Foster the People Foto: Tati Silvestroni/Music Non Stop

Foster the People ajuda a fazer o mais indie dos Lollapalooza Brasil

Jota Wagner
Por Jota Wagner

Grupo liderado por Mark Foster se apresentou no Palco Budweiser no começo da noite deste domingo, 30 de março

Quando veio pela primeira vez ao Lolapalooza Brasil, há 13 anos, Foster the People era a banda dos hits Pumped Up Kicks (que a gente dançava sem saber que seu tema são os tiroteios nas escolas estadunidenses) e Houdini. Hoje, em 2025, para muitas pessoas que estavam no festival, ainda é. E ambas foram as grandes bombas incediárias que botaram o povo pra pular e cantar junto.

Foster the People

Foto: Tati Silvestroni/Music Non Stop

Não pense que o resto do repertório dos caras de Los Angeles, no entanto, seja menos competente. O grupo liderado por Mark Foster já consolidou sua cadeira na Academia Mundial do Indie, e foi construindo, ao longo de sua carreira, intimidade com grandes palcos para poder brilhar neste que foi o Lolla mais indie (e com menos cancelamentos) em sua história brasileira.

Foster the People competiu com Bush, que tocava do outro lado, e, respeitando a diferença de gerações, disputava o mesmo público. Foi corresponsável, portanto, por uma transição que privilegiou a vibração festeira da disco music em forma de indie rock para a dicotomia sonora (e muito bem-vinda) do momento final desta edição que foi, na real, bem gostosa. Com a ajuda de São Pedro, que mandou chuva só na sexta e ainda diminuiu o termostato com solzinho de outono e brisa fria.

Ao final do show, Mark declarou seu amor pelo Brasil e xavecou o Lolla par voltar novamente. É comum, neste festival, o retorno de artistas várias vezes. Que em sua volta, mais gente conheça pérolas como Helena Beat, Call It What You Want e Lost In Space.

Jota Wagner

Jota Wagner escreve, discoteca e faz festas no Brasil e Europa desde o começo da década de 90. Atualmente é repórter especial de cultura no Music Non Stop e produtor cultural na Agência 55. Contribuiu, usando os ouvidos, os pés ou as mãos, com a aurora da música eletrônica brasileira.