Depois de Björk classificar seu novo disco como “techno biológico”, agora Doja Cat entrega as referências ravers do seu novo álbum e aponta tendência

Doja Cat está concluindo as gravações de seu quarto álbum, o sucessor de Planet Her (2021), maior êxito da artista até agora.

O último disco de Doja antingiu o número segundo lugar na lista da Billboard quando chegou às plataformas no meio da pandemia e gerou uma enorme expectativa entre os fãs e a crítica. Em uma entrevista à revista de moda CR Fashion Book, a cantora apontou uma nova tendência entre os grandes artistas pop: um olhar para a cena clubber das décadas passadas.

Apesar de dizer em outras oportunidades que seu disco novo seria “predominantemente rap”, Doja conta que seu novo disco terá muita influência da cena raver alemã dos anos 90 ou seja, techno e hard trance.

Björk disse recentemente (e você leu aqui no Music Non Stop) que seu disco seria de “techno biológico”. Seu mais recente single, Atopos, realmente traz elementos de hardcore techno e gabba, ainda que camuflados sob dezenas de camadas de instrumentos de câmara e sintetizadores. Ao enveredar-se para o mesmo espaço-tempo, Doja aponta uma tendência.

“Eu sei que os discos do Drake e da Beyouncé são bastante voltados para a cena clubber, como disco e house”  -disse – “mas o meu vai para um lado diferente. Raver, not house”.

Seja apontando o nariz musical para os lados de Nova Iorque, berça da disco e meca da house-music, ou indo ao lado oposto e vagando pelos becos acinzentados e industriais de Berlim,  o importante é que, novamente, os gigantes nomes do pop estão se apropriando da cultura clubber, das pequenas pistas de dança, dos inferninhos underground.

Um sinal de cansaço do ambiente dos festivais, talvez? Não se sabe ainda, mas adoramos.

Enquanto o álbum não sai para conferirmos  o nível de imersão no bate estaca alemão, fiquemos com Planet Her, para esquentar as drum machines.