Sexy, provocante, moderna, dona de um gogó invejável, Donna Summer foi diva absoluta

Diva master da disco music, Donna Summer morre de câncer aos 63

Claudia Assef
Por Claudia Assef

Sexy, provocante, moderna, dona de um gogó invejável, esta foi Donna Summer

O mundou perdeu um pouco de seu brilho hoje com o falecimento da cantora Donna Summer, maior diva das pistas de dança de todos os tempos. A notícia começou a circular agora à tarde internet afora. Normalmente esses óbitos de famosos são uma informação a mais em nossas timelines, mas juro que quando li sobre Donna Summer meu coração quase saiu pela boca. Não pode ser!

Segundo informações copy-paste da vida, ela morreu vítima de câncer no pulmão e, segundo o site TMZ, acreditava ter desenvolvido a doença depois de inalar partículas tóxicas durante os ataques terroristas de 11 de setembro, em Nova York.

Especulações à parte, sua morte com certeza deixará milhares, milhões eu diria, de fãs tristes. LaDonna Adrian Gaines foi uma mulher à frente de seu tempo. Encarou a missão de quebrar paradigmas. Musicalmente, teve peito para levar às massas as pirações eletrônicas do italiano Giorgio Moroder e abriu caminho para o depois viria a ser chamado de música eletrônica. Se você gosta de house, techno etc. faça o seu minuto de silêncio pessoal a Summer.

Numa atitude à la Gainsbourg, Donna Summer levou o sexo às boates. Tremendamente sexy no visual, ela gravou a proibidona “Love To Love You Baby”, com sussurros e gemidos gravados ao longo de seus 17 minutos de música, isso em 1975. A BBB chegou a contar 23 orgasmos na música. Lógico que a faixa foi censurada em diversos países!

Donna Summer também atacou de atriz, num filme que eu, por coincidência, comprei há pouquíssimo tempo pela Amazon. Em “Thank God It’s Friday”, de 78, ela é uma cantora em início de carreira que estreia cantando “Last Dance”, na discoteca fictícia Zoo. O filme é uma bobagem, mas vale a pena pela performance ingênua da cantora.

Seu legado para a música é imenso e daria pra resumir dizendo o seguinte. Se hoje um ET descesse à Terra e te perguntasse como os seres humanos dançam, você se sairia bem se tocasse “I Feel Love” pra ele. Clássico de todos os tempos, eficiente de batizados às boates mais modernas, é uma frase que eu carrego tatuada no meu braço.

Donna Summer, eu nunca te conheci mas posso dizer sinceramente que vou sentir saudades. Hoje é um dia triste.

Claudia Assef

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Autora do único livro escrito no Brasil sobre a história do DJ e da cena eletrônica nacional, a jornalista e DJ Claudia Assef tomou contato com a música de pista ainda criança, por influência dos pais, um casal festeiro que não perdia noitadas nas discotecas que fervilhavam na São Paulo dos anos 70.

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