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Agents Of Time revela detalhes sobre relação com Brasil

Agents Of Time

Foto: Divulgação

Expoente do techno melódico e atração do palco principal do Tomorrowland Brasil 2025, dupla italiana conversa com Vitória Zane

Entre comentários sobre pão de queijo e churrasco, o Agents Of Time conversou com o Music Non Stop durante o Tomorrowland Brasil 2024. Depois de um ano, a dupla italiana formada por Andrea Di Ceglie e Luigi Tutolo nos reencontrou para um papo que antecede sua apresentação no Mainstage do festival nesta sexta-feira, 10 de outubro.

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Com mais de um milhão de ouvintes mensais no Spotify, São Paulo é a segunda maior cidade entre seu público na plataforma. Não à toa, são muito solicitados por aqui. Com exclusividade, eles revelaram que voltarão ao Brasil no final de janeiro de 2026 para a primeira edição de sua label Time Machine no país.

Essa forte relação também está marcada nas colaborações. Os italianos produziram Fever, ao lado de Alok, e Collide, com o pernambucano Bigfett.

Dono de verdadeiros hits do techno melódico, como Zodiac, o Agents Of Time também é muito requisitado para remixes, como o mais recente, Wait So Long, para o icônico grupo Swedish House Mafia.

Confira a conversa que tivemos com Andrea e Luigi:

Vitória Zane: Estar no Tomorrowland é um sonho tanto para o público quanto para os artistas, e vocês estão tocando em várias edições: Bélgica, Winter, Brasil… Como começou essa relação?

Andrea Di Ceglie: A primeira vez que tocamos no Tomorrowland foi em 2015. Fomos convidados pelo Maceo Plex naquela época, e foi um grande prazer, um grande alcance para nós, porque é um dos maiores festivais do mundo. Desde o primeiro momento, sentimos que era precioso ser parte dessa comunidade, que, no final, é uma grande família.

Luigi Tutolo: E, claro, essa será a nossa segunda vez no Tomorrowland Brasil — e mal podemos esperar para voltar! Nós amamos o Brasil, e neste ano vamos tocar no Mainstage. Estamos muito animados, vai ser enorme!

Agents Of Time no palco Freedom do Tomorrowland Brasil 2024. Foto: Divulgação

Ano passado vocês fizeram um set incrível no Freedom Stage, mas o Mainstage é o objetivo de todo DJ. O que estão preparando?

Andrea: Temos algo especial que está saindo do nosso álbum, então não podemos dizer muito, mas teremos um convidado conosco, esperamos que ele performe uma das nossas músicas mais novas, que vem do Brasil. Nós costumamos também apoiar muitos artistas brasileiros, como o Bigfett, que faz parte da nossa label Time Machine. Acreditamos de verdade nos artistas brasileiros, como o Vintage Culture, por exemplo. É um grande amigo.

Como foi produzir com o Alok?

Luigi: Eu acho que foi algo que começou muito espontâneo entre ambas as partes. Nós recebemos algumas ideias do Alok e então começamos pensando no que podemos adicionar em cima. E ele é um cara superlegal, engraçado. Nós nos conhecemos pessoalmente no Tomorrowland na Bélgica.

Música eletrônica é assunto de muitos grupos de WhatsApp no Brasil, e frequentemente vocês são citados. Depois do long set que fizeram no Ame Club, os fãs estão aguardando ver a Time Machine por aqui.

Andrea: Sim, tocamos no Ame Club até a manhã, na hora que eles nos disseram pra parar. Foi um show incrível, deu sold-out, então estávamos muito animados para nossa primeira vez no clube.

Sobre a Time Machine, é um jeito que criamos para levar nossa música ao redor do mundo. É por isso que a ideia da cápsula surgiu.
Vamos dizer que o Agents Of Time é o capitão dessa cápsula. É uma máquina do tempo, na verdade. E com essa cápsula, podemos viajar por todas as cidades, através de diferentes eras, é claro, em relação à música, e tentamos trazer uma experiência única.

Este ano, já a apresentamos em Tulum [México], na Itália, no Egito e, no final de setembro, em Buenos Aires. E, com certeza, nos planos tem o Brasil também, porque tem muita demanda, como você disse. Estamos apenas arrumando alguns detalhes e vamos anunciar, mas será ano que vem, no final de janeiro.

Falando sobre serem “agentes do tempo”, de onde surgiu a ideia para o nome do projeto de vocês?

Luigi: É muito simples, basicamente roubamos o nome do [DJ canadense] Mathew Jonson. Nós somos grandes fãs. Há 13 anos, nós estávamos procurando por um nome que nos representasse, e então, de repente, apareceu esse vinil dele chamado Agents of Time. Isso nos lembrou da Marvel, super-heróis, algo assim.

Naquele momento, nós éramos três pessoas [Fedele Ladisa deixou o Agents Of Time em 2021], então eram tipo três super-heróis. Agora, são apenas dois, mas ainda são agentes do tempo. E nós estamos bem certos de que, talvez no futuro, a Marvel possa nos contatar para fazer um filme.

Foto: Divulgação

Vocês poderiam ser os protagonistas desse filme, talvez misturando os heróis do tempo com a timeline da música na Itália. O país é um dos pilares da cena eletrônica global. Como as pessoas consomem música por aí?

Andrea: Por que não, hein? Gostamos da sua ideia! Mas sobre a Itália, ela é um pouco diferente da América do Sul. A vibração é a mesma, porque as pessoas são muito quentes, muito atentas. Mas o que aqui tem muito é reggaeton e trap, fora da música eletrônica. E aí tem uma grande fanbase de tech house e uma pequena de melodic techno, mesmo que agora seja mais aberto.

Falando em lugares, tem a Sardenha, que está indo muito bem no verão. Puglia, a cidade onde moramos, tem muitos eventos acontecendo todos os dias, entre os pequenos clubes e os grandes festivais. Acho que ainda há muitas coisas que podem ser feitas, e estamos tentando também.

O Agents Of Time é frequentemente solicitado para fazer remixes. Vocês preferem produzir remixes ou suas próprias músicas?

Luigi: É bem diferente. Remixar um artista, como o que fizemos com o Swedish House Mafia em Wait So Long, é um desafio. Você precisa encontrar o jeito certo de ainda expressar a música original e a sua identidade, então é uma combinação — e essa é a parte mais difícil para um remix. Produzir tracks originais é um jeito mais artístico de se expressar. Então, nós somos mais livres para fazer o que basicamente queremos.

Eu prefiro a parte dos remixes porque tem mais esforço por trás. Mas, claro, eu gosto de preparar mais músicas originais para lançar um álbum, por exemplo. E este é um projeto que temos há quatro anos.

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