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Fotografia e Arte Visual: Celante, criador das Máscaras Impermanentes, indica cinco artistas indispensáveis para entender suas referências.

Alessandro Celante (48), artista visual com enfoque na fotografia, testemunha atualmente o amadurecimento do que até agora é sua maior obra, a exposição Máscaras Impermanentes.  Com este trabalho, Celante desbravou a América mostrando seus painéis em cidades como Cuba, Cidade do México, Montevideo, Barcelona, alem de Avignon  e Nova Iorque, sem contar as temporadas por todo o país.

Segundo o próprio autor, a experimentação “consiste dentre outras coisas, na construção de máscaras mortuárias de pessoas vivas, se efetiva na colocação do espectador em contato com a representação da morte e faz um contraponto ao papel da fotografia e sua falsa noção de objetividade. A afirmação e a presentificação da vida nessa obra, se dá pela experiência sensorial com a fotografia de uma forma expandida, tanto em seu processo de captação quanto nas diferentes adaptações e ações expositivas”.

O Music Non Stop pediu a Celante, que atualmente trabalha em seu novo projeto Furyo, que apontasse cinco artistas indispensáveis para quem quer se aprofundar nas artes visuais e na fotografia:

A exposição Máscaras Impermanentes, de Celante, já viajou o mundo.

Se eu tentasse elencar todos os artistas de todos os tempos pelos quais eu tive mais que apreço, mas que de uma forma ou de outra fizeram parte da minha formação e da construção do meu senso estético, a lista seria óbvia e interminável, e um tanto quanto entediante. Dessa forma os artistas clássicos e modernos já estão arraigados no meu processo de construção e de criação. Como negar a prospectiva política de Piero de la Francesca? Ou a potência de ruptura de um Marcel Duchamp? Ou ainda o experimentalismo lancinante de Man Ray? Isso sem mencionar que as referências e inspirações que mais me alimentam não veem exclusivamente das artes visuais. Isto posto, resolvi escolher cinco artistas contemporâneos, vivos e atuantes que me influenciaram e ainda me inspiram dentro do contexto das artes visuais.

1- Bill Viola (EUA)

Acompanho o trabalho desse vídeo artista já há muito tempo e mais que inspirador, seu trabalho sempre me valeu como um ponto de ruptura e confluência ao mesmo tempo, entre a fotografia e vídeo. Quando os vejo, e vale para qualquer obra desse artista, me dispo de qualquer orientação de onde começa uma linguagem e termina a outra. A mim me deu a possibilidade do vídeo

www.billviola.com

2- Rosangela Rennó (Brasil)

Ainda me vislumbro não apenas pelo trabalho conciso e incisivo de Rosangela Rennó, resultado de exaustivas pesquisas para culminar em obras, sempre em expansão, mas pelo pela beleza de se trabalhar fotografia sem necessariamente ter que fotografar. Tive o prazer e privilégio de expor certa vez no México com essa incrível e necessária artista. A mim me deu a possibilidade dos arquivos.

http://www.rosangelarenno.com.br

3- Paolo Gioli (Itália)

Inquietante, intenso e transgressor, o que me aproximou desse artista foi sua proposta de utilizar seu próprio corpo como um dispositivo fotográfico. Ao colocar pedaços de celuloide, ora na boca, ora nas mãos, Paolo se
torna a própria câmera escura e sai a fotografar num abrir e fechar de mãos e boca para depois revelar o filme exposto. Um homem foto sensível. A mim me deu a possibilidade dos dispositivos

http://www.paologioli.it

4- Oscar Muñoz (Colômbia)

Conheci seu trabalho depois de ter concebido as Máscaras Impermanentes, de certa forma tardiamente, mas creio que tenha sido providencial pois não sei se eu conseguiria dar andamento ao meu projeto tendo
antes me debruçado no dele! A simbiose das imagens com os espaços e a fragilidade dos suportes dão o tom da potência de seus trabalhos. Me sentiria intimidado. A mim me deu a possibilidade da impermanência

Oscar Muñoz na Wikipedia

5- Joan Fontcoberta (Espanha)

“A imagem é sempre uma armadilha” essa foi a frase que me fisgou e me levou a conhecer o trabalho desse artista catalão que muito vem contribuindo no cenário da fotografia, tanto com produção literária e
acadêmica quanto na produção artística. Dentre seus muitos trabalhos, noções e barreiras entre ficção e realidade são pulverizadas ao primeiro contato com a obra. A mim, me deu a possibilidade da ficção como realidade e vice-versa.

www.fontcuberta.com

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