Em janeiro passado, estive pela primeira em Ouro Preto, uma verdadeira viagem para os anos 1700/1800, é uma cidade mágica, é arquitetura, é o som dos sinos pelas ruas de pedra, é caminhar muito pelas ladeiras que tem um cheiro delicioso da comida mineira sendo preparada nas casas; é mestre Aleijadinho que já tinha o incrível dom de pintar em 3D; é história, cultura, é voo pássaro, é um manjar dos Deuses chamado pão de queijo temperado, é a Mina do Chico Rei, um rei do Congo que foi escravizado comprou a própria alforria escondendo ouro no cabelo, adquiriu a Mina e assim conseguiu também alforriar alguns de seus suditos. E Ouro Preto também é jazz.
Este fim de semana (03 a 06 de agosto) a charmosa cidade receberá o conceituado Festival Tudo é Jazz, com curadoria de Rud Carvalho e direção artística de Ronaldo Fraga que assina a identidade e cenografias, o evento totalmente gratuito chega a sua 21ª edição com vários shows em diversos palcos, cortejos com o Barroco Jazz e SambaPretoChoroJazz, fanfarras, lançamento do livro Entre a Música e o Silencio, que conta a vida e obra do compositor e instrumentista mineiro Marco Antonio Araújo e a exposição “Nina Soares e Elza Simone”, na Casa do Gonzaga, onde cinco mulheres artistas de Minas, trarão suas criações elaboradas em homenagem a Nina Simone e Elza Soares, duas grandes divas da música que inspiraram esta edição do festival.
O Festival que acontece há 20 anos em Ouro Preto, já levou mais de 1500 artistas a seus palcos, desde o ano passado expandiu suas atividades para outras cidades do interior mineiro e para a capital Belo Horizonte com a proposta de apresentar ao publico a conexão de artistas de gerações e nacionalidades distintas, mesclando o clássico com o contemporâneo e tendo o jazz como fio condutor.
Amaro Freitas, pianista, compositor e arranjador de Recife que está ganhado cada vez mais o reconhecimento internacional como um dos grandes nomes do jazz atual, a cantora e compositora Céu mesclando reggae, samba, jazz, entre outros estilos; a norte americana Alma Thomas; Afro Jazz, Tulio Mourão e tributos à Nina Simone e Elza Soares são alguns dos espetáculos que a plateia poderá curtir nas apaixonantes ruas de Ouro Preto.
Muito feliz em ser convidada pela produção do Tudo é Jazz pra acompanhar de perto essa celebração da música e da arte, tão bacana e consagrada, conto tudo pra vocês nas redes sociais, a programação completa você confere no site do festival.