music non stop

El Mató a un Policía Motorizado faz show no Brasil. Mais lançamentos musicais do Brasil e do Mundo.

Adeus Noise Radar, Hello IndieAmérica!!

A nossa coluna mudou de nome SIM! Agora ela vai se chamar IndieAmérica e vai focar na valorização da Cena Indie Latina, mas sem esquecer o que há de melhor rolando por aí no mercado musical, continuaremos falando de festivais, turnês, lançamentos e novos artistas. E para celebrar esse novo momento, essa mudança para IndieAmérica… Temos um anúncio quentinho!! Anunciamos o show (e o poster exclusivo) da EL MATÓ A UN POLICÍA MOTORIZADO no Brasil e o os ingressos já estão à venda. Os links estão na matéria, fica atento porque o 1º lote tá voando já!

A coluna continua refletindo sobre a recente volta dos Festivais de Música no Brasil, e lança a pergunta: Por que os Lineups continuam apresentando o MAIS DO MESMO? Não sabe o que é o MAIS DO MESMO ainda? A gente vai te contar tudinho sobre o que falta para que os festivais do Brasil se aproximarem da diversidade dos lineups dos Festivais gringos que movimentam países como Estados Unidos, México, Canadá e outros países ao redor do mundo!!!

A coluna também vai te mostrar os novos lançamentos musicais que merecem destaque e que são bons para ficar de olho, com críticas para os novos discos de artistas tipo Tempers (olho nessa banda de Nova York, eles lançaram o delicioso álbum “New Meanings”), ZETA (Todo Bailarlo), Dieguito Reis (Verão na Cidade Sem Mar) e Hate Moss (“NaN”, que foi lançado dia 20 de Maio, via Before Sunrise Records), onde destacamos o incrível videoclipe em 3D da banda ítalo-brasileira HATE MOSS, em parceria com a artista travesti Isis Broken.

Também vamos falar da Turnê Européia da banda The Baggios. Do novo single da banda Cidade Dormitório, que volta de um hiato de 02 anos sem lançar nada inédito e responde 03 perguntinhas para a coluna. E também lançamos 03 perguntas à Lucas Moura, e falamos sobre os novos singles e o novo álbum da Glue Trip. Repercutimos o post do artista Ali Prando – sobre a pressão dos artistas em serem “criadores de conteúdo” – e falamos do novo clipe dele. E tem também a nossa lista recheada de novos artistas do GROOVER. esse mês apostamos em 10 novos artistas que ainda podem dar o que falar, fiquem de olho em nossas dicas, porque elas são quentes e prometem!

DICA:

E a volta triunfal do nosso programa de rádio IndieAmérica, com o melhor do novo indie latino-americano e nossa Playlist, para vocês ouvirem enquanto lêem a coluna!!

Aperta o play na Playlist e boa viagem, digo, boa leitura!

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ANÚNCIO EXCLUSIVO: EL MATÓ A UN POLICÍA MOTORIZADO toca no Brasil e o povo indie vai à loucura!

Poster Oficial do show da banda El Mató A Un Policía Motorizado em São Paulo, Brasil. Abertura: The Baggios

Sobre o Show

Com 19 anos de estrada, a banda argentina El Mató a un Policía Motorizado é considerada um dos maiores nomes da música independente da América Latina. Em 2022, a formação que tem à frente o cantor, compositor e baixista Santiago Motorizado retorna ao Brasil para show em São Paulo no dia 6 de outubro (quinta-feira), no Cine Joia. A abertura fica a cargo do elogiado power trio The Baggios, de Sergipe. Compre já seu ingresso!!

A realização e produção da turnê – que engloba outras cidades a serem anunciadas – é conjunta entre as produtoras Agência Alavanca, Brain Productions Booking e Rock City. O show conta com apresentação da IndieAmérica, plataforma de valorização da cena indie latino-americana, criada por Bruno Montalvão (da Brain) em 2022.

A banda

Originado em La Plata, capital da província de Buenos Aires, o quinteto está em constante movimento, com excursões que extrapolam as Américas. Antes de ser recepcionado pelo público brasileiro, os argentinos vão atravessar a Europa, com passagem por Espanha, França, Inglaterra, Irlanda, entre outros países. 

Artista de grandes festivais internacionais, o El Mató é recorrente na programação de eventos como Lollapalooza Argentina e Chile, o colombiano Stereo Picnic e o espanhol Primavera Sound – este último, vale mencionar, neste ano recebe o grupo para a edição de estreia em Los Angeles (EUA), além de levar Santiago para performance solo às filiais no Brasil, Chile e Argentina.

Com Manuel “Pantro Puto” e Gustavo “Niño Elefante” nas guitarras, Chatrán Chatrán nos teclados e Willy “Doctora Muerte” na bateria, o El Mató – que sempre cantou na língua materna – ficou conhecido por misturar rock alternativo e experimental, pós-punk e psicodelia, e assinar composições de grande apelo emocional, como os hinos “Más o Menos Bien”, “Mujeres Bellas y Fuertes”, “Amigo Piedra”, “El Tesoro” e “La Noche Eterna”.

Lançado há 10 anos, o álbum La Dinastía Scorpio (2012) rendeu duas turnês brasileiras – a mais recente, em 2016, novamente organizada pela Alavanca, visitou o Sesc Pompeia (São Paulo) e o Festival Transborda (Belo Horizonte) em noites memoráveis. Destaque na imprensa, o cultuado disco – segundo da carreira do El Mató – foi responsável por consagrar a turma de La Plata internacionalmente, a ponto de levá-la à capa de publicações como Rolling Stone Argentina e Los Inrockuptibles (França).

De 2017, o potente LP La Síntesis O’Konor garantiu a primeira indicação ao Grammy Latino. No ano passado, uma das mais populares séries dramáticas made in Argentina em cartaz no Netflix, “Okupas”, escolheu exclusivamente composições repaginadas do El Mató para a trilha-sonora (o material rendeu a coletânea Unas Vacaciones Raras, lançada pelo selo do Primavera Sound, o Primavera Labels).

Serviço

Os ingressos para assistir no Cine Joia a uma das mais queridas bandas latinas atuais já estão à venda. A doação de 1kg de alimento não perecível dá acesso à meia solidária; garanta a sua!

El Mató a un Policía Motorizado em São Paulo

Data: 6 de outubro de 2022
Local: Cine Joia
Endereço: Praça Carlos Gomes, 82 – Sé/São Paulo
Horário: 20h (abertura da casa)
Faixa etária: 18 anos

Ingressos: https://cinejoia.byinti.com/#/ticket/futureEvent/el-mato-a-un-polica-motorizado-no-cine-joia
lote 1 – R$ 100,00 (meia social) / 200,00 (inteira)

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The Baggios na Europa

O power trio The Baggios, que já acumula duas indicações ao Latin Grammys, está realizando sua segunda turnê na Europa. A tour da The Baggios é organizada pela Brain Productions Booking, em parceria com a agência Annibale Bookings, da Itália.

A turnê promocional do novo álbum “Tupã-Rá” começou pela Itália no dia 17 de Maio e contou com 08 shows seguidos, com destaque para a apresentação deles em Roma, no Rome Psycho Fest – primeiro festival que a banda se apresentou na Europa – e cidades como: Torino, Verona, Castiglioncello, Senigallia, Vitulazio, Soliera (província de Modena) e Savonna.

a Tour Europa da The Baggios é promovida pela Brain Productions Booking, em parceria com a Annibale Bookings.

Depois da Itália, a banda seguiu para a França, onde realiza +11 shows com destaque para os shows de Gap, Rouen, Rennes, Paris, Marseille, Le Havre, entre outras e volta deles para +shows em cidades como Capbreton e Chamberry.

A banda também estreia no Reino Unido, com shows em Bristol, Birminghan, Londres, Hastings e Chelmsford. A banda ainda toca na Suíça, na cidade de Yverdon Les Baines.

Eles voltam para o Brasil em Julho e darão início à parte brasileira da turnê, que deverá passar por diversas cidades do Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, sem falar no show que eles terão no Cine Joia em Outubro, abrindo a noite para a banda argentina El Mató a un Policía Motorizado. E os ingressos já estão à venda, corram para garantir sua entrada, porque tem tudo para esgotar esse show!

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Cidade Dormitório

A banda sergipana volta de um hiato de 02 anos sem lançar nada inédito com o novo single “Leds do Japão” e responde 03 perguntinhas para a coluna.

1. Já faz 02 anos que a Cidade Dormitório não lança nada novo e agora vocês acabam de anunciar um novo single que vai sair pela Before Sunrise Records, qual a expectativa da banda para esse novo trabalho?

A gente passou esse tempo sem lançar coisa nova mas também produzimos muita coisa doida por debaixo dos panos. Talvez o maior dos projetos que já fizemos. A expectativa da gente é que a galera ainda acredite no som que a gente faz e que todo mundo curta os resultados desses tempos doidos de trabalhos pandêmicos coletivos/solitários. A gente mal pode esperar pra ver a reação da galera pros sons novos que com certeza tem uma grande diferença e evolução quando comparados aos antigos. A esperança geral é que não flope hahaha

2. Fale um pouco sobre a temática do novo single “Leds do Japão”? No que se inspiraram para compor essa música?

Eu (Fabinho) escrevi “Leds do Japão” depois de compor o pianinho repetido do começo. as notinhas mais agudas repetidas me davam uma certa angústia, mas não uma angústia comum, quase como um presságio pessimista. Nessa mesma época eu tava muito paranoico e pilhado com o fato de os celulares captarem os áudios do que a gente fala no cotidiano e usarem isso pra gerar publicidade pra você. Isso me intrigava bizarramente. Foi aí que imaginei uma situação onde todas as pessoas do mundo recebessem ao mesmo tempo uma mensagem cabulosa no celular, algo como “acabou”, “já era” ou algo do tipo. Imagine que quem está por trás de toda essa tecnologia se aliou à própria inteligência artificial e resolveu comunicar que de uma vez por todas que não importa o que você faça, pense, ou queira, a dominação deles já é um caminho sem volta, que não adianta lutar contra. Algumas pessoas podem se desesperar com isso, mas com certeza outras vão só encarar como um trote ou uma tentativa de golpe e seguir a vida. Acho que teria gente que inclusive aplaudiria esse tipo de coisa. Foi pensando nessa situação e nas possíveis respostas diversas das pessoas que essa musica foi composta. Por isso que o instrumental dela é meio doido e acho que a letra também hahah

3. E o álbum, algum spoiler sobre o que está por vir?

Esse álbum novo tem muita coisa diferente. Nós ainda continuamos com a mesma essência, mas tamo explorando uns outros lugares que não explorávamos tanto antes. Todo mundo da banda sempre curtiu muita música brasileira mas pouco disso se colocava nas músicas, dessa vez colocamos muito mais Brasil nas composições, arranjos e tudo mais. Além disso, tem compositores diferentes nesse álbum que não só Yves. Tem música de Fabinho, de Betina, uma amiga nossa de SP. E ah: tem muitas parcerias muito legais que a gente fica muito feliz em ter feito!! mas ó: pra galera que curte um roque triste, vai ter música de chorar também ok? hahaha. A gente espera muito que todo mundo goste e entenda essa nova fase, que tem muita novidade e muito material pra sair. Até lá!

O Pré-Save de “Leds do Japão” (clique aqui ou na imagem abaixo e faça o pré-save) está disponível a partir de agora e todxxx já podem salvar a música em suas playlists. A coluna já ouviu e aprovou com louvor, é uma faixa super indicada para quem curte a fase mais louca dos The Flaming Lips, apresentando uma nova sonoridade ao trabalho da Cidade Dormitório.

 

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GLUE TRIP

Já trabalhamos com a banda Glue Trip durante o ano de 2019 e um pouco de 2020, foi um belo momento, mas infelizmente não conseguimos concretizar os nossos planos na época, pois a pandemia atrapalhou bastante o processo (e nós também estávamos confusos demais com tudo que estava acontecendo ao nosso redor e no mundo). Uma pena mesmo! Depois de um hiato de 02 anos, as águas se acalmaram, podemos rever pensamentos e sentimentos, e resolvemos deixar o passado de lado e pensar no presente/futuro de forma mais intensa. A vida é curta demais para ficar remoendo mágoas. Pensando nisso, aproveitei um dia que o Lucas me ligou para resolver uma pendência da turnê que íamos realizar pelo México e fizemos as pazes, falamos abertamente sobre nosso erros e celebramos o momento, que é bom demais, estar ainda por aqui e poder celebrar a vida que nós temos é o mais importante e o mais vital. As boas energias é que precisam ser valorizadas, e não devemos ficar nos atendo a coisas ruins nunca. A coluna está de olho nessa nova fase da banda e para dar um spoiler mais seguro do que vem por aí, resolvemos trocar 03 dedinhos de prosa com a mente por trás da obra da Glue Trip, que nos respondeu algumas perguntinhas sobre o novo álbum da banda que chega ao mundo em 2022. Com vocês: Lucas Moura!

Lucas Moura, a mente criativa responsável pela obra da Glue Trip. Foto por Bel Gandolfo.

1. A Glue Trip tá preparando um álbum novo e soltou 02 singles até o momento, o que você tem a dizer ao seu público sobre essa nova fase da banda?

É uma fase mais focada na música brasileira, acredito que o fã da Glue Trip vai se identificar muito com essa nova fase porque mudar é algo natural pra gente. Com os singles lançados já dá pra sentir um gostinho do que vem por aí com esse novo trabalho. Todo disco da Glue Trip é um convite para trazer algo novo e chegar mais junto da sonoridade do nosso país é reconfortante e ao mesmo tempo desafiador.
Eu sempre escutei de fãs brasileiros e estrangeiros que tinham essa curiosidade de ver a Glue cantando em português, mas não acreditava que havia chegado a hora disso ainda, mas agora eu sinto que com esse novo disco a hora chegou.

2. Como surgiu o convite para ter o Mestre Arthur Verocai na gravação do primeiro single “Lazy Dayz”? E como foi gravar com ele?

Foi tudo muito louco. Em junho de 2021 acabamos todas as gravações com banda do disco novo. Estávamos escutando muito Verocai na época da criação do disco e enquanto tocava Lazy Dayz, recém-gravada no estúdio o Zé Nigro , produtor musical do disco, mandou uma frase no tom de brincadeira: “Essa música tá muito massa só faltou aqueles arranjos do Verocai”. Eu captei aquela ideia na hora e decidi entrar em contato com a equipe dele para tentar uma participação, enfim, joguei para o universo. Quando recebi a resposta afirmativa da equipe dele chorei de alegria. Gravar com ele é mágico, existe toda uma aura ao redor da sua pessoa e dos arranjos que ele criou. Não existe outra palavra para descrever a sensação que não seja “mágico”. Marcou minha vida para todo o sempre e me sinto muito grato por todos os momentos inesquecíveis que esse trabalho me proporcionou.

3. Pode adiantar algo sobre o novo álbum? Quando vai sair? Por onde vai sair? Quais os planos da banda depois de lançar o álbum?

O disco se chama “Nada Tropical”, será lançado no dia 15 de Julho de 2022 de maneira independente e em Vinil pela Somatória do Barulho. No mesmo dia sai um clipe maravilhoso do nosso colaborador de longa data Daniel Vincent, o disco conta com as participações especiais de Arthur Verocai (RJ), Felipe S (PE), YMA (SP) e OTTO (PE). Estamos fazendo diversas turnês pelo Brasil, tocamos no Sudeste, Centro-oeste e no Sul do Brasil nos últimos meses e a ideia da banda é tocar em cada lugar do Brasil que nos queira receber nos próximos meses e em setembro partimos para nossa primeira tour pela Europa. Estamos super animados com tudo que vem acontecendo e com a resposta do público com o retorno aos palcos e com o lançamento dos singles!

Glue Trip se diverte na sala de estar. Foto por Bel Gandolfo.

O que Achamos dos novos singles da Glue Trip?

A Glue Trip é uma banda formada em João Pessoa, na Paraíba, e carrega esse lado tropical do Brasil por conta da natureza bruta que a cerca e por conta da herança que trouxe da cidade onde foi formada. É fato que a banda se transforma a cada álbum, e que agora residindo em São Paulo, ela carrega novos elementos e estampa uma nova formação. A nova fase do grupo liderado por Lucas Moura é o retrato fiel disso.

Os novos singles apontam caminhos ainda mais diversos para a sonoridade psicodélico-tropicalista do projeto, e isso é notável já no primeiro single “Lazy Dayz”, faixa que mescla letra em inglês e português, e traz arranjos primorosos do Mestre máximo Arthur Verocai. É como se fosse uma passagem de bastão, das letras cantadas em inglês para o português, dos arranjos solitários de Lucas Moura para os arranjos orquestrados e primorosos do Mestre Verocai.

A música é uma low-bossa nova cheia de psicodelia e que traz uma leveza aconchegante que eleva a alma e nos faz viajar por paisagens sonoras coloridas, um horizonte novo e cheio de novas possibilidades na sonoridade da Glue Trip. O refrão canta “Latino-Americano, arroz, feijão e ganja”, gostoso né? Ainda mais quando entram os violinos e arranjos do Mestre Verocai que são mesclados com um violãozinho bem bossa nova. É tropicalismo moderno na veia.

“Tempo Presente”, o mais recente single lançado desse novo trabalho e dessa nova fase da Glue Trip traz uma capa que estampa uma belíssima arte, também assinada por Bruno Borges, e mostra mais uma vez que a banda está em busca da reinvenção sonora do seu trabalho. A música começa com uma levadinha de bateria bem tropical, meio samba, meio neo-psicodélica, tem flautinhas, tem violãozinho, e tem um suíngue maneiro e bem colocado. É o supra-sumo da música brasileira revisitado por uma das bandas mais ousadas da atualidade. Flerta com delícias dos anos 70 e atualiza a psicodelia brasileira num grau que só a Glue Trip consegue atingir.

Se a gente pudesse apostar no que vem por aí somente por esses 02 singles já lançados, eu acho que faria uma aposta grande, pois a chance do álbum ser superior a muita coisa nacional que vem sendo lançada ultimamente é enorme. A Glue Trip é isso, menos hype e muito mais qualidade.

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O Post Polêmico no Instagram do Ali Prando

Recentemente o artista e músico Ali Prando fez um post polêmico no Instagram (confira o post na íntegra AQUI!), o qual replicamos algumas partes abaixo, e que rendeu centenas de likes e compartilhamentos. No post ele questionava sobre a pressão que o artista sofre para ser “criador de conteúdos”, e “empreendedor de sua obra” em detrimento da arte em si. Uma tática cada vez mais usada pelos produtores, managers e gravadoras para inflar os números dos artistas e atingir os lineups dos grandes festivais, ludibriar a crítica (ainda existe crítica no Brasil?) e enganar audiências que usam os filtros rasos e preguiçosos do convencimento coletivo.

A Coluna aproveitou a polêmica para fazer duas perguntinhas ao Ali Prando ou ALI, e também falamos sobre o bem bolado novo videoclipe do artista, uma animação super divertida que mostra a faceta artística do cantor e aponta para um futurismo latente em sua obra. Olho vivo no trabalho e nas ideias do ALI.

1. Recentemente você fez uma postagem no Instagram que repercutiu bastante, onde provocava a cena e as curadorias sobre o “sufocamento midiático” que a maioria dos novos artistas sofre por conta da necessidade de apresentar números aos curadores e Festivais de música do Brasil. Na sua opinião, o que poderia ser diferente? E o quanto isso te sufoca, como artista independente, o quanto isso é realmente importante?

No post, na verdade, eu queria chamar atenção para o modo como tenho visto o fazer artístico sendo organizado através das redes sociais e plataformas de streaming. O meu próprio algoritmo me lança cursos milagrosos dados por “coachings” de música, com aulas de toda sorte: “como engajar sua marca nas redes sociais?”, “como ganhar milhões de views em cinco dias?”, “como empreender musicalmente?”, esses conteúdos basicamente soterram o fazer artístico e tornam os criadores em verdadeiros publicitários, distanciando-os da possibilidade de fazer obras realmente complexas, que exigem tempo, pesquisa, maturação da ideia, técnica, acesso a conceitos específicos, etc.

Recentemente, também trabalhei de perto com artistas que circulam pelo mainstream brasileiro, e foi chocante pra mim como eles estavam distantes da estética e eram ligados nos números, desde a compra de seguidores em redes sociais, ou pautas em sites de fofoca, anúncios nas plataformas digitais, e featurings como “fusão de empresa” (sic). Uma dinâmica esquisita que se distancia dos artistas que estão dedicados aos seus processos de composição, criação de visuais, pesquisa de timbres e um universo estético mais amplo.

O resultado desse processo todo é uma paisagem sonora e visual totalmente pasteurizada e chapada: as melodias, instrumentais, coreografias são todas muito similares, até mesmo porque elas geralmente vêm dos mesmos produtores musicais e executivos, coreógrafos, diretores de arte.

Nesse sentido, artistas que tentam produzir outras linguagens não conseguem acessar os circuitos de arte mainstream ou midstream, tanto porque o “gosto” do ouvinte já foi sequestrado pela lógica do algoritmo, tanto quanto porque os curadores não vão contratar artistas novos ou com números menores que os artistas virais. O que realmente deveria acontecer é uma grande reavaliação de toda a lógica mercadológica em que estamos inseridos, enquanto artistas, curadores, produtores e ouvintes. Os curadores precisam com urgência repensarem suas plataformas e festivais, justamente porque eles têm o poder de oferecer ao público não só aquilo que ele já conhece, mas o que pode ser novo e expandir seu senso estético também. Todo mundo ganha com essa mudança de ecossistema da música.

2. E a Arte em si, você acha que ela morreu ou perdeu importância em relação ao público? O que falta para que as pessoas voltem a valorizar o trabalho artístico? E não somente dancinhas e conteúdos duvidosos…

Não morreu e nem nunca vai morrer, porque quem tem coisas interessantes a dizer sempre vai se sentir incomodado e vai deixar os incômodos tornarem-se obras de arte. Me sinto extremamente privilegiado quando olho ao redor e vejo artistas que admiro produzindo suas obras com afinco.
A cena musical brasileira contemporânea é recheada de artistas interessantes que apontam para o futuro: Jup do Bairro, Getúlio Abelha, Teto Preto, Letrux, YMA, Boogarins, O Novíssimo Edgar – todos esses são diferentes entre si, mas percebo que tem uma dedicação profunda sobre como expandir suas obras e criarem trabalhos que dialoguem com as vanguardas musicais.

Enquanto artistas e musicistas, acho que é hora de construirmos uma rede de apoio realmente eficaz e se organizar politicamente para criarmos demandas sólidas a respeito de nossos ofícios. A gente precisa se perguntar: “De quem os artistas independentes dependem?” Editais? Espaços culturais?”. Essas estruturas parecem demasiadamente frágeis, sobretudo agora com o desmonte da cultura promovido pelo governo no país. Quem realmente conseguiu criar um circuito independente – tanto muito forte no digital, quanto na pista e palcos, foram os artistas de funk que não dependem de nenhuma instituição hegemônica e conseguem circular com música facilmente. Temos muito a aprender com eles, neste sentido.

Sobre Ali Prando e seu novo videoclipe

Depois de fazer sua estreia com os singles “TECNOGÊNERO” e “LEITE”ALI, cantor e compositor não binárie paulista, prepara o terreno para “NEM”, canção marcada pela música eletrônica experimental e de forte tom épico.

“”NEM”, meu novo single, existe fruto da vontade de organizar a raiva e imaginar um novo mundo onde os corpos dissidentes triunfarão sob os corpos coloniais”, comenta ALI sobre a faixa.

Os visuais de “NEM” são assinados pelo artista carioca Pedro Rocha.

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NOVOS LANÇAMENTOS PARA FICAR DE OLHO

A coluna destaca os novos lançamentos musicais que merecem destaque e que são bons para ficar de olho, com críticas para os novos discos de artistas tipo Tempers (olho nessa banda de Nova York, eles lançaram o delicioso álbum “New Meanings”), ZETA (Todo Bailarlo), Dieguito Reis (Verão na Cidade Sem Mar) e Hate Moss (“NaN”, que foi lançado dia 20 de Maio, via Before Sunrise Records).

TEMPERS

New Meaning (2022, Dais Records)

A bateria cheia de reverb, vocais soterrados e nebulosos definem o tom perfeitamente no novo álbum da dupla de synth pop TEMPERS.

O duo nova-iorquino TEMPERS está de volta com “New Meaning” seu novo e delicioso álbum, que foi lançado no comecinho de Abril pelo selo Dais Records. O trabalho apresenta o já famoso electro dark wave do duo e aposta numa sonoridade moderna com flertes positivos ao som dos anos 80. Conheci o TEMPERS quando os convidei para participar do Global Music Fest, um festival virtual que realizamos em 2020, em parceria com o canal de YouTube Minuto Indie. Eles foram super fofos e atenciosos desde o começo e isso me cativou tanto que nunca mais parei de ouvir a banda.

Os coros de “Nightwalking” sussurram como lendas urbanas; uma mansão assombrada por shoegaze, acompanhada por passagens de guitarra fuzz e transições de sintetizador que oferecem serenidade. Leva muito de seu caráter dos anos 80, assim como os sintetizadores uber-europeus A-ha de “Unfamiliar”; pensamento avançado e nostalgia tudo em um.

“It Falls Into You” começa com vocal susurrado, e uma batida eletrônica que vai crescendo junto das vozes e chega num extânse robótico, vozes sobrepostas se entrelaçam e se fundem como se fossem ditas por um ciborgue. A bateria eletrônica inclusive dá o tom desse tema… “Secrets and Lies” é uma baladinha deprê futurista que nos remete a um clima meio Blade Runner de uma deliciosa tarde chuvosa. Já “Here Nor There” é talvez uma das minha preferidas no álbum, a bateria soterrada contrasta com o vocal altivo de Jasmine, é uma delicinha de som que vai crescendo e crescendo. Nesse ponto, o álbum já me conquistou por inteiro e já estou dançando no infinito do espaço sideral. Aliás a sequência final com “Song Behind A Wall”, “Carried Away” e “Sightseeing” é poderosa e dá o tom do álbum… sombrio e futurista! Vai sem medo porque é bom demais esse novo álbum do TEMPERS.

ZETA

Todo Bailarlo (2022, Skeletal Lightning)

A banda venezuela ZETA é uma das melhores surpresas do rock latinoamericano nos últimos anos, e posso provar porque vi vários shows deles esse ano e cada um foi melhor que o outro! Agora eles acabam de lançar o novo álbum “Todo Bailarlo”, que está repleto de fúria e vigor, com músicas fortíssimas e uma pegada a la At The Drive In, Rage Against The Machine com pitadas de reggae, dub, cumbia, stoner rock, punk rock e indie rock, é um caldeirão sonoro maravilhoso. Um álbum e uma banda que merecem ser destacados.

Ao vivo, o ZETA é uma das melhores bandas que eu vi nos últimos 10 anos. É um absurdo!!! É contagiante, agressivo, emocionante, empolgante mesmo… É praticamente impossível você ficar passivo num show do ZETA.

“Todo Bailarlo” tenta reproduzir toda a voracidade do grupo ao vivo e quase consegue, o álbum é ótimo e mostra toda a diversidade sonora do combo venezuela radicado nos Estados Unidos. A primeira faixa “La Floe de la Palabra” é poderosa e excelente para abrir os trabalhos, mas “Piel De Oro” é outra canção que merece destaque (ao vivo ela é mais pesada) e traz vocalizações femininas super interessantes, que nos shows eles usam como samplers. “Flor Del Tiempo” começa com uma bateria tribal e cheias de distorções, cantando sobre as saudades da terra natal Venezuela e sobre as dores da América Latina. “11:11” é talvez uma das minhas preferidas, tanto nessa versão de estúdio quanto ao vivo. Ainda estamos na quarta música e a banda já nos convence com seu bombo psicodélico e potente que mescla diversos ritmos latinos numa só empreitada. ZETA é uma banda diferente, e isso fica claro. Os vocais de Juan me agradam muito, as guitarras são poderosas e ruidosas, o trabalho percussivo do grupo é marcante e o combo Baixo/Bateria mais parecem uma locomotiva desenfreada. “El Encuentro” é outra música que merece destaque, vamos e convenhamos, que álbum delicioso!!! “Todo Bailarlo” ganhou uma edição especial em vinil splatter amarelo e vermelho, com encarte assinado pela banda, apenas 300 cópias foram disponibilizadas e é claro que irão esgotar em pouquíssimo tempo. Eu se fosse você corria logo para garantir uma cópia desse álbum histórico! ZETA é a banda mais politizada e pesada do momento na América latina. Vai na fé que é pancada na moleira!!! Mas depois volta aqui para agradecer a dica do IndieAmérica.

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HATE MOSS

NaN (2022, Before Sunrise Records)

O duo ítalo-brasileiro Hate Moss, formado por Tina (vocal e eletrônica) e Ian (vocal e bateria), acaba de soltar o segundo álbum da carreira, NaN, que usa muitas texturas sonoras para abordar a alienação da nossa época. O álbum foi gravado no Reino Unido, Itália e Turquia e já está disponível em todas plataformas digitais. No Brasil, a distribuição digital é por meio do selo Before Sunrise Records.

Em ciência da computação, NaN (/ næn /), sigla para Not a Number, é um membro numérico de um tipo de dado que pode ser interpretado como um valor indefinido ou não representável. O título representa o tema principal do álbum, que enfoca a alienação derivada do hábito de tratar a vida humana a partir de um cálculo frio.

O sincretismo cultural, já presente em seus primeiros trabalhos, tornou-se ainda mais forte pela fusão de diferentes estilos musicais e idiomas. Como enfatiza a Hate Moss:

“a opção por uma abordagem musical mais comercial não implica a renúncia a questões socialmente relevantes, que de fato assumem uma importância considerável, proporcionando ao ouvinte um meio simples de compreender uma mensagem mais profunda”.

Neste álbum, como no debut, a Hate Moss convidou vários artistas nas gravações de loops, partes instrumentais e featurings, entre eles a artista Carolina Zac na música “Stupid Song”Isis Broken na música “Pensar”.

A Hate Moss comenta sobre a participação de Isis Broken e sobre NaN:

“O video representa muito bem a situação atual do mundo, a saturação de uma civilização que perdeu os valores. A facilidade com o qual cada um de nos prefere crer no que é mas simples. ficando atrás de uma tecnologia que mascara bem nossos defeitos.

A parceria com Isis Broken veio graças ao selo Before Sunrise Records pelo qual fazemos parte. Todo o álbum tem uma pegada social em termos de palavras e texturas. O tema fundamental é a alienação da nossa época”.

“NaN” é o resultado da colaboração entre o selo Stock-a Productions com os selos brasileiro Before Sunrise Records e o selo argentino Rock City Agencia.

Todas as músicas foram compostas pelo duo Hate Moss e o álbum foi produzido e mixado no In A Sleeping Mood com a Hate Moss. A masterização é trabalho de Jason Mitchell no Loud Mastering studios.

Mais sobre a banda: https://www.hatemoss.com/ e https://www.instagram.com/hatemossband.

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DIEGUITO REIS

Verão na Cidade Sem Mar (2022, Matraca Records/YB Music)

‘Verão Na Cidade Sem Mar’, o primeiro álbum de estúdio de Dieguito Reis (baterista da Vivendo do Ócio),  foi lançado no dia 06 de maio. Mergulhado na onda oitentista da soul e dance music, Dieguito mantém sua música no universo do rap, indie e R&B, com mais embalo e groove do que o normal. O álbum conta com participações especiais de nomes influentes da música indie brasileira, entre eles IZENZÊÊ, Martin Mendonça, Jardim Soma, Lau e Eu, além de Izy Mistura, cantor togolês atualmente morando no Brasil, e mais.

O álbum ainda traz Thiago Guerra (Fresno) assinando os arranjos em “O Que Chamam de Amor”, faixa gravada no Estúdio Concha. Outras colaborações interessantes ficam por conta de Aquahertz na produção (exceto a faixa-título), Gui Almeida nos arranjos de “Decolagem”, entre outros. ‘Verão Na Cidade Sem Mar’ foi lançado pelo selo Matraca Records, em parceria com a YB Music.

A foto lindona da capa merece destaque porque foi feita pelo saudoso Rafael Kent.

Colaborador de anos, desde os tempos da Vivendo do Ócio, o fotógrafo e videomaker baiano Rafael Kent foi o responsável pela foto e assinatura da capa de ‘Verão Na Cidade Sem Mar’. Reconhecido nacionalmente por grandes trabalhos no audiovisual da cena artística brasileira, Kent faleceu dias antes do lançamento, no último 23 de abril, aos 42 anos. Amigo próximo de Dieguito, ‘Pumuca’ como era chamado carinhosamente será lembrado pela eternidade. Tanto por essa capa belíssima, quantos por seus inúmeros amigos e admiradores (e eu me incluo nessa onda, Viva o Pumuquinha!). A coluna é fã e sempre será da obra do Rafael Kent e da pessoa maravilhosa e generosa que ele sempre foi.

Capa do novo álbum de Dieguito, ‘Verão Na Cidade Sem Mar’, por Rafael Kent (in memoriam)

DISCOGRAFIA & CARREIRA

Apesar do primeiro álbum de estúdio, Dieguito já tem lançado em suas plataformas 14 singles, 1 EP e um álbum ao vivo no Estúdio Showlivre em quatro anos de projeto. Para o novo lançamento, a expectativa é totalmente nova, apesar da experiência de lançar cinco álbuns com sua banda Vivendo do Ócio.

“Toda minha vida está neste álbum. Todas as minhas angústias, derrotas e vitórias”, desabafa o artista baiano, nascido e criado no bairro do Uruguai, em Salvador. Preparado inicialmente para ganhar vida em 2020, ‘Verão Na Cidade Sem Mar’ precisou de três anos para ser gestado, seja com composição, gravação, mudança na estratégia de lançamento devido a pandemia e outros processos necessários.

Dieguito Reis, o patchara da batera agora atacando de vocalista soul music em seu trampo solo.

E foi nesse processo de mudança de lançamento por conta da pandemia que acabaram aparecendo novas músicas, dando lugares a outras que já estavam garantidas no setlist do disco antes da pandemia.

Aos 34 anos, este é um desafio que Diego encara de frente e com muita paixão como artista. Além do seu projeto solo e de assumir as baterias da VDO desde 2008, Dieguito colabora com Lau e Eu e é DJ residente da boate Tokyo, em São Paulo.

Os próximos Passos? Turnês e shows pelo país apresentando a nova formação da sua banda de apoio: Carol Navarro (Supercombo) no baixo e na voz, Lau (Lau e Eu) na guitarra e voz, Leon nos teclados, além do próprio Dieguito na bateria e voz. Um novo single também é prometido para os próximos meses.

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Descobertas do Groover

Toda coluna que chega vem com novidades que encontramos na plataforma francesa GROOVER… São artistas de diversas partes do mundo que nos mandam suas canções em primeira mão e alguns nós destacamos aqui. Esse mês tá cheinho de novidades suuuuper legais e artistas de todos os estilos, confiram:

Blood Moon (Reino Unido)

Rob Muir é o nome por detrás da mente criativa do projeto Luna Waves, baseado em Bedford, UK. Atuamente, ele está promovendo seu segundo álbum “Blood Moon”, que foi lançado em 25 de Março de 2022. O álbum toca em uma gama de influências diversas, como Psychedelic Rock, Prog Rock, Dream Pop, Stoner Rock, Shoegaze e Synth Pop.

Abaixo, estamos compartilhando a faixa “Blood Moon”, retirada do 2º álbum do Luna Waves. Espero que gostem da música e, se animarem em compartilhar em suas redes, isso seria ótimo!

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Graffiti Wellfare (Estados Unidos)

“DejaBlue” é uma espécie de música Deja Vú? Essa é pergunta que fica rondando em nossa cabeça depois de ouvir mais uma faixa do trabalho diferenciado de Graffiti Wellfare, dos Estados Unidos.

Apostando em sintetizadores e guitarras psicodélicas, além de uma batida de bateria que se repete, a música revisita boas lembranças de uma vida inteira e apresenta uma pergunta infinita: onde estamos neste mundo? qual é o nosso papel aqui? O trabalho de Graffiti Welfare é baseado na psicodelia e muito refinado, no começo você pode achar as músicas um pouco estranhas, mas depois de mergulhar no mar de possibilidades das canções apresentadas por ele, a viagem é prazerosa, anestesiante e refresca a alma.

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Grace De Gier (Holanda/Colombia)

“Piensa en Mi”, da cantora Grace de Gier, é um pop rock honesto, com bom trabalho de guitarra e um vocal muito bonito, o fato da música ser cantada em espanhol dá um charme a mais ao som e nos encanta porque nos lembra um pouco da Shakira, por que não?

No entanto, Grace vai além e apresenta sua veia pop com naturalidade e aponta como uma possível novidade para o mercado da música, ainda mais por ser uma mulher de ascendência latina fazendo rock.

Suas músicas estão tocando nas rádios européias e uma delas (“And Now”) está em 3º lugar nas paradas musicais do Reino Unido. Ela também foi indicada a melhor cantora de Rock pop 2022, pelo Mara Awards (prêmios latinos)

Grace de Gier melhor descreve sua música como uma mistura única entre os anos 80/90 e o Rock moderno, usando instrumentos que não são comuns no Rock, desde um acordeão muito colombiano até um violino clássico. Acolhendo públicos de todas as idades e de vários países, com seguidores em suas redes sociais de diversas nacionalidades. Nascido na Colômbia e morando há mais de uma década na Holanda, agora oferece shows ao vivo com sua banda holandesa

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Gustavo Kaly (Brasil)

Baaaaitaaaa alegria receber essa track dos queridos Gustavo Kaly e Wander Wildner. “Sempre que eu posso eu fujo do inverno” já começa com as guitarras lá no alto, no talo, e joga a energia para cima logo de cara. Quando entram os vocais de Wander e Gustavo o lance engrossa o caldo de vez. A letra é boa e ainda tem participação especial do guitarrista Gabriel Guedes, da Pata de Elefante, na faixa. Jóia rara que foi lançada pelo selo Maxilar Records, do também incrível Gabriel Thomaz (Autoramas)!

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Hang Ten (Estados Unidos)

Trilha deliciosa, galera!! Ficamos encantados com essa música… Tão divertida e pop, e aconchegante e romântica ao mesmo tempo. Eu me sinto melhor depois de ouvir essa faixa, realmente é uma faixa para se levar em consideração. Ficamos tão empolgados que perguntamos à banda: Quem São Vocês?? Nos contem um pouco mais sobre a Hang Ten?

Eis a resposta deles:

“Somos uma banda relativamente nova e principalmente um projeto de estúdio por enquanto. Todos nós tocamos juntos em várias bandas diferentes ao longo dos anos e nos reunimos durante a pandemia para nos mantermos criativos. Temos um estúdio em um monastério em Appleton, Wisconsin, do qual fazemos um monte de trabalho para outras pessoas, e este é um dos primeiros projetos que estamos fazendo algo para nós mesmos e tem sido uma lufada de ar fresco. No momento, não estamos em uma gravadora, mas gostaríamos de qualquer ajuda para divulgar que podemos, e realmente agradecemos sua ajuda!”

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Love Ghost (Estados Unidos)

Muito bom som, galera! Super enérgico a mistura de rock industrial com trap e hard rock… Resolvemos compartilhar aqui porque sabemos que há no Brasil muitos fãs de rock industrial, principalmente de bandas como Ministry, The Prodigy e afins. Mete o play e boa diversão!

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Memory Hotel (Australia)

O que acontece com a água na Austrália? Não sei, mas a maioria das bandas que passaram pela minha existência são boas ou têm bom gosto refinado para fazer música.

Com ótimo trabalho vocal, além de todas as partes percussivas e harmônicas, o trabalho do Memory Hotel realmente nos remete a ecos de Tame Impala, Melody’s Echo Chamber e Slowdive, conforme mencionado no release que nos foi enviado.

Gostei muito da música, muito psicodélica, muito sonhadora e com excelente trabalho de guitarra. A produção e gravação também está ótima. Parabéns pessoal, continuem assim!

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Pirikito (Brasil)

Neo-soul, R&B, rap, MPB e jazz se encontram na sonoridade de Pirikito, cantor e compositor de Vitória (ES) que antecipa seu primeiro álbum com uma sequência de singles. Após as faixas “Quiet Days”, “Um Sol a Cada Dia” e “It’s Been a While”, todas de 2020, o músico revela “Incerteza”, faixa climática de alma tropical beat que ganha um clipe dirigido pelo próprio artista.

Pirikito é o projeto autoral de Gabriel Barbosa, músico capixaba que usa seu projeto solo para traduzir emoções e sensações em forma de música. Conhecido como vocalista da banda Pura Vida Original, agora ele comanda todos os aspectos de seu trabalho artístico. Em “Incerteza”, Pirikito inaugura a parceria com o selo independente Casulo e tem a faixa produzida pelo indicado ao Grammy Latino Rodolfo Simor (Silva, Roberta Campos) que já assinou outras produções do artista.

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Yanna (Brasil)

Já havíamos falando aqui na coluna sobre o trabalho da YANNA, essa cantora sergipana radicada em Florianópolis. Agora ela volta com essa baladinha meio bossa nova e mostra uma nova faceta em sua obra, um pouco distante da levada electropop dos trabalhos anteriores. Ponto para a menina, fiquem de olho nela!

E essas foram nossas dicas da plataforma GROOVER, continuem nos mandando suas música pela plataforma, quem sabe ela não aparece aqui em nossa coluna com destaque?

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Por que os Lineups continuam apresentando o MAIS DO MESMO?

Os Festivais voltaram no Brasil a todo vapor, vários já aconteceram no começo de 2022 e muitos ainda estão por vir, novos estão surgindo e alguns já consagrados foram infelizmente cancelados por tempo indeterminado. Mas e de novo, o que há?

A coluna anda sempre refletindo sobre a falta de diversidade nas atrações dos festivais de música no Brasil, que repetem lineups indiscriminadamente, apesar de estarem abrindo mais espaços para artistas mulheres, artistas negros, índios e LGBTQIA+, sabemos que ainda falta muito para os festivais do Brasil ousarem de verdade.

O que falta para os curadores e promotores de festival apostarem em novos artistas? Será que é apenas a falta de demanda por parte do público? Ou será que é a falta de ousadia dos curadores e promotores? A coluna quer saber… e, para isso, provoca:  Por que os lineups continuam apresentando MAIS DO MESMO?

Sabemos que no Brasil a curadoria musica é feita por um grupo seleto de pessoas, e muitas delas, para não dizer a sua total maioria se baseiam em números e não no talento artístico em si. Basta ver a quantidade de nomes repetidos nos lineups de quase todos os festivais Brasil afora e adentro. Porque será que isso acontece? Será que somente aqueles nomes tem talento? Até quando a desculpa de que “o público quer ver aqueles artistas” continuará valendo?

Será que nunca teremos uma diversidade como acontece em festivais gringos, por exemplo? Já falamos aqui na coluna passada sobre o sucesso de festivais como o Treefort Music Fest, que acontece anualmente na pequenina Boise City (Estados Unidos).

Boise é uma cidadezinha que é capital do Idaho e tem menos de 250 mil habitantes, mas todo ano apresenta um festival que leva cerca de 500 atrações de todo o mundo, sendo 70% delas APOSTAS em novos artistas e movimenta MILHÕES de dólares para a a Capital do Idaho.

Será que isso nunca irá acontecer no Brasil? Será que nunca haverá um festival aqui que realmente aposte em novas tendências? Ou será que temos uma curadoria corrompida e apadrinhadora dos mesmos nomes de sempre? A bolha é confortável tanto assim? Ninguém ousará nunca “estourar” essa bolha?

A coluna lança a pergunta: Você está satisfeito com o MAIS DO MESMO? OPINE, sua voz é importante, deixe seu comentário e vamos discutir esse momento de volta aos shows e o que pode ainda melhorar para que tenhamos, um dia, uma cena musical forte e diversificada no Brasil.

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Pedro De Luna lança campanha para editar a Biografia do Champignon, do Charlie Brown Jr.

Pedro de Luna é jornalista, desenhista e escritor com anos de serviços prestados ao mercado literário e cultural brasileiro. Ele é o responsável pela Biografia do Planet Hemp, por exemplo, livro que escreveu com a colaboração de diversos depoimentos de pessoas próximas à banda e profissionais que estavam perto do grupo e acompanharam o surgimento e crescimento da banda.

A mais nova empreitada do De Luna é um Livro Biográfico do músico Champignon, que foi baixista da banda Charlie Brown Jr em sua formação clássica e morreu já faz alguns anos. Ele cirou uma página no Facebook onde vem promovendo o crowndfunding para o lançamento do livro sobre Champignon, acompanhem alguns posts:

1) O gosto do menino Luiz pela música começou bem cedo, quando viajava de navio com a família e via o pai e os marinheiros tocando no convés.

Aos seis começou a tocar e aos sete matriculou-se em violão clássico no Conservatório Heitor Villa Lobos. Aos 10 decidiu que seria baixista. É com esta idade que Champ aparece nesta foto de outubro de 1988 cedida para o livro pelo seu pai e a irmã Eliane.

2) Luiz morava com a família em frente à Fonte do Sapo quando entrou em sua primeira banda, a Licantropia, que tocava apenas covers. Um dos integrantes era o baterista Daniel Siqueira , quatro anos mais velho e que depois integraria o GARAGE FUZZ.

Disposto a investir na carreira musical, Champ começou a fazer aulas com Zuzo Moussawer, que já enxergava no menino um aluno diferenciado e aplicado nos exercícios.

3) Ainda na adolescência começou o interesse de Luiz pelo beatbox, que aprendeu na Escola Estadual Dr. Antonio Ablas Filho, com um amigo cujo apelido era “Zero”. Essa foto é desta época. Para comprar cordas e acessórios, ele tocava em bandas cover na noite santista.

Champ também se virava dando aula de baixo em casa e trabalhou como atendente na Livraria Antiquário. Mas o que ele queria mesmo era tocar numa banda autoral…

4) A música “What´s Up” que deu nome à banda era formada por Chorão, Luciano Oreggia (bateria), Dany Romano (guitarra) e Alexandre “Bolinha” (baixo) – que ficou por pouco tempo e foi substituído por Champignon, o baixista prodígio que tinha apenas 12 anos de idade.

Ainda determinado a tocar em bandas autorais, Champ também ingressou na banda Mr. Green – substituindo justamente o seu ex-professor Zuzo Moussawer. O Mr. Green era contemporâneo do Last Joker, por onde passaram Marcão [Marco Britto] e Renato “Pelado”.

No livro você verá outras fotos incríveis do Mr. Green cedidas pelo querido Gino Pasquato. Esse flyer é de um show das duas bandas no Dama Xoc, em São Paulo, em 1992.

5) A primeira formação do Charlie Brown Jr. era Chorão, Champignon, o baterista Vini Cesar e o guitarrista Fernando Bassetto.

Alguns meses depois, o quarteto sentiu a necessidade de ter mais um guitarrista e convidou o Marcão – que não aparece nessa seção de fotos e gravação de videoclipe por ter outro compromisso no dia.

Agradeço imensamente ao Vini e ao Nando pelas entrevistas e imagens cedidas para o livro.

6) No início, o Charlie Brown Jr. contou com a ajuda de pessoas como Pepinho Macia, da loja Metal Rock, frequentada por Champignon. Foi ele quem inscreveu a banda no festival da Move’s Bar no qual o CBJr terminou em terceiro lugar.

Produtor de eventos, dono de selo e apresentador de programa em rádio, Pepinho também colocou o grupo para abrir o evento com o Angra e o Mitrium em São Vicente e outro com Angra, Korzus e Dr. Sin no clube Vasco da Gama lotado.

Para acompanhar mais sobre o projeto e ajudar na campanha de crowndfunding do livro, acesse: https://www.kickante.com.br/vaquinha/pre-venda-do-livro-champ-a-biografia-do-baixista-champignon

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IndieAmérica | Playlist

E para celebrar essa mudança definitiva de nome da nossa coluna que agora se chama oficialmente IndieAmérica, resdolvemos postar mais uma vez a nossa playlist especial #IndieAmérica com o creme la creme do indie latino para o deleite de nossos leitores e leitoras e leiteres…

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E essa foi a sua IndieAmerica…
CÂMBIO E DESLIGO!

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