles são as melhores pistas. Pistas em que se faz amigos dançando <3. E qual a festa que você sonha em tocar?

Justin Carter & Eamon Harkin comprando discos

Giuliana Viscardi – Você acabou de falar. Na verdade acho que é a festa que mais sonho em ir e em tocar. A festa que mais acompanho de longe.

Renata Chebel – Eu pensava sempre em você!

Giuliana Viscardi – O que você acha do famoso POSSO PEDIR UMA MÚSICA?

Renata Chebel – Deu vontade de mandar um gif no estilo “como eu me sinto quando” kkkk.

Giuliana Viscardi – MANDA!

Renata Chebel – Eu já pedi música pra DJ. Já pediram música pra mim. Se a música tem a ver com o meu set, acho até okay na real, tipo, dá uma ideia, uma inspiração. Mas sabe quando isso já me aconteceu? Nunca. Sempre quem vem pedir música pra mim pede umas coisas nada a ver, na maior falta de noção. Ok, minha próxima pergunta: você toca melhor quando tá bêbada?

Giuliana Viscardi – MUITO melhor. A pista está bêbada. Sorry. Se a gente acabar não bebendo NADA é complicado entrar na mesma sintonia deles, que querem dançar até o chão enquanto a cabine fica numas de conceito. E é por isso que pergunto: qual a média de drinks em uma discotecagem?

12622219_866302506822285_600605998223962861_o

Renata Chebel – Juro por Deus que eu nem conto. Uns 4 ou 9 rs. Depende do dia, da pista, da comanda. Mas ao menos uns três, vai. Agora a minha última: já teve gente transando na sua pista? Se sim, o que você tava tocando?

Giuliana Viscardi – HAHAHHAAHAHAHAHAHA. Infelizmente, não que eu saiba ou me lembre, mas sempre penso nisso. Em tocar músicas que inspirem as pessoas a se misturarem um pouco mais.

Renata Chebel – Então qual seria a música que você mandaria?

Giuliana ViscardiDown in Mexico costuma ajudar bastante.

Renata Chebel – And we rest our case.

12647023_10153913553664282_6876154321629247465_n

BLAME IT ON THE BOOGIE

Quando: Sexta, 19/2, a partir das 23h59
Pan Am (Alameda Campinas, 150, Jardins, São Paulo, tel. 11 3111-6330)
Preços – Com nome na lista: R$ 30 de entrada ou R$ 60 de consumação.
Na porta sem lista: R$ 40 de entrada ou R$ 80 de consumação.
Lista: festablameitontheboogie@gmail.com
DJs: Giuliana Viscardi, Renata Chebel, Claudia Assef, Camilo Rocha, Nepal e Carolina Nogueira

Claudia Assef

https://www.musicnonstop.com.br

Autora do único livro escrito no Brasil sobre a história do DJ e da cena eletrônica nacional, a jornalista e DJ Claudia Assef tomou contato com a música de pista ainda criança, por influência dos pais, um casal festeiro que não perdia noitadas nas discotecas que fervilhavam na São Paulo dos anos 70.

× Curta Music Non Stop no Facebook