Cartaz Pokémon Go foto: divulgação

Festival mundial do jogo Pokemon GO tem data definida e comemora 5 anos do jogo que virou febre planetária

Marina Pais
Por Marina Pais

Atenção, treinadores e treinadoras! Podem começar a sorrir, porque a edição de 2021 do Pokémon GO Fest já tem data marcada.

Cartaz do Pokémon Go Fest 2021

Cartaz Oficial do Pokémon GO Fest 2021

O evento acontecerá nos dias 17 e 18 de julho deste ano, ainda sem formato definido. A primeira edição foi realizada em 2017, e desde então o evento reúne milhares de fãs ao redor do mundo. Em 2019, por exemplo, foram mais de oitenta e cinco mil treinadores só na cidade de Dortmund, que juntos capturaram vinte e oito milhões de Pokémons.

No ano passado, a festa aconteceu em um formato exclusivamente virtual, o que gerou alguns problemas de desempenho. O jogo teve lentidões e servidores lotados, e por isso a Niantic organizou um evento de reposição para quem sofreu com as turbulências. Mas, de qualquer forma, este ano promete adicionar um ingrediente adicional às comemorações.

2021 marca o aniversário de 5 anos de Pokémon GO

Em julho deste ano, mês de realização do Pokémon GO Fest, o jogo completará 5 anos de existência. Esse marco foi citado pela Niantic no anúncio das datas do evento, e é certo que a empresa incluirá uma ou outra surpresa para animar a festa.

Se isso não for o suficiente para te deixar pulando que nem um Magikarp, aqui vai uma outra notícia para te empolgar de vez: 2021 também marca o aniversário de 25 anos da franquia Pokémon. E, como aniversários são uma ótima oportunidade de relembrar o passado, vale a pena falar sobre como tudo começou.

Caçar Pokémons – o hobby de Satoshi Tajiri

O conceito inicial dos Pokémons, bichinhos fofos que podem ser capturados, surgiu de um hobby de Satoshi Tajiri. Quando criança, Tajiri gostava de capturar pequenos insetos nos arredores da sua casa. Além de capturá-las, ele também colecionava as diferentes espécies, e as buscava em lagos, campos e florestas.

Tajiri cresceu, mas o fascínio pela sua coleção de bichinhos permaneceu com ele. Em 1996, quando completou 31 anos, o seu sonho finalmente se tornou realidade. Naquele ano, Tajiri lançou os dois primeiros jogos da franquia Pokémon: Pokémon Red e Pokémon Green. Os dois foram desenvolvidos para o Game Boy, console portátil desenvolvido pela Nintendo. E, se quer uma dica, preste atenção nessa palavra: portátil.

A portabilidade do console combinou com a ideia de Tajiri, que queria criar um jogo focado em tudo que existe fora da nossa casa. E, com o Game Boy, funcionava assim mesmo. Era possível sentar em um lago, um campo ou até uma floresta, e explorar as ruas de Kantotudo isso dentro de uma telinha de 2.6 polegadas.

E, falando em portabilidade, essa é uma boa hora de voltar para o presente (ou, pelo menos, para um passado menos distante). Explorar os arredores enquanto se jogava algo podia até ser possível no Game Boy, mas não foi com esse console que essa ideia tomou forma. Foi em 2016, com o lançamento de um jogo que você já deve até saber qual é…

Cartaz Pokémon Go

Reprodução: Niantic Labs

Pokémon GO: a piada de primeiro de abril que foi longe demais

Acredite ou não, o conceito de Pokémon GO surgiu de uma piada de primeiro de abril. Em 2014, o Google Maps anunciou um fictício Desafio Pokémon dentro do aplicativo. A brincadeira atraiu tanta atenção que a Niantic Labs levou a coisa a sério, e o desenvolvimento de Pokémon GO começou. Tatsuo Nomura, um dos responsáveis pelo projeto, deixou o seu trabalho no Google Maps e passou a trabalhar para a Niantic Labs.

E certamente o histórico no Google Maps foi importante para o desenvolvimento de Pokémon GO. Assim como o mapa virtual, o jogo também utiliza a localização do celular como mecânica . Para explorar o mapa, quem está jogando deve, de fato, andar. Ou seja: o deslocamento do avatar dentro do aplicativo depende do deslocamento de quem o controla.

Ainda, o tipo de ambiente em que o jogador se encontra também é levado em conta. Os lugares ao seu redor e até as condições climáticas afetam as espécies de Pokémons disponíveis. Por exemplo: para encontrar pokémons aquáticos, vá para as margens de um rio. Por último, o jogo faz uso da tecnologia de realidade aumentada para aumentar a imersão. Com isso, os Pokémons efetivamente aparecem ao redor do jogador: a câmera do celular é utilizada para colocá-los no ambiente, o que torna a captura ainda mais interessante.

Assim, não há dúvidas de que Pokémon GO é o jogo que mais se aproxima da experiência inicial de Satoshi Tajiri. A diferença é que, agora, caçamos bichinhos um pouco mais fofos que insetos.

Um sucesso que se traduz em números

Desde o seu lançamento, Pokémon GO alcança números impressionantes. Em março de 2019, o jogo atingiu a marca de mais de um bilhão de downloads. Esse número se traduz em uma receita de mais de três bilhões de dólares.

Aliás, no ano de 2020, mesmo com a pandemia e a consequente impossibilidade de se explorar a vizinhança, o jogo manteve os cifrões. Na verdade, no ano passado os jogadores gastaram ainda mais dinheiro dentro do aplicativo, com uma receita que superou a de 2016 (ano do lançamento inicial).

E não são só os números que impressionam. Nos seus quase cinco anos de existência, Pokémon GO já nos ofereceu uma boa dose de histórias bizarras. Já teve jogador que bateu em uma viatura da polícia, jogadora que ficou presa em uma árvore dentro de um cemitério e até bebês batizados em homenagem a Pokémons.

É, deu para ver que Pokémon é uma franquia com uma história extensa, que vai do Game Boy aos celulares mais modernos. Por agora, ainda não sabemos muitos detalhes sobre as comemorações dos cinco anos de Pokémon GO. Mas uma coisa é certa: a moda de capturar bichinhos nas telas dos celulares está longe de acabar.

 

Marina Pais

Escrevo para responder a uma pergunta, que ainda não sei qual é. O que sei é que escrevo; sobre filmes, livros, jogos. Aqui, principalmente sobre jogos. E, por falar nisso, Undertale é o meu jogo favorito (essa é uma pergunta fácil de responder).

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