Existem mil motivos pra amar a “nova” Lady Gaga tranquilona e do bem, escolha o seu

Jade Gola
Por Jade Gola

Ela nunca foi unanimidade, mas sua carreira ascendeu como um foguete, talvez numa das maiores histórias recentes dos exageros – e do fascínio do pop. A cantora Lady Gaga não lança um disco popzão desde 2013, mas seu nome nunca saiu dos holofotes e discografia nem é o mote aqui. Suas ideias artísticas ou de vida nunca deixaram de reverbar.

Gaga se encontrou nas últimas semanas com o Dalai Lama e pode-se dizer que roubou o protagonismo do líder budista, refletindo sobre maldade e bondade, em vídeos que foram disseminados pela rede na velocidade dos memes. Logo após o encontro, o Partido Comunista chinês ordenou que a cantora desaparecesse do mercado e do noticiário local, tendo em vista que o Dalai Lama é um inimigo do governo chinês por ser uma ameaça com um possível separatismo do Tibet.

*Mas se é para ser subversiva e cutucar o poderio Chinês de fato, não podemos esquecer de Björk gritando Free Tibet! ao cantar Declare Independece em plena Shangai.

Não é a primeira vez que o pop eletrônico de Gaga fica em segundo plano para que suas palavras e discursos ecoassem como uma verdadeira guru. Outro vídeo recente mostra Stefani Germanotta discorrendo sobre como ela criou a personagem Lady Gaga para ser a “expressão de sua dor”, para superar sua depressão.

Outras falas inspiradoras e empoderamentos de Gaga passam por ela assumir publicamente que foi estuprada por um produtor quando estava no início de carreira, além de seus vários posicionamentos em luta da causa LGBT.

Um dos primeiros vídeos em que a cantora se mostra sagaz nas ideias foi quando ela enquadrou um repórter a sexualidade expressa em sua música, se isso não nivelaria por baixo sua carreira. Ela rebate o questionamento comentando como isso não seria uma questão se ela fosse uma roqueira pegadora de mulher, e que ela ama seu público gay por não fazer esse tipo de presunção careta.

BECOMING A LITTLE MONSTER…

Em 2010, quando explodia ainda mais à fama com o hit Bad Romance, o Pitchfork notou uma nuance de gaga que está no core de sua presença pop: entre tantos exageros em chamar a atenção, entre músicas e pastiches do pop enlatados, Gaga sempre acaba se destacando com uma personalidade notável, sendo “kind of awesome” mesmo que sua música e figura sejam fáceis de questionar.

Ou seja, pode-se não gostar do pop de Gaga e detestar sua estética (alô, Madonneiros!), mas nesses anos de sua fama, muita gente, quando menos percebe, acaba fascinada pela presença e o tom de Lady Gaga e acaba virando um Little Monster…

Pode ser agora com as opiniões inspiradoras e iluminadas de uma Gaga que divide o microfone com o Dalai Lama. Pode ser no seu amor inveterado e combativo à causa LGBT; pode ser ela reinando no Oscar em 2015 e 2016, mesmo sem levar a estatueta; pode ser ela cantando show tunes mundo afora e em disco ao lado de Tony Bennett; pode ser com sua tonelada de looks incríveis; e como pode ser também com ela tendo uma chance de ouro no show business a ser a protagonista da temporada Hotel, do seriado de terror American Horror Story (ela já está confirmada para a próxima temporada):

E COM APENAS 30 ANOS, GAGA ESTÁ MAIS LINDA DO QUE NUNCA:

GAGA

Star in the making, o céu parece ser o limite para Gaga, que passeia de salto agulha 20cm em todas as possibilidades do pop. Mas seus little monsters de fato, aqueles que a seguem desde o começo, não veem a hora dela lançar ao pop em um novo álbum, seu quinto (LG5), que se supõe está a caminho e seria um momentum pivotal em sua discografia, e na consolidação e nas novas projeções de sua arte e fama.

E afinal, se Gaga não fosse tão famosa assim, não teríamos memes maravilhosos para rirmos um pouco enquanto navegamos (e esperamos) por novos rumos do pop.

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