Festa ¡VENGA-VENGA! trouxe o espírito cigano e refugiado a São Paulo e agora é do mundo. Falamos com os bafônicos DJs criadores
Ricado Don e Denny Azevedo não são daqui, não são da Bahia, não são de Barcelona. São do mundo. Quando se juntaram pra criar a festa ¡VENGA-VENGA!, no início de 2013, São Paulo era outra cidade, não havia ainda conquistado a liberdade de ocupar as ruas, dava os primeiros passos rumo à pluralidade das novas – velhas – locações como conhecemos hoje e, musicalmente, respirava o mesmo ar abafado de todos que não dançavam lá muito fora da caixa.
A ¡VENGA-VENGA! começou em lugares pequenos e foi conquistando um público sedento por sua pesquisa musical ampla e sem preconceitos, que passava pelos mestres Secos & Molhados e terminava nos sudeste europeu, com a música tradicional dos Balcãs. A pesquisa, que sempre foi intensa, se expandiu e logo o Brasil ficou pequeno para os meninos, que, de namorados, viraram marido e marido e foram mostrar a ¡VENGA-VENGA! pelos quatro cantos do mundo.
A vontade de criar para além dos sets bateu forte e os ¡VENGA DJs se jogaram na produção. A primeira produção autoral foi lançada em abril deste ano, Folclore do Futuro, com forte influência de bass e um sotaque do nordeste brasileiro.
¡VENGA-VENGA! – Folclore do Futuro
Eles pegaram gosto pela coisa e agora estão lançando outra produção, a faixa Androginismo, versão venga-vengalizada de música do grupo Almôndegas, dos anos 70, com letra que não poderia ser mais atual. Dá uma olhada nessa performance gravada ao vivo e depois parta pra leitura da entrevista com os meninos, que já estavam na mira da coluna #MillerMusic há um tempão.
Music Non Stop – Vocês são cidadãos do mundo e trazem essa bagagem de vida pra música, pro visual, pras cenografias. Gostaria que tentassem traduzir essas influências e vivências de vocês.
¡VENGA-VENGA! – A ¡VENGA-VENGA! começou de uma maneira muito instintiva, da nossa vontade de expandir limites musicais que encontrávamos na cena da época. Sendo ambos artistas visuais, a estética se desenvolveu desde o princípio juntamente com o conceito da festa. Transformamos o conceito do projeto em instalações vivas, com os figurinos e as maquiagens, maximizando a possiblidade da colagem de identidades.
Desde o princípio apresentávamos ao público músicas de lugares remotos e culturas não muito acessadas. Estávamos cansados do reino da música gringa, letras em inglês, tudo replicando e afirmando uma cultura que já é difundida. Por isso quisemos falar como contadores de histórias, de ciganos, batuques africanos, fanfarras balcânicas, sons de meditação e redescobrimos a música brasileira em suas nuances tropicalistas.
Nos tornamos também nômades. Nossa veia se conectou diretamente com o público e acabou se desenvolvendo em forma de set, em figurinos e na própria festa, que então já havia se transformado num happening aberto a intervenções muito além da música ou da “balada” tradicional que então passou a ser itinerante.
A referência cigana se dá especialmente nesse conceito. Por ser um povo nômade, acabou influenciando e sendo influenciado pela música e a cultura de cada região do mundo em que se estabeleceu. Foi a partir dessa pesquisa que nós abordamos o Oriente, África e América Latina sem restrições, mas também começamos a olhar para as desigualdades, para a questão dos refugiados, da xenofobia, da misoginia e, sob esse conceito, o projeto se validou. Os lugares novos nos influenciaram a mudar, não sem antes termos deixado algo novo ali. Foram essas viagens que nos deram essa consciência de pensar na arte sem fronteiras, sem ditaduras comerciais e muito menos morais.
Inclusive de redescobrir DJs, conhecer produtores musicais, artistas que admirávamos e referências que tocávamos em nossos sets. Passamos a encontrar pessoalmente, receber conselhos e realmente entrar na cena internacional, fomentando novos artistas e finalmente trazendo todo o possível pra festas no Brasil, com o intuito de travar esse intercâmbio. Todo esse movimento de ir diretamente na fonte das nossas referências (sejam elas músicos de rua de Istambul ou lojas de discos em Berlim) foi o que também nos trouxe a vontade e a possibilidade de desenvolver hoje o nosso trabalho autoral.
Como bons viajantes, que quando estão fora têm nostalgia da terra natal, as viagens também nos fizeram olhar com para a nossa própria cultura. Durante um bom tempo vimos muitos artistas redescobrindo suas raízes e criando verdadeiros movimentos revolucionários que rebuscam e atualizam as culturas de seus países para o mundo da música eletrônica, como no fenômeno do balcan beats, da cumbia eletrônica, entre outros. Não víamos nada parecido no Brasil, a música eletrônica brasileira estava muito preocupada em ser gringa. Música brasileira sempre foi muito rica, mas apenas pensada como música raiz, e a vertente eletrônica precisava ter uma identidade brasileira valorizada. Hoje, com todo o levante da criação eletrônica nacional que já conhecemos, isso está acontecendo, e a cena brasileira esta a caminho de uma nova identidade, cada vez com mais artistas visionários e descentralizados, o que nos dá ainda mais motivação de estar nesse barco de transformação. Quanto mais estamos fora, mais olhamos para dentro.
Music Non Stop – Como teve início o processo de produção pra vocês?
¡VENGA-VENGA! – Tudo começou quando conhecemos o Miret e tivemos a primeiras noções de produção musical. Esse processo de aproximação artística acabou se transformando em algumas experiências musicais e fomos realizando juntos, focando não apenas em produção, mas também em voz, letra e colagens de samples. Basicamente o que estamos lançando agora é o resultado desse processo, de buscar um veio criativo de música dentro do projeto da ¡VENGA-VENGA!, como um packwork de referências.
O Miret é quem assina a produção musical do projeto e quem nos incentivou a sair da caixinha para criar o Folclore do Futuro. Fomos buscando nossas referências acumuladas, tentando traduzir uma alma tropical e brasileira, porém globalizada. Nunca nos definimos como músicos e sim como artistas, de uma maneira abrangente que possa dar vazão a todas as formas de expressão. Depois de quatro anos na estrada como artistas, DJs, cenógrafos, performers, resolvemos dar olhar a mais um lado criativo. A criação musical é uma consequência desse processo.
Resgatamos uma canção dos Almôndegas da década de 70 pra falar do nosso dia-a-dia como homens maquiados, que vivem um estilo transgressor de gênero clássico. Somos os rapazes que tanto androgenizam, mas estamos circundados dessa possibilidade de gênero e expressão, num momento em que essa questão é tão relevante.
O que era para ser um remix acabou virando um cover na voz do Denny dando uma versão grave, uma psicodelia espacial sob a releitura de synths quase oitentistas que o Miret trouxe. É uma canção de 1978, mas com uma letra tão atual e que reflete o que sentimos com nossos seres que tanto lantejolizam. Por isso mesmo decidimos compartilhar também, na capa, a foto de um momento tão íntimo de nosso casamento, uma conquista social que nós gays temos hoje, graças às lutas de pessoas que tanto androgenizaram!
Music Non Stop – Musicalmente quem são grandes inspirações pra vocês dois?
¡VENGA-VENGA! – Acima de tudo a Tropicália, toda sua revolução, seu período histórico, suas nuances e claro o quarteto baiano dos Doces Barbaros: Caetano, Gal, Gil e Bethania. Nos influenciam muito artistas que, como nós, trazem a multiplicidade consigo, cuja musica é mais multimídia e extrapolam a expressão visual e sensorial. Desses não há como não citar Bjork, Grace Jones, David Bowie e Ney Matogrosso e Secos & Molhados. Artistas também que falam de culturas e de diversidade, que militam com sua musica como M.I.A. Filastine, Elza Soares, Buraka Som Sistema. Nossas referências diretas e mais presentes em nossos sets (e em nossas vidas também, porque não?) hoje são Craca e Dani Negra, Lei di Dai, Kosta Kostov, San Ignacio, Rafael Aragon, Stas, Baris K, Pedra Branca, Mercan Dede, Omar Suleyman.
Music Non Stop – Vocês moram um pouco na Espanha, um pouco em SP. Como enxergam a cidade, este momento que vivemos meio pós-libertário e neo-publicitário?
¡VENGA-VENGA! – Além de libertário, passamos nos últimos anos um processo de reconhecimento da cidade e de muitos indícios de evolução mental de várias esferas. São Paulo, a cidade máquina, operária, que todos precisavam estar para trabalhar, mas ninguém queria ficar. Então as pessoas entenderam que podiam tomar a cidade para si, viver suas praças, ruas, espaços esquecidos e que a violência na verdade muitas vezes vem do medo e da exclusão classicista.
Um bom exemplo disso é o próprio Carnaval que era um momento morto pra a cidade e que há uns quatro, cinco anos floresceu, se tornando dos mais relevantes do pais. As pessoas agora não querem só fugir da selva de pedra, elas também podem ser felizes ali. Um momento visionário.
Nossa experiência de estar sempre viajando só confirmou que São Paulo hoje tem uma das melhores noites do mundo e uma das cenas culturais mais fervilhantes, não falando só de festa e música, e sim de performance, arte de rua, dança, teatro, toda a efervescência cultural. É importante reconhecer isso para nos afastar um pouco da síndrome de colonizados. O que temos em SP não é nada que se compare com nenhuma das capitais européias que visitamos sempre… Berlim? Londres? Não, São Paulo!
A liberdade que pregávamos hoje está também atuando no sistema, graças à própria vocação publicitária da cidade. A cena já não é tão inocente, hoje já somos empresas, empregamos pessoas, somos um setor artístico e comercial. Há festas que começaram underground que hoje são parte da “indústria do entretenimento” tanto quanto qualquer clube.
As marcas ja entenderam quem está guiando as “tendências” disso e vêm buscar direto da fonte. Mas é a nova publicidade experiencial que precisa estar presente na nossa cena, e é ela que terá espaço, não os tradicionais “logomaníacos”. O nosso público não se motiva com logos, camarotes, status, propostas segregadas, muito pelo contrário.
Há muitos grupos que negam ferozmente a conexão com marcas, enquanto outros talvez tenham se vendido completamente. Nós, com o projeto da ¡VENGA-VENGA!, queremos estar no meio, aproveitar de maneiras para viabilizar nossos sonhos de fomentação cultural, sem perder essa identidade. É difícil, mas é possível. Afinal cabe a nós, atuantes desse meio, sabermos como se valer do processo, não para apenas rentabilizar, mas também para se preocupar com qual papel que podemos seguir.
Agora estamos vivemos um momento ambíguo. Ainda que a cena cultural esteja se desenvolvendo de uma maneira, que podemos dizer, grandiosa, a situação política está marcada pelo avanço do conservadorismo, que nada mais é do que voltar a cidade ao seu estado comum de apatia, focada no corporativismo e na impessoalidade.
Há uma perseguição à arte e à liberdade de expressão em todo Brasil, mas que está muito clara em SP. A metáfora mais visual disso é a atual gestão apagando quilômetros de murais de arte espalhados pela cidade para colocar o seu higienista cinza, tão depressivo e limitador, tentando esconder a verdadeira massa caótica que produz SP e que pode ser dos seus aspectos mais bonitos. Sem falar no desmonte da cultura e eventos como a Virada Cultural sendo sentenciados ao fim, e o SP na Rua totalmente apagado do roteiro.
Em que lugar do mundo havia algo como o SP na Rua, a prefeitura acolhendo a arte jovem, financiando, dando relevância? Em nossas viagens nunca vimos algo assim. Esse raro momento político viabilizou a redescoberta da cidade, foi amplamente aproveitado pelo movimento artístico, mas infelizmente de uma maneira imediatista, não pensando em legados e continuidade. A cena se desenvolveu de certa forma canibalista e sem união. Agora que o jogo virou temos que trabalhar a resistência e buscar alternativas. Nossa força cultural e social ainda não se traduz em força política e, mesmo como empresários do entretenimento hoje, voltamos a ser vistos como delinquentes rebeldes.
Barcelona é hoje um exemplo vivo de como a má gestão, leis conservadores e a gentrificação desmedida podem destruir completamente a cena alternativa de uma cidade que hoje hoje vive de um passado vanguardista. Não queremos pensar nesse futuro para São Paulo, por isso o medo tem que se transformar em força motriz de transformação.
Music Non Stop – Nas turnês fora do país, o que têm visto que ainda não temos aqui no Brasil?
¡VENGA-VENGA! – No Brasil temos toda a criação artística, diversidade musical possível. Isso inclui o público, que é sem dúvida o de maior energia e engajamento nas propostas. Mas no aspecto social, isso é diferente. Embora na ¡VENGA-VENGA! tenhamos um público muito aberto e diversificado e que na grande parte das festas e eventos culturais que frequentamos é a mesma realidade, sabemos que o Brasil é muito mais que nossas bolhas alternativas e que falta muito o respeito mútuo entre as pessoas, a segurança de transitar nas ruas e não ser agredido especialmente quando você é mulher ou gay por exemplo.
Há muito o que exercitar no respeito, isso é uma postura da sociedade, da educação e que começa lá em cima, em esferas das leis que regem o país. A maior parte dos países que visitamos já deixaram a idéia antiquada da repressão à maconha ou ao nudismo, por exemplo, respeitando muito mais as vontades individuais, não tratando o povo como massa de manobra.
Há muitos países que têm ultrapassado o moralismo religioso. Países como a Holanda, onde estar nus em parques, ou cidades como Barcelona, em que as praias de nudismo estão por toda a parte, não são exceção. Isso perante nosso falso moralismo ainda é um problema. Há pouco tempo o artista Maikon K foi preso em Brasília, durante sua performance com a justificativa de ato obsceno. Nossa lei arcaica é um desrespeito à arte e à liberdade. No Brasil só pode nudismo no Carnaval, mulheres apanham de outras mulheres por fazerem topless nas praias do Rio de Janeiro! Uma coisa tão simples, que é como todos viemos ao mundo.
Se falar de lixo e ecologia, então, estamos muito atrasados. Na Alemanha você junta garrafas pet usadas que valem 25 centavos de euro para trocar nos supermercados. Isso faz com que a cidades não estejam tão sujas, as pessoas têm interesse econômico em manter isso. Vimos um pai imigrante em Berlim trocar cinco sacos de garrafas por tickets que lhe valeram uma compra pra família toda. O que é lixo pra nós é moeda de troca para eles. Em compensação, em São Paulo os catadores de lixo estão sendo proibidos e perseguidos pela nova gestão. São esses aspectos de consciência social os que mais contam.
Ainda há um problema na nossa cena e cultura de ficar tendo como objetivo a cultura européia ou norte-americana. A cena de São Paulo não precisa mais se espelhar na de Berlim ou de Amsterdã, entende? Fizemos nosso festival ano passado (claro, sem nenhum nome “famoso”) que passou desapercebido pela imprensa, focada em divulgar festivais importados que têm invadido a cena. Os mesmos empresários que importam ideias de fora poderiam dar mais aporte às iniciativas daqui e quiçá exportá-las. As pessoas com quem nos conectamos nas viagens têm mais orgulho do que são, de onde vêm, estão abertas a troca cultural (tanto que, como brasileiros, somos muito bem recebidos sempre). Mas não nos dão mais créditos só porque somos de fora. Lá fora as pessoas amam mais os brasileiros do que a gente aqui.
Ouça set gravado pelos ¡VENGA DJs no Fusion Festival, na Alemanha
Music Non Stop – Do início em pequenos bares até hoje fazendo festivais, o que se manteve intacto no conceito da ¡VENGA-VENGA!?
¡VENGA-VENGA! – Interessante essa pergunta porque até hoje, que temos quase 5 anos de estrada, pessoas que nos ouviram há 3 anos e formaram lá sua opinião seguem nos classificando como DJs de balkan beats ou ciganos, sendo que nosso trabalho sempre foi mais abrangente que isso. Nosso conceito de festa é a do happening, as bases são hoje e sempre foram a experiência vinculada ao hedonismo, fantasia, trajes, nudismo maquiagem e própria mistura.
É o que chamamos de “Oásis Fugazes”, porque também é escapista do caos metropolitano, e oferece a oportunidade as pessoas de se conectar com muitas referências. Falamos da música viajante, sensorial, por isso o global bass define muito bem o trabalho que temos desenvolvido nesse tempo e também o que estamos nos propondo a fazer com o projeto Folclore do Futuro: recorremos a coisas antigas como Androgenismo e trazemos à luz do dia em uma nova roupagem. O nosso ecletismo já foi chamado de cafona pela voga tradicional eletrônica, mas o público que se aproxima logo entende a liberdade que buscamos. O que é ser cool?
O DJ Neki Stranac, que trouxemos da Sérvia para uma festa em 2015, definiu lindamente algo que até então não estávamos percebendo: o público da ¡VENGA-VENGA! não tem preconceito musical, não é namedropper, não está na festa por labels, artistas famosos ou tendências de moda. Ele vem pela novidade musical, pela liberdade comportamental e sexual proporcionada nos eventos, para ser livre e encontrar multiplicidade.
Na ¡VENGA-VENGA! as pessoas se sentem à vontade em ser gays ou heteros, as mulheres não se sentem molestadas, mas por outro lado não nos rotulamos para um público específico. No nosso ambiente as diferenças são importantes, cada festa é uma obra de arte que tem conceito, temática, códigos de vestimenta. A festa em si é uma grande performance onde o verdadeiro atuante é o público, nós somos meros condutores.
Music Non Stop – Com quem vocês gostariam de fazer uma música se pudessem escolher qualquer artista do planeta e por quê?
¡VENGA-VENGA! – Björk sintetiza o músico contemporâneo, sempre foi e será vanguardista, se cerca de grandes outros artistas dando visibilidade a eles, como adoramos fazer. E ainda que esteja influenciada por folclores e origens ancestrais está sempre alinhada com novas tecnologias e formas de explorar a música. A música não é apenas o play em MP3, a música pode ser uma exposição, uma experiência 3D. É isso que nos cativa.
Music Non Stop – Uma pergunta um tanto futurística…. Qual é o legado que vocês querem deixar com a ¡VENGA-VENGA!?
¡VENGA-VENGA! – O público foi se intensificando com as imagens e a onda liberta que pregávamos. Quando, lá no começo, começamos a sair da esfera paulistana e chegar no interior para tocar em festas onde as pessoas conheciam muito bem nosso trabalho, os homens todos de saia, as mulheres fazendo topless sem medo de abuso, todos maquiadissímos, foi aí que começamos a ter ideia de legado sobre o que estávamos fazendo e como estávamos incentivando as pessoas a se expressarem na maneira de vestir-se e na liberdade que sentiam no ambiente. Essa mesma ideia é o que queremos levar cada vez mais adiante.
Queremos falar para as pessoas amarem seus corpos naturais, não terem tabus moralistas em estarem nuas ou trajar-se seja lá como for. Queremos falar também que todos somos cidadãos do mundo, sendo influenciados em costumes, que não precisamos de rótulos, as fronteiras são impostas, mas não são reais.
Temos essa missão de pesquisadores natos, de apresentar coisas de culturas distantes ao público, seja em forma de música autoral inspirada, seja em forma de sessões ou em forma de curadoria, convidando outros artistas.
Queremos ser reconhecidos como multiartistas, como fomentadores de uma geração de pensamento livre ou apenas “artistas”, sem discriminação da área que devemos atuar. ¡VENGA-VENGA! é música, mas antes de tudo um comportamento libertário. É o ativismo hedonista.
¡VENGA-VENGA!NA CAIXA DE PANDORA
Sábado, 19 de agosto, a partir das 23h59
Dress Code: Ocultismo Profano
Line-up: BdSista, Craca e Dani Nega, ¡VENGA-VENGA! DJs
Preço: R$ 25 (antecipado, compre aqui)