Foto: nrd (via Unsplash)Jovens querem menos sexo na TV e nos filmes, aponta estudo
Chamada Screens & Teens, pesquisa foi conduzida pela Universidade da Califórnia em Los Angeles
Aparentemente, os jovens não estão querendo muito saber de sexo nas telinhas. Conforme apontado pelo Indie Wire, um novo estudo descobriu que a turma da geração Z (nascidos entre 1997 e 2012) “prefere histórias que enfatizem relacionamentos platônicos em vez de conteúdo sexual”.
Desenvolvida pelo Center For Schoolars & Storytellers da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles), a pesquisa, chamada Teens and Screens (algo como Adolescentes e Telas), concluiu que adolescentes e adultos jovens preferem ver séries e filmes com as quais se identifiquem mais, o que inclui menos romance e sexo. 1.500 pessoas de 10 a 24 anos foram ouvidas, sendo que somente a partir dos 13 anos, elas foram perguntadas sobre conteúdo íntimo.
“48% dos adolescentes acham que ‘sexo e conteúdo sexual não é necessário para a trama da maioria dos filmes e programas de TV’, com 51,5% preferindo ver mais conteúdo focado em amizades ou relacionamentos platônicos”, diz a reportagem.
Fundadora do Center for Schoolars & Storytellers e coautora do estudo, a Dra. Yalda T. Uhls declarou:
— Embora seja verdade que adolescentes queiram menos sexo na TV e no cinema, o que a pesquisa está realmente dizendo é que eles querem assistir a conteúdo com diferentes tipos de relacionamentos. Nós sabemos que os jovens estão sofrendo uma epidemia de solidão e procuram moldar a arte que consomem. Enquanto alguns storytellers usam sexo e romance como um atalho para a conexão entre personagens, é importante para Hollywood reconhecer que adolescentes querem histórias reflitam o espectro completo de relacionamentos.
Uhls ainda teria apontado para “o fato científico de que o jovem moderno está fazendo menos sexo do que os seus pais faziam na idade deles, e muitos preferem permanecer solteiros”.
Outra declaração relevante trazida pelo Indie Wire é a da gerente de engajamento juvenil do CSS, Stephanie Rivas-Lara, que também conduziu a pesquisa.
— Como membro da geração Z, eu não me surpreendi com o que vimos neste ano. Tem havido um amplo discurso entre os jovens sobre o sentido de comunidade após a covid-19 e o isolamento que veio com ela. Os adolescentes veem a mídia como um “terceiro lugar” onde eles podem se conectar e ter um senso de pertencimento. E com manchetes assustadoras sobre aquecimento global, pandemia e desestabilização global, faz sentido que eles gravitem em torno do que é mais familiar nesses espaços.
Você pode conferir Teens and Screens na íntegra aqui.
